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Coberturas Especiais

Análise do estudo de Fase III FLAURA2 reforça que a combinação de osimertinibe + quimioterapia à base de platina e pemetrexede como tratamento de primeira linha mantém resulta em sobrevida global significativamente maior em comparação com a monoterapia com osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado EGFR-mutado, mesmo em pacientes com fatores basais de pior prognóstico como metástases no sistema nervoso central (SNC), mutação L858R, mutações detectáveis em plasma e alterações no TP53. Os resultados foram apresentados pelo oncologista Pasi A. Jänne (foto), do Dana-Farber Cancer Institute, e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Análise interina do estudo DESTINY-Breast05 (LBA1) destacada no Simpósio Presidencial I do ESMO 2025 revela que trastuzumabe deruxtecana (T-DXd; ENHERTU®) demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo no intervalo de sobrevida livre de recidiva (IDFS) e na sobrevida livre de doença na comparação com T-DM1, estendendo sua superioridade à doença residual pós-neoadjuvante em pacientes com câncer de mama HER2+. O estudo tem participação do oncologista brasileiro Carlos Barrios (foto).

Dados atualizados do estudo fase 3 DESTINY-Breast11 revelam que o regime neoadjuvante com trastuzumabe deruxtecana seguido de taxano, trastuzumabe e pertuzumabe (T-DXd-THP) proporciona melhor resposta patológica completa (pCR) e menor toxicidade quando comparado à quimioterapia padrão baseada em antraciclinas (ddAC-THP), em pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo de alto risco. Os resultados foram apresentados em Sessão Mini-Oral no ESMO 2025 por Nadia Harbeck, diretora de câncer de mama no LMU University Hospital (Munique, Alemanha).

A adição de terapia local de consolidação a osimertinibe prolonga significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático com mutação de EGFR, mesmo em pacientes com doença polimetastática. É o que demonstram os resultados do estudo de Fase II NorthStar, selecionado para apresentação em sessão oral no ESMO 2025. O oncologista brasileiro Marcelo Vailati Negrão (foto), professor assistente no MD Anderson Cancer Center, em Houston, Texas, é coautor do trabalho.

Resultados atualizados do estudo clínico de fase II TROPION-PanTumor03 selecionados para Sessão Mini-oral no ESMO 2025 demonstram atividade clínica encorajadora da combinação do conjugado anticorpo-droga datopotamab deruxtecana (Dato-DXd) com o bispecífico anti–PD-1/TIGIT rilvegostomig (rilve) em pacientes com câncer urotelial localmente avançado ou metastático (a/mUC). A análise destacou respostas relevantes na primeira e segunda linha de tratamento, com perfil de segurança manejável. O estudo foi apresentado pela oncologista Sun Young Rha (foto), diretora do Instituto Songdang para Pesquisa do Câncer, na Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, Coréia do Sul. 

Dados finais do estudo de fase III MATTERHORN demonstraram que o uso perioperatório de durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca), em combinação com o esquema quimioterápico FLOT (5-fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel), resultou em ganho significativo de sobrevida global (SG) em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (GEJ) ressecável, em comparação com a quimioterapia isolada. Os resultados foram apresentados em sessão oral no ESMO 2025. Arinilda Campos Bragagnoli (foto), oncologista do Hospital de Câncer de Barretos, é coautora do trabalho.

Acompanhamento de 5 anos do estudo POSITIVE apresentado no ESMO 2025 traz evidências robustas de que a interrupção temporária da terapia endócrina adjuvante para permitir a gestação não aumenta o risco de recorrência em mulheres jovens com câncer de mama precoce hormônio-positivo (RH+).

Em um momento marcante no Congresso ESMO 2025, estudos revelaram evidências convincentes de que uma nova classe de medicamentos anticâncer — conjugados anticorpo-medicamento (ADCs) — pode melhorar drasticamente os resultados para pacientes com câncer de mama HER2-positivo em estágio inicial.

Estudo de coorte prospectivo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2025 avaliou a prevalência de disfunção sexual antes do início da terapia sistêmica em homens diagnosticados com tumores sólidos. “A prevalência de disfunção sexual moderada a completa foi de 22,2% nesta coorte, taxa superior à observada na população masculina brasileira em geral”, destacam os pesquisadores. Os oncologistas Mario Lopes, Leonardo Gil Santana e Mariana Carvalho compartilham a primeira autoria do trabalho; o oncologista Vladmir Claudio Cordeiro de Lima (foto) é o autor sênior do trabalho.

Os resultados do ensaio clínico de fase 3 SERENA-6 apresentados no ASCO 2025 demonstram que a troca para camizestranto, caso uma mutação ESR1 seja detectada durante o tratamento de primeira linha, pode ajudar a retardar o crescimento do câncer de mama avançado em pacientes com tumores que expressam receptor hormonal (HR positivo), com HER2 negativo. “Os resultados do SERENA-6 representam importante avanço e o potencial de estabelecer nova estratégia de tratamento para melhorar os resultados de primeira linha para os pacientes”, disse o principal autor, Nicholas C. Turner (foto), do Royal Marsden Hospital, em Londres, Reino Unido. O estudo teve publicação simultânea na New England Journal of Medicine (NEJM).

O anti PD-1 cemiplimabe (Lybtayo®) demonstrou benefício significativo em pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) cutâneo de alto risco após cirurgia, reduzindo em 68% o risco de recorrência da doença ou morte na comparação com placebo. Os resultados são do estudo randomizado de fase 3 C-POST apresentado no ASCO 2025. “Cemiplimabe é a primeira terapia sistêmica a demonstrar redução clínica e estatisticamente significativa na recorrência da doença como terapia adjuvante para CEC de alto risco”, disse Danny Rischin (foto), oncologista do Peter MacCallum Cancer Centre, em Melbourne, Austrália, pesquisador principal do estudo publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).