ExIO: Programa remoto de atividade física para pacientes em tratamento com imunoterapia no Brasil
O oncologista Paulo Bergerot (foto) é primeiro autor do estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2023. Este estudo avaliou a viabilidade e eficácia de um programa remoto de atividade física para pacientes em tratamento com imunoterapia isolada ou em combinação com quimioterapia no Brasil.
Estudo observacional brasileiro coletou dados por meio de questionários da Expedição Alma Pantaneira para avaliar os principais fatores de risco para câncer e a adoção de medidas de prevenção secundária em uma população rural na região do Pantanal, nos estados do Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). O trabalho foi selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2023. O oncologista Jose Marcio Barros Figueiredo (na foto, à direita) é o primeiro autor do trabalho; Luis Eduardo Zucca é o autor sênior.
A oncologista Rachel Riechelmann (foto) apresentou na Sessão Educacional do ASCO 2023 uma revisão da literatura sobre neoplasias neuroendócrinas pancreáticas e do intestino delgado funcionantes e não funcionantes, discutindo estratégias para abordar os cenários mais desafiadores observados na prática clínica, incluindo sequenciamento de agentes, tratamento da síndrome carcinoide e opções para doença de alto grau bem diferenciada. “As neoplasias neuroendócrinas (NENs) compreendem um grupo raro e heterogêneo de cânceres. Pacientes com NENs podem apresentar sintomatologia e curso clínico variáveis, tornando o manejo da doença desafiador”, afirmam os autores em artigo publicado no ASCO Educational Book 2023.
O oncologista brasileiro João Paulo Solar Vasconcelos (foto) é primeiro autor do PETNET study, selecionado para Poster Discussion no ASCO 2023 e um dos vencedores do Annual Meeting Merit Awards, prêmio oferecido pela Conquer Cancer Foundation.
Estudo do ICESP e Oncologia D'Or selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2023 avalia a eficácia dos inibidores de PARP (PARPi) após a quimioterapia de primeira linha em pacientes com câncer epitelial de ovário e recombinação homóloga proficiente (HRP). O oncologista Mateus Trinconi Cunha é o primeiro autor do trabalho, que tem Renata Bonadio como autora sênior.
Trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) é uma opção eficaz para pacientes com diferentes tumores sólidos de difícil tratamento que expressam HER2. Os resultados são de análise interina do estudo aberto de Fase 2 DESTINY-PanTumor02 apresentada em sessão oral no ASCO 2023. "Este estudo é pioneiro em mostrar que T-DXd tem atividade em tumores HER-2 3+ e 2+, independente da origem", afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Dados já relatados do ensaio randomizado de fase 3 PRODIGE mostram que a quimioterapia neoadjuvante (NACT) com FOLFIRINOX seguida de quimiorradioterapia (CRT), cirurgia e quimioterapia adjuvante (ACT) melhorou significativamente os resultados de pacientes com câncer retal localmente avançado (LARC) em comparação com pacientes que receberam CRT padrão, cirurgia e ACT. No ASCO 2023, o grupo francês UNICANCER apresentou dados maduros dos principais endpoints, em 7 anos de acompanhamento.
O tratamento adjuvante com osimertinibe (Tagrisso®) reduz significativamente o risco de morte em adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) completamente ressecado, com mutação no EGFR (EGFRm) e doença estágio IB, II ou IIIA. É o que mostra a análise final de sobrevida global do estudo de fase 3 ADAURA apresentada em Sessão Plenária (LBA3) no ASCO 2023, com resultados que reforçam osimertinibe adjuvante como o padrão atual de tratamento para esses pacientes. O oncologista Gilberto de Castro Jr. (foto), do ICESP, comenta os resultados do estudo, publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM).
Dados do ensaio de fase 3 INDIGO apresentados em Sessão Plenária no ASCO 2023 e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM) mostram que vorasidenib (VOR) cumpriu o principal endpoint primário de sobrevida livre de progressão radiográfica (SLPr) no tratamento de pacientes com glioma grau 2, com resultados que podem representar um novo paradigma no tratamento desses pacientes. O estudo demonstrou que a inibição de IDH com vorasidenibe atrasa significativamente o crescimento do tumor e a necessidade de terapias mais tóxicas. “É uma mudança impactante no manejo dos pacientes com gliomas de baixo grau IDH mutado”, afirma a oncologista Camilla Yamada (foto).
Pacientes com câncer de reto localmente avançado com tumores que respondem à quimioterapia neoadjuvante podem abrir mão da radioterapia com segurança, reduzindo os efeitos colaterais de curto e longo prazo e melhorando a qualidade de vida sem comprometer a eficácia do tratamento. Os resultados são do estudo de Fase 3 PROSPECT1 foram apresentados em Sessão Plenária no ASCO 2023 (LBA2), com publicação simultânea na New England Journal of Medicine (eficácia) e no Journal of Clinical Oncology (resultados relatados pelo paciente). "O estudo PROSPECT finalmente encerra uma longa discussão sobre o não-emprego de radioterapia neoadjuvante a pacientes com baixo risco de recidiva locorregional", observam os coloproctologistas Bruna Vailati e Rodrigo Perez.
O inibidor de checkpoint imune nivolumabe (Opdivo®) associado à quimioterapia reduziu significativamente o risco de progressão da doença e morte relacionada à doença em comparação com o tratamento padrão com o anti-CD30 brentuximabe (Adcetris®) mais quimioterapia em pacientes pediátricos e adultos com linfoma de Hodgkin estágio III ou IV sem tratamento prévio. Quem comenta os resultados do estudo SWOG S1826 (LBA4), apresentado na Sessão Plenária do ASCO 2023, é o hematologista Otávio Baiocchi (foto), professor e coordenador dos grupos de linfomas da UNIFESP e diretor da hematologia, onco-hematologia e terapia celular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.