ASCO 2023

zucca figueiredo 2023Estudo observacional brasileiro coletou dados por meio de questionários da Expedição Alma Pantaneira para avaliar os principais fatores de risco para câncer e a adoção de medidas de prevenção secundária em uma população rural na região do Pantanal, nos estados do Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). O trabalho foi selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2023. O oncologista Jose Marcio Barros Figueiredo (na foto, à direita) é o primeiro autor do trabalho; Luis Eduardo Zucca é o autor sênior.

rachel 22A oncologista Rachel Riechelmann (foto) apresentou na Sessão Educacional do ASCO 2023 uma revisão da literatura sobre neoplasias neuroendócrinas pancreáticas e do intestino delgado funcionantes e não funcionantes, discutindo estratégias para abordar os cenários mais desafiadores observados na prática clínica, incluindo sequenciamento de agentes, tratamento da síndrome carcinoide e opções para doença de alto grau bem diferenciada. “As neoplasias neuroendócrinas (NENs) compreendem um grupo raro e heterogêneo de cânceres. Pacientes com NENs podem apresentar sintomatologia e curso clínico variáveis, tornando o manejo da doença desafiador”, afirmam os autores em artigo publicado no ASCO Educational Book 2023.

bonadio trinconi asco2023Estudo do ICESP e Oncologia D'Or selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2023 avalia a eficácia dos inibidores de PARP (PARPi) após a quimioterapia de primeira linha em pacientes com câncer epitelial de ovário e recombinação homóloga proficiente (HRP). O oncologista Mateus Trinconi Cunha é o primeiro autor do trabalho, que tem Renata Bonadio como autora sênior.

buzaid 2021Trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) é uma opção eficaz para pacientes com diferentes tumores sólidos de difícil tratamento que expressam HER2. Os resultados são de análise interina do estudo aberto de Fase 2 DESTINY-PanTumor02 apresentada em sessão oral no ASCO 2023. "Este estudo é pioneiro em mostrar que T-DXd tem atividade em tumores HER-2 3+ e 2+, independente da origem", afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo.

cancer retoDados já relatados do ensaio randomizado de fase 3 PRODIGE mostram que a quimioterapia neoadjuvante (NACT) com FOLFIRINOX seguida de quimiorradioterapia (CRT), cirurgia e quimioterapia adjuvante (ACT) melhorou significativamente os resultados de pacientes com câncer retal localmente avançado (LARC) em comparação com pacientes que receberam CRT padrão, cirurgia e ACT. No ASCO 2023, o grupo francês UNICANCER apresentou dados maduros dos principais endpoints, em 7 anos de acompanhamento.

ON28 PG4 ENTREVISTA GILBERTO CASTRO 2 NET OKO tratamento adjuvante com osimertinibe (Tagrisso®) reduz significativamente o risco de morte em adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) completamente ressecado, com mutação no EGFR (EGFRm) e doença estágio IB, II ou IIIA. É o que mostra a análise final de sobrevida global do estudo de fase 3 ADAURA apresentada em Sessão Plenária (LBA3) no ASCO 2023, com resultados que reforçam osimertinibe adjuvante como o padrão atual de tratamento para esses pacientes. O oncologista Gilberto de Castro Jr. (foto), do ICESP, comenta os resultados do estudo, publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM).

camilla yamada lacog BXDados do ensaio de fase 3 INDIGO apresentados em Sessão Plenária no ASCO 2023 e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM) mostram que vorasidenib (VOR) cumpriu o principal endpoint primário de sobrevida livre de progressão radiográfica (SLPr) no tratamento de pacientes com glioma grau 2, com resultados que podem representar um novo paradigma no tratamento desses pacientes. O estudo demonstrou que a inibição de IDH com vorasidenibe atrasa significativamente o crescimento do tumor e a necessidade de terapias mais tóxicas. “É uma mudança impactante no manejo dos pacientes com gliomas de baixo grau IDH mutado”, afirma a oncologista Camilla Yamada (foto).

perez vailati asco2023Pacientes com câncer de reto localmente avançado com tumores que respondem à quimioterapia neoadjuvante podem abrir mão da radioterapia com segurança, reduzindo os efeitos colaterais de curto e longo prazo e melhorando a qualidade de vida sem comprometer a eficácia do tratamento. Os resultados são do estudo de Fase 3 PROSPECT1 foram apresentados em Sessão Plenária no ASCO 2023 (LBA2), com publicação simultânea na New England Journal of Medicine (eficácia) e no Journal of Clinical Oncology (resultados relatados pelo paciente). "O estudo PROSPECT finalmente encerra uma longa discussão sobre o não-emprego de radioterapia neoadjuvante a pacientes com baixo risco de recidiva locorregional", observam os coloproctologistas Bruna Vailati e Rodrigo Perez.

otavio baiocchi 22O inibidor de checkpoint imune nivolumabe (Opdivo®) associado à quimioterapia reduziu significativamente o risco de progressão da doença e morte relacionada à doença em comparação com o tratamento padrão com o anti-CD30 brentuximabe (Adcetris®) mais quimioterapia em pacientes pediátricos e adultos com linfoma de Hodgkin estágio III ou IV sem tratamento prévio. Quem comenta os resultados do estudo SWOG S1826 (LBA4), apresentado na Sessão Plenária do ASCO 2023, é o hematologista Otávio Baiocchi (foto), professor e coordenador dos grupos de linfomas da UNIFESP e diretor da hematologia, onco-hematologia e terapia celular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.