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A análise primária do estudo dinamarquês DBCG 07-READ relatado em 2017 forneceu evidências de nenhum benefício no uso adjuvante de antraciclinas em pacientes com câncer de mama inicial TOP2A normal em relação à sobrevida livre de doença (SLD), sobrevida livre de doença distante (SLDD) ou sobrevida global (SG). Análise atualizada com 10 anos de acompanhamento contraria os resultados iniciais e mostra benefícios marginais nos desfechos avaliados, mas às custas do risco duas vezes maior de insuficiência cardíaca.

Existem diferenças na oferta de tratamento em pacientes com recorrência do adenocarcinoma ductal pancreático que receberam acompanhamento sintomático versus exames de imagem de rotina após ressecção pancreática? Estudo prospectivo internacional que contou com mais de 30 centros participantes mostra que sim, indicando que exames de imagem no acompanhamento pós cirúrgico foram associados a tratamentos com foco na recorrência e na sobrevida global prolongada.

Cerca de 40% dos casos de câncer de mama com receptor hormonal positivo (RH+) em mulheres na pós-menopausa estão relacionados ao excesso de gordura corporal, como aponta pesquisa publicada no Journal of Epidemiology & Community Health. O trabalho destaca a importância de considerar medidas mais precisas de gordura corporal do que o IMC para estimar a carga do câncer atribuível à obesidade e pode influenciar estratégias de prevenção.

Estudo que usou dados populacionais de 185 países e territórios em todo o mundo para descrever a epidemiologia de 36 tipos de câncer em 2022 e as projeções para 2050 revela que a incidência e mortalidade por câncer devem triplicar em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos próximos 30 anos, em comparação com aumento de 41,7% na incidência de novos casos e de 56,8% na taxa de mortalidade por câncer em países com alto IDH. “Esses resultados sugerem que melhorar os sistemas de saúde para prevenção, diagnóstico precoce, gestão e tratamento do câncer é vital para abordar as disparidades existentes e desacelerar as tendências projetadas”, analisam os autores.

Estudo publicado na Nature Microbiology realizou uma análise epidemiológica observacional da incidência de papilomavírus humano (HPV) oral em 3.137 homens nos Estados Unidos, México e Brasil entre 2005 e 2009. Os resultados demonstram a frequência com que novas infecções orais por HPV ocorrem, os fatores que influenciam e as variações regionais nas taxas de infecção. “Os resultados derivam de um estudo epidemiológico prospectivo conhecido por estudo HIM (“HPV IN MEN”), sob a liderança de Anna Giuliano do Moffitt Cancer Center (Tampa FL, USA), onde o Brasil teve importante papel”, diz a pesquisadora brasileira Luísa Lina Villa (foto), chefe do laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP e docente da Faculdade de Medicina da USP.

André Salem Szklo (foto), da Unidade de Controle do Tabaco do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o primeiro autor de artigo publicado no boletim da Organização Mundial de Saúde,  que alerta para barreiras que ainda desafiam o cumprimento das leis antitabaco. Szklo e colegas destacam que “a proibição da venda de cigarros avulsos, a regulamentação de pontos de venda no varejo e a proibição estrita da venda de produtos de tabaco a menores de 18 anos continua sendo um obstáculo significativo para reduzir a proporção de fumantes adolescentes, estimada em quase 7% em 2019”.

O programa on-line do 47º San Antonio Breast Cancer Symposium  já está disponível. O encontro acontece de 10 a 13 de dezembro no Henry B. Gonzalez Convention Center, em San Antonio, Texas, com a expectativa de reunir cerca de 10 mil participantes de mais de 102 países. Destaque na agenda da oncologia mamária, o simpósio reúne especialistas em pesquisa clínica, translacional e básica, apresentações selecionadas de slides e pôsteres, fóruns e discussões de casos.  Entre os brasileiros, nomes como Antonio Wolff, Camila dos Santos (foto), Carolina Panis e o residente do ICESP Gabriel Polho estão confirmados no programa científico.

Estudo de coorte prospectivo avaliou a associação entre o Escore Prognóstico de Glasgow e fragilidade, declínio funcional e declínio da qualidade de vida relacionada à saúde como indicadores de problemas de saúde em pacientes idosos com câncer. “A adição de Escore Prognóstico de Glasgow aos preditores clínicos mostrou uma predição de mortalidade numericamente superior nesta coorte de pacientes mais velhos com câncer, embora não estatisticamente significativa”, destacaram os autores. O estudo foi publicado no Journal of Geriatric Oncology.

Pesquisadores da George Washington University e do Washington DC Veterans Affairs Medical Center publicaram um relato de caso que pode representar uma quebra de paradigma no tratamento do câncer de próstata metastático resistente à castração. "Este caso destaca o potencial promissor de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) no tratamento de pacientes com câncer de próstata, particularmente em formas agressivas", disse Maneesh Jain (foto), pesquisador sênior do artigo publicado 5 de novembro no Annals of Internal Medicine, em trabalho que marca o primeiro caso conhecido de T-DXd no câncer de próstata avançado.

Revisão sistemática da literatura e meta-análise diagnóstica avaliaram a eficácia dos algoritmos de aprendizado de máquina multimodais na previsão da pneumonite por radiação em pacientes com câncer de pulmão. Os resultados estão em artigo de Chen et al. na BMC Cancer e mostram que informações-chave extraídas por inteligência artificial melhoraram a precisão e a confiabilidade da previsão, facilitando o diagnóstico precoce da pneumonite radioinduzida. “Ao identificar mais cedo indivíduos de alto risco, esses modelos podem melhorar o atendimento, permitindo estratégias de tratamento personalizadas para aprimorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes”, analisam os autores.

Estudo do mundo real sobre as jornadas dos pacientes com câncer do colo do útero no sistema público de saúde brasileiro apresenta resultados que podem fornecer informações para aprimorar as políticas públicas de acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento. “Até o momento, esta é a maior avaliação sobre a utilização de recursos de saúde para tratamento do câncer cervical no Brasil, usando 7 anos de dados, entre 2014 e 2020”, destaca o trabalho, publicado na Plos One.