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Artigo de Vaccarella e Vineis analisa como as profundas desigualdades socioeconômicas acabam por moldar o atual panorama epidemiológico do câncer, com desafios significativos para a sustentabilidade dos sistemas de saúde. “Neste artigo, propomos uma nova perspectiva e um roteiro abrangente que examina as ineficiências dos sistemas de saúde sob a lente da subutilização simultânea do tratamento oncológico por populações carentes e da sobreutilização por grupos com maior acesso ao sistema de saúde”, destacam os autores.

Pela primeira vez, uma terapia demonstrou ganho significativo de sobrevida global (SG) na primeira linha de tratamento de pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático sem indicação para imunoterapia. Os dados são do TROPION-Breast02, estudo de fase III que avalia datopotamab deruxtecana (Dato-DXd) em comparação com a quimioterapia padrão de escolha do investigador. “Os resultados de eficácia foram considerados estatisticamente significativos e clinicamente relevantes, tanto em SG quanto em sobrevida livre de progressão, outro desfecho primário do estudo”, destaca o comunicado divulgado pela farmacêutica Astrazeneca.

A preservação da fertilidade e da função ovariana ainda é um desafio na oncologia, especialmente para mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama. Uma análise conjunta dos estudos multicêntricos prospectivos Joven & Fuerte (México) e PREFER (Itália) revelou diferenças significativas entre os dois países na adoção de estratégias como criopreservação de gametas e o uso de análogos do GnRH (GnRHa) para proteção ovariana. Os resultados foram publicados no periódico The Breast.

Revisão sistemática e metanálise com participação da oncologista Andréia Cristina de Melo (foto), Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mostra que os benefícios de inibidores de ciclinas (CDK4/6i ) no câncer de mama receptor hormonal positivo, HER 2 negativo (HR-positivo/HER2-negativo) se estendem além da progressão. A troca de CDK4/6i no tratamento de segunda linha melhorou a SLP (HR=0.61), mas a continuação não apresentou benefício; o ganho de SLP foi observado em pacientes com mutações PIK3CA, assim como em tumores com mutação em ESR1.

No Brasil, a publicidade e a venda de produtos de tabaco e nicotina são proibidas na internet, mas monitorar e controlar o mercado ilícito e a publicidade ilegal continuam como um desafio. Estudo que avaliou a natureza dos anúncios de produtos de tabaco e nicotina no Instagram e no Facebook identificou 5.941 URLs em ambas as redes durante o período estudado (jul-set/2024). “Dessas URLs, 5.930 estavam no Instagram e 11 no Facebook. Todas as páginas foram removidas após determinação da ANVISA”, destacam os autores.

Estudo longitudinal traz novas evidências sobre os mecanismos biológicos que sustentam os diferentes tipos de fadiga em mulheres com câncer de mama em estágio inicial. A pesquisa, que acompanhou 192 pacientes ao longo de 18 meses, identificou associações distintas entre marcadores inflamatórios e dimensões específicas da fadiga, sintoma comum e persistente no contexto oncológico.

Meta-análise publicada no European Journal of Cancer Prevention reforça a importância da avaliação nutricional em pacientes com câncer de pâncreas ao identificar uma associação significativa entre perda de peso e pior sobrevida global nesses pacientes. O estudo reuniu dados de 11 estudos observacionais, envolvendo um total de 1.649 pacientes, e destaca a perda ponderal como um fator prognóstico independente.

O Índice de Risco Nutricional Geriátrico (IRGN) é uma ferramenta valiosa para avaliar o estado nutricional em idosos. Estudo que analisou a associação entre o IRGN e o risco de câncer gastrointestinal (GI) fornece evidências de que o IRGN elevado está significativamente associado à redução do risco de câncer gastrointestinal na população geriátrica.

A gastroenterostomia endoscópica deve ser o tratamento paliativo preferencial para pacientes com obstrução maligna da saída gástrica. É o que demonstram resultados do estudo multicêntrico holandês ENDURO, indicando que o tratamento paliativo com gastroenterostomia endoscópica foi superior à gastroenterostomia cirúrgica quanto ao tempo até a retomada da ingestão oral de sólidos e não foi inferior quanto à taxa de sintomas obstrutivos persistentes ou recorrentes que exigiram reintervenção.

A intensificação da radioterapia de resgate guiada por tomografia por emissão de pósitrons (PET-PSMA) após prostatectomia radical (PR) melhora a sobrevida livre de falha em pacientes com recorrência bioquímica? Resultados de estudo de Fase II sugerem que sim, demonstrando melhora isotóxica no controle do câncer com a intensificação da radioterapia de resgate guiada por PET-PSMA após PR.