Onconews - A experiência do ICESP
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O estudo DESTINY-Breast09 tem o potencial de estabelecer novo padrão de tratamento de primeira linha para câncer de mama HER2-positivo metastático, cenário que não vê inovação significativa há mais de uma década.

 ARTIGO  |  2 JUNHO, ASCO 2025   |  SARA TOLANEY

 

Especiais Congressos

    Estudo brasileiro avalia a prevalência de disfunção sexual entre homens com câncer antes do início do tratamento sistêmico

    Estudo de coorte prospectivo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2025 avaliou a prevalência de disfunção sexual antes do início da terapia sistêmica em homens diagnosticados com tumores sólidos. “A prevalência de disfunção sexual moderada a completa foi de 22,2% nesta...

    Mortalidade por câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos diminui significativamente entre 2010 e 2020

    De 2010 a 2020, as mortes por câncer de mama entre mulheres de 20 a 49 anos diminuíram significativamente em todos os subtipos de câncer de mama e grupos raciais/étnicos, com declínios acentuados a partir de 2016, de acordo com uma análise de dados do registro de Vigilância, Epidemiologia e...

    AEGEAN: dados relatados pelos pacientes apoiam qualidade de vida com durvalumabe no CPCNP

    No estudo AEGEAN, durvalumabe perioperatório (D) + quimioterapia (QT) neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de eventos e a resposta patológica completa em comparação a QT neoadjuvante isoladamente em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável (R-CPCNP),...

    Entendendo a relação entre disbiose, inflamação e a carcinogênese do câncer colorretal

    Em mais um tópico da coluna ‘Drops de Genômica’, o oncologista Andre Murad (foto) explica a relação entre disbiose, inflamação e a carcinogênese do câncer colorretal. “O estado inflamatório crônico ativa vias de sinalização oncogênicas, criando um ambiente pró-tumoral no cólon, provocando a...

    TV Onconews

     
    Pedro Henrique Nabuco de Araújo, cirurgião torácico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e Maikol Kurahashi, oncologista clínico e diretor técnico no Eco Oncologia, discutem em vídeo o regime AEGEAN, estudo multicêntrico de Fase III, desenhado para avaliar a eficácia de durvalumabe em combinação com quimioterapia à base de platina como tratamento neoadjuvante, seguido da...
     
    Fernando Maluf, Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, fala sobre o acompanhamento do estudo LIBERTAS, apresentado no ESMO 2025.  “Nessa desintensificação de tratamento proposta pelo regime intermitente, o objetivo é promover a mesma eficácia de APA +ADT, às custas de menor toxicidade”, explica Maluf. “Nos pacientes...
     
    Cemiplimabe adjuvante mostrou benefício sem precedentes no tratamento do carcinoma espinocelular cutâneo (CEC) de alto risco, reduzindo em 68% o risco de recidiva da doença ou morte. Em 24 meses, a SLD foi de 87,1% no grupo tratado com cemiplimabe adjuvante contra 64,1% no grupo controle. Gustavo Schvartsman, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein, fala em vídeo sobre...
     
    Em vídeo, a oncologista Clarissa Baldotto (foto), médica Da Rede D’Or e presidente eleita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), discute análise do estudo randomizado de Fase III LAURA que avaliou os desfechos secundários de sobrevida livre de progressão do sistema nervoso central (SNC) e tempo até a morte ou metástases à distância de osimertinibe em pacientes com...
     
    O oncologista William Nassib William Jr., líder de oncologia torácica do grupo Oncoclinicas, apresenta em vídeo os principais dados do estudo LAURA, que embasou a indicação do osimertinibe pela ANVISA como terapia de consolidação após quimiorradioterapia definitiva em pacientes com câncer de pulmão células não pequenas (CPCNP) estágio III irressecável com deleção do éxon 19 do...
     
    O oncologista Antonio Carlos Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, faz, em vídeo, uma revisão de importantes estudos sobre câncer de mama apresentados nos congressos do ASCO, ESMO Breast e ESMO, em 2024. “Temos uma série de dados importantes do trastuzumabe deruxtecana (T-DXd); de qualidade de vida, de eficácia no...
     
    Os oncologistas Martha Tatiane Mesquita dos Santos, da Rede D’Or em Brasília, e Victor Braga Gondim Teixeira, do Américas Oncologia do Rio de Janeiro, discutem em vídeo a adição de Osimertinibe à quimioterapia como tratamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) para pacientes com mutação do EGFR. Entre os estudos discutidos está a análise post-hoc apresentada na...
     
    O que muda com a aprovação da Lei 14 874 sancionado este ano, depois de longo período de tramitação? “É muito importante juntar forças para, de fato, mudar o ambiente de pesquisa”, destaca Renato Porto, Presidente-executivo da Interfarma, que ao lado do oncologista Fabio FranKe, diretor da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, analisa a nova lei, publicada 29 de maio no Diário Oficial...
     
    A crioablação se mostra como alternativa às cirurgias de câncer de mama em estágio inicial. A taxa de sucesso é de 100% para tumores menores que um centímetro, como indicam os resultados do FIRST (FreezIng bReaST câncer in Brazil), ensaio clínico multicêntrico com participação da Universidade Federal de São Paulo, do HCor e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.    
     
    Adeylson Guimarães, diretor adjunto da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), analisa dados atualizados sobre o câncer de cabeça e pescoço, com informações epidemiológicas extraídas dos 79 Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) do Estado, compreendendo 42 544 casos diagnosticados de 2000 a 2020. Assista na TV Onconews, com participação da epidemiologista Marcela Fagundes.

        WSSO: Iniciativa global reúne cinco continentes para fortalecer a cirurgia do câncer

        O cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto) foi eleito secretário geral da World Society of Surgical Oncology (WSSO), primeira sociedade internacional criada com o propósito de integrar cirurgiões oncológicos de todo o mundo e enfrentar, de forma coordenada, as desigualdades no acesso à cirurgia...

        ESTUDOS CLÍNICOS

        marisa.jpgO Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) apresentou sua experiência na implantação da Central de Regulação Oncológica, projeto que ainda está em curso e tem embasado a proposta de instituir uma nova dinâmica para a atenção oncológica no Estado de São Paulo. Hoje, são cadastrados 73 serviços na rede de UNACONS e CACONS. Grande parcela dos pacientes, mais de 60%, chega em estágios avançados.

        No final de 2011, com o objetivo de realizar um diagnóstico do atendimento oncológico realizado no Estado, o ICESP instituiu e passou a liderar um Comitê composto por 14 instituições, que juntas respondem por 60% do atendimento do SUS em São Paulo. A partir daí, um grupo operacional tem se debruçado sobre a regulação, apoiado em um Plano de Atenção Oncológica estabelecido a partir de quatro perspectivas: detecção precoce, promoção e proteção da saúde, assistência e cuidados paliativos e dor.

        “No primeiro momento, a proposta do Comitê foi priorizar o paciente que já tinha diagnóstico e não conseguia acesso ao serviço”, explicou Marisa Madi Della Coletta (foto), diretora executiva do ICESP.

        “O acesso é pela regulação, de forma clara e transparente, não adianta vir com um jeitinho para cavar uma vaga”

        Para dimensionar detalhadamente o potencial da rede, o Comitê conheceu em profundidade as 73 unidades, mapeando caso a caso o número de cirurgias, sessões de quimio e radioterapia. No período de quase um ano, todos os serviços foram visitados por três equipes, que percorreram mais de 10 mil quilômetros.

        “O que encontramos nas 17 regiões de saúde organizadas no âmbito do SUS em São Paulo foi um cenário bastante positivo”, diz Marisa. Até agora, 12 serviços já foram visitados e 358 novas vagas estão pactuadas a cada mês, além das mil vagas mensais do ICESP.

        “Na próxima etapa, queremos avançar e incorporar também os pacientes com suspeita de câncer”, sinaliza a gestora, confiante no modelo paulista. “O acesso é pela regulação, de forma clara e transparente, não adianta vir com um jeitinho para cavar uma vaga”.

        Fica a lição de que tirar a informalidade e passar para um processo de regulação oncológica, com prazos e fluxos bem estabelecidos, é sempre o melhor caminho. “No ICESP, o retorno para o paciente é dado em cinco dias e esse mecanismo tem funcionado de forma transparente”, conclui Marisa.