Onconews - ASCO GI 2023

ASCO GI 2023

pedro uson 23O oncologista Pedro Uson Junior (foto) é primeiro autor de revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados que buscou avaliar a associação de tratamento neoadjuvante e resultados em pacientes com câncer de pâncreas ressecável. Os resultados foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO GI 2023 e publicados simultaneamente no ESMO OPEN.

Cancer Trato Biliar NET OKEstudo de fase II de braço único com 60 pacientes sugeriu benefício da adição de nab-paclitaxel à gemcitabina e cisplatina (GAP) em tumores do trato biliar, com sobrevida global (SG) mediana de 19,2 meses (Shroff et al, JAMA Oncol 2019). No ASCO GI`23, estudo randomizado de fase 3 (SWOG 1815) apresentou novos dados, demonstrando que o regime GAP não resultou em melhora estatisticamente significativa na SG mediana com GAP vs. GC. Análises de subgrupos sugerem benefício em pacientes com doença avançada e em pacientes com GBC, ainda que às custas de maior toxicidade.

virgilio souza silva 22 bxEm apresentação de Joseph Tabernero no ASCO GI`23, estudo global de fase 3 demonstrou benefício clínico significativo do regime Trifluridina/tipiracil (FTD/TPI) mais bevacizumabe (Bev) em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) fortemente pré-tratados, com redução de 39% no risco de morte. O oncologista Virgílio Souza (foto) comenta os resultados.

lia assumpcaoLia Roque Assumpção (foto), professora adjunta de cirurgia geral do Departamento de Cirurgia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é co-autora de estudo selecionado para apresentação em poster no ASCO GI`23, em análise que discute as características patológicas associadas à doença linfonodal em pacientes com tumores neuroendócrinos do apêndice. O trabalho tem como primeiro-autor o pesquisador Salvador Rodriguez Franco, da Universidade do Colorado, EUA.

juliana florinda rêgo 22 bxResultados da análise interina do estudo RATIONALE 305 apresentados na General Session do ASCO GI demonstrou resultados de sobrevida global da combinação do anti-PD-1 tislelizumabe à quimioterapia no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer gástrico e/ou de junção gastroesofágica (GEJ, da sigla em inglês) avançado com expressão de PD-L1. "O dado apresentado reforça a importância da imunoterapia no tratamento de primeira linha desses pacientes", afirma a oncologista Juliana Florinda Rego (foto).

Esofago NET OK 2A abordagem curativa ideal para adenocarcinoma localmente avançado do esôfago e da junção gastroesofágica (GEJ, da sigla em inglês) permanece controversa, sustentando a dúvida entre a terapia multimodal ou a quimioterapia perioperatória como opção superior no tratamento dos pacientes. Selecionado para apresentação no ASCO GI`23, o estudo Neo-AEGIS foi concebido como o primeiro ensaio clínico randomizado para comparar diretamente o regime CROSS (carboplatina/paclitaxel, radioterapia 41,4Gy) com o regime MAGIC modificado (epirrubicina, cisplatina (oxaliplatina), 5-FU (capecitabina)) regime (pré-2018) e mais recentemente o regime FLOT (docetaxel, 5-FU, leucovorina, oxaliplatina).

bernardo salvajoli 2020 bxEstudo randomizado de Fase 3 apresentado no ASCO GI`23 pelo Canadian Cancer Trials Group buscou determinar se a radioterapia (RT) tem papel no carcinoma hepatocelular avançado em pacientes sintomáticos, com melhora da dor em comparação com os melhores cuidados de suporte (BSC, da sigla em inglês). Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia, comenta os resultados.

Murad 2019 bxConjugados de anticorpo-medicamento (ADC) anti-HER2 mostraram atividade em alguns tumores HER2-low. Estudo apresentado em General Session no ASCO GI`23 analisou o perfil molecular e o microambiente imune de tumores gástricos, de esôfago ou junção gastroesofágica, comparando aqueles com baixa expressão de HER2 (HER2-Low) com tumores com alta expressão (HER2-High). “Esta análise destaca a importância futura de se considerar o microambiente tumoral na predição de resposta aos inibidores do checkpoint imunológico em cânceres gástricos com expressão de HER2”, avalia o oncologista André Murad (foto).

antibioticos 1Pacientes com câncer do trato biliar avançado tratados com durvalumabe podem ser tratados com antibióticos quando clinicamente indicado. Os resultados são de análise exploratória de subgrupo que avaliou a sobrevida global e sobrevida livre de progressão por uso de antibiótico sistêmico durante o estudo TOPAZ-1, e foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO GI 2023.

Duilio Rocha 2020 ok 2Destacado no ASCO GI`23 em sessão oral, o anticorpo zolbetuximab demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo como primeira linha de tratamento de pacientes com câncer gástrico ou de junção gastroesofágica (GEJ, da sigla em inglês) avançado com expressão da proteína Claudin 18.2 (CLD18.2). Os dados de estudo randomizado de fase 3 (SPOTLIGHT) mostram que zolbetuximab aumentou a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global nessa população de pacientes, combinado ao padrão mFOLFOX6. “É a primeira terapia-alvo que modifica a abordagem de primeira linha do câncer gastroesofágico avançado desde a introdução do trastuzumabe, há 12 anos”, observa o oncologista Duílio Rocha Filho (foto).