Cemiplimabe é a primeira terapia sistêmica a reduzir recorrência do CEC de alto risco
No carcinoma espinocelular cutâneo (CEC) de alto risco, o tratamento adjuvante com cemiplimabe prolongou a sobrevida livre de doença (SLD) e reduziu o risco de recorrência na comparação com placebo, como demonstram resultados do estudo de fase 3 C-POST apresentados no ASCO 2025 e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM)1. Cemiplimabe adjuvante mostrou benefício sem precedentes nessa população de pacientes, reduzindo em 68% o risco de recidiva da doença ou morte; em 24 meses a SLD foi de 87,1% no grupo tratado com cemiplimabe adjuvante contra 64,1% no grupo controle.
O câncer de pele não melanoma é a neoplasia mais frequente no Brasil, sendo o carcinoma espinocelular (CEC) e o carcinoma basocelular (CBC) os subtipos mais presentes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA)2, 704 mil novos casos são estimados no país em 2025. Globalmente, o CEC cutâneo é a segunda forma mais comum de câncer de pele, com aproximadamente 2,4 milhões de novos casos e 56.000 mortes em 2019. De 1990 a 2019, a incidência global aumentou em mais de 200%, como revela análise que envolveu mais de 204 países e territórios3.