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Coberturas Especiais

Levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) revela uma realidade pouco visível, mas urgente: entre 2000 e 2018, a incidência de câncer entre indígenas brasileiros aumentou 378,6%. O estudo utilizou dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do SUS e mostrou não apenas o crescimento expressivo dos casos, mas também profundas desigualdades no acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento oncológico. Luís Carlos Lopes-Júnior (foto), docente e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Oncologia (GEPONC/CNPq) da UFES, é o primeiro autor do trabalho selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2025.

Estudo randomizado e controlado, conduzido no Brasil, mostrou que a acupuntura tradicional chinesa pode reduzir significativamente os sintomas da neuropatia periférica induzida por paclitaxel em mulheres com câncer de mama em estágio inicial. Os resultados são do ensaio clínico PACLILIN, selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2025. Lin I. Ter (foto), oncologista do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), é o primeiro autor do trabalho.

Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2025 avaliou uma situação desafiadora na oncologia: o manejo do câncer de mama metastático (CMM) durante a gestação. Os resultados relatam a experiência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) entre 2013 e 2025 e revelam que a quimioterapia pode ser uma alternativa viável e segura para tratar a mãe sem comprometer significativamente os desfechos neonatais.

Análise primária do estudo de Fase III TROPION-Breast02 demonstrou superioridade de datopotamabe deruxtecana (Dato-DXd) em relação à quimioterapia padrão como tratamento de primeira linha em pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático localmente recorrente e inoperável, inelegíveis à imunoterapia. O estudo mostrou ganhos estatisticamente significativos e clinicamente relevantes em sobrevida global e sobrevida livre de progressão, estabelecendo Dato-DXd como nova opção terapêutica nesse cenário de alto risco e com opções limitadas. Os resultados foram apresentados em Sessão Oral no ESMO 2025 pela oncologista Rebecca Dent (foto), vice-diretora executiva do Centro Nacional de Câncer de Singapura.

Na análise interina do estudo DESTINY-Breast09, o tratamento de primeira linha (1L) com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) mais pertuzumabe (P) melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão em comparação com taxano + trastuzumabe + pertuzumabe  (THP) para pacientes com câncer de mama avançado/metastático HER2 (a/mBC), sem novos sinais de segurança identificados. No ESMO 2025, análise que apresentou resultados em subgrupos-chave, com foco nos fatores de estratificação, corrobora evidências de eficácia e destaca T-DXd + P como nova opção de tratamento de primeira linha em todos os pacientes com câncer de mama avançado/metastático HER2+. O trabalho tem a participação do oncologista Romualdo Barroso-Sousa (foto).

O estudo multicêntrico global DS3939-077 avalia o conjugado anticorpo-medicamento DS-3939, molécula direcionada ao antígeno tumoral TA-MUC1, forma aberrante e superexpressa da mucina 1 (MUC1), prevalente em diversos carcinomas epiteliais. Os dados iniciais da fase de escalonamento de dose foram selecionados para apresentação em pôster no ESMO 2025 e demonstram um perfil de segurança manejável e sinais de atividade antitumoral em pacientes com tumores sólidos avançados/metastáticos refratários à terapêutica padrão.

Trastuzumabe-deruxtecana (T-DXd) 5,4 mg/kg a cada 3 semanas (Q3W) demonstrou atividade antitumoral promissora e perfil de segurança favorável em comparação com T-DXd 6,4 mg/kg Q3W na análise primária do estudo multicêntrico de fase II DESTINY-CRC02 em pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) HER2+ (Raghav et al., 2024). Em Sessão Mini-Oral no ESMO 2025, o oncologista Kanwal Raghav (foto), do MD Anderson Cancer Center, apresentou os resultados de eficácia e segurança da análise final com acompanhamento mais longo (corte de dados em 4 de dezembro de 2024), que corroboram a eficácia de T-DXd 5,4 mg/kg como agente único nessa população de pacientes.

No estudo DESTINY-GASTRIC04 (DG-04), trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) demonstrou melhora clínica  e estatisticamente significativa na sobrevida global em comparação com ramucirumabe  + paclitaxel (RAM + PTX) em pacientes com câncer gástrico/de junção gastroesofágica HER2+ (GC/GEJA HER2+) irressecável/metastático no cenário de segunda linha (2L). Resultados adicionais do DG-04 apresentados no ESMO 2025 corroboram evidências de eficácia e segurança.

Os resultados da fase 2 (otimização de dose) do estudo REJOICE-Ovarian01 mostram que raludotatug deruxtecan (R-DXd) demonstrou taxas de resposta clinicamente significativas em pacientes com câncer de ovário recorrente resistente à platina, câncer peritoneal primário ou câncer de trompa de Falópio. Esses dados foram apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica de 2025 (ESMO 2025) por Isabelle Ray-Coquard (foto), oncologista no Centre Léon Bérard e professora na Université Claude Bernard Lyon I.

Estudo apresentado em Sessão Oral no ESMO 2025 revela que o histórico reprodutivo feminino, incluindo o parto e a amamentação, reprograma de forma duradoura o sistema imune mamário, promovendo a presença sustentada de células CD8+ no tecido mamário, com impacto direto na prevenção e prognóstico do câncer de mama, especialmente o tipo triplo negativo. A oncologista Sherene Loi (foto), chefe do Laboratório de Imunologia do Câncer de Mama no Peter MacCallum Cancer Centre, em Melbourne, Austrália, é a primeira autora do trabalho.

Estudo de Fase II apresentado no ESMO 2025 revela que a adição do inibidor de ATR ceralasertibe à manutenção com durvalumabe, após quimioimunoterapia de indução, demonstrou eficácia promissora e perfil de segurança manejável em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas em estágio extenso sem tratamento prévio.