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Análise do estudo longitudinal iCanCare avalia a queda na comunicação e no engajamento de médicos da atenção primária ao longo da jornada de sobrevivência. Os resultados publicados no periódico Cancer sugerem que a transição entre o tratamento inicial e o seguimento de longo prazo pode estar fragilizando um elo importante do cuidado.

A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso de durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca) associado ao esquema quimioterápico padrão FLOT (5-fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) como tratamento perioperatório seguido de manutenção com durvalumabe em monoterapia para adultos com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (GC/GEJC) ressecável, em estágios II, III e IVA. A decisão da agência reguladora norte-americana é baseada nos resultados do estudo randomizado de Fase III MATTERHORN.

Os brasileiros Mateus Trinconi Cunha (na foto, à direita) e Matheus Sewastjanow-Silva, do MD Anderson Cancer Center, são coautores de estudo prospectivo de centro único que avaliou o uso exclusivo de quimioterapia como abordagem de preservação de órgão em pacientes com carcinoma espinocelular de laringe em estágios II–IVa. Os resultados de 21 anos de acompanhamento foram publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society, e revelam que a quimioterapia exclusiva se mostrou uma estratégia viável e menos invasiva para pacientes que alcançam resposta patológica completa. A oncologista brasileira Renata Ferrarotto é a autora sênior do trabalho.

Estudo prospectivo publicado no JAMA Oncology reforça a preocupação crescente com o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde gastrointestinal. A análise do Nurses’ Health Study II acompanhou mais de 29 mil enfermeiras norte-americanas com menos de 50 anos e demonstrou que a maior ingestão de ultraprocessados esteve associada a um aumento de 45% no risco de adenomas colorretais de início precoce, lesões precursoras do câncer colorretal.

Estudo norte-americano oferece novas evidências sobre como a trajetória da qualidade de vida relacionada à saúde evolui antes e após o diagnóstico de câncer de mama em mulheres idosas. Os resultados mostram que a percepção de saúde e as limitações funcionais prévias exercem mais influência sobre esses desfechos do que os próprios tratamentos oncológicos recebidos. O estudo foi publicado no periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention.

Ensaio clínico fase IIb conduzido no cenário pré-cirúrgico do câncer de mama invasivo ou carcinoma ductal in situ (DCIS) apresentou dados de segurança que sugerem viabilidade de uma estratégia metabólica de prevenção e controle tumoral. A combinação de jejum noturno prolongado e metformina - fármaco de baixo custo já amplamente utilizado no diabetes - mostrou-se segura nas análises preliminares, fortalecendo o racional para estudos maiores em mulheres em risco. Os resultados foram publicados no periódico Cancer Prevention Research.

Revisão sistemática publicada no Journal of Cancer Survivorship oferece um panorama atualizado das intervenções de atividade física em mulheres com câncer de mama metastático (CMM), consolidando evidências que reforçam o papel do exercício como parte do cuidado integrado nessa população. O trabalho examinou ensaios clínicos randomizados publicados e em andamento, buscando determinar a efetividade das intervenções, seus formatos, modos de entrega e fundamentos teóricos.

Monica D’Alma Costa Santos (foto), pesquisadora do Hospital Sírio-Libanês, é primeira autora de estudo relatado na BMC Cancer, com achados demonstrando que em pacientes com oligodendroglioma anaplásico com deleção 1p/19q, a radioterapia combinada com procarbazina, lomustina e vincristina proporciona melhores resultados de sobrevida em comparação com a radioterapia combinada com temozolamida.

Estudo conduzido na Coreia do Sul reforça a relação entre metabolismo lipídico e risco de câncer colorretal. A análise, baseada em mais de 111 mil adultos coreanos acompanhados por uma mediana de 9,1 anos, identificou que níveis elevados de triglicerídeos estão associados a maior risco de câncer de cólon e de reto. Publicados no periódico Cancer Research Prevention, os resultados integram a coorte Health Examinees (HEXA), parte do Korean Genome and Epidemiology Study (KoGES).

Monica D'Alma Costa Santos, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, é primeira autora de estudo que descreve a Degeneração Walleriana do Trato Corticoespinhal (DWTC) em pacientes com gliomas de alto grau e chama a atenção para uma lacuna na literatura sobre a vulnerabilidade do trato corticoespinhal, particularmente no contexto da radioterapia.

Em pacientes com câncer cervical, a atividade sexual foi significativamente maior com radioterapia pélvica isolada em comparação com radioterapia pélvica associada à braquiterapia cervical/reforço. “Intervenções médicas mais eficazes são necessárias para reduzir os sintomas sexuais”, afirmaram os autores. Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Survivorship.