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Coberturas Especiais

A oncologista Renata D’Alpino Peixoto (foto) é primeira autora do estudo GASPAR (LACOG 0222), que utiliza dados de mundo real para criar um banco de dados multicêntrico e analisar informações epidemiológicas, clínicas e patológicas, tratamentos e resultados para pacientes com câncer gástrico e câncer de pâncreas na América Latina. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão de pôster no ASCO GI 2025.

O subtipo de Lauren não deve influenciar as decisões de tratamento no câncer gástrico localmente avançado. É o que sugerem os resultados de estudo brasileiro selecionado para apresentação em sessão de pôster no ASCO GI 2025 que avaliou o impacto da classificação de Lauren na resposta à quimioterapia neoadjuvante e no prognóstico nessa população de pacientes. O oncologista Tiago Felismino (foto) é primeiro autor do trabalho.

Um novo estudo mostrou que a combinação de everolimus e lanreotida estendeu a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com alguns tipos de tumores neuroendócrinos no pâncreas ou no trato gastrointestinal (TNE GEPs) quando comparado a everolimus sozinho. "Os dados da combinação são clinicamente significativos, mas não estabelecem uma única primeira linha padrão", avalia a oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center.

Um teste experimental de triagem do câncer colorretal baseado no sangue detectou de forma eficaz e precisa o risco de câncer colorretal em adultos com 45 anos ou mais em uma população de risco intermediário. A pesquisa é um dos destaques do programa científico do simpósio ASCO GI 2025, que acontece de 23 a 25 de janeiro em São Francisco, Califórnia. “Um exame de sangue tem o potencial de melhorar as taxas de triagem do câncer colorretal”, analisa Aasma Shaukat (foto), da NYU Grossman School of Medicine, principal autora do estudo.

Pacientes com câncer de mama de risco intermediário tiveram taxas semelhantes de sobrevida global em 10 anos, independentemente de terem sido submetidas ou não à irradiação da parede torácica após a mastectomia. Os resultados são do estudo BIG 2-04 MRC SUPREMO, apresentado por Ian Kunkler (foto), professor da Universidade de Edimburgo, em General Session no SABCS 2024.

Para pacientes com carcinoma ductal in situ de risco favorável que foram submetidas à cirurgia conservadora da mama e não receberam radioterapia, tamoxifeno diminuiu significativamente o risco de recorrência na mesma mama. “Dados disponíveis anteriormente eram conflitantes sobre o impacto do tamoxifeno nas recorrências invasivas versus CDIS em pacientes com fatores prognósticos favoráveis. Esses resultados, em um conjunto de dados tão robusto, são esclarecedores”, afirmou Jean Wright (foto), chefe do Departamento de Radio-Oncologia da Universidade da Carolina do Norte e do Lineberger Comprehensive Cancer Center, que apresentou os dados do estudo em General Session no SABCS 2024.

Pacientes com mutações BRCA diagnosticadas com câncer de mama aos 40 anos ou antes e submetidas a uma mastectomia bilateral de redução de risco e/ou uma salpingo-ooforectomia de redução de risco tiveram menores taxas de recorrência, malignidades secundárias de mama e/ou ovário e morte do que aquelas que não foram submetidas a essas cirurgias. Os resultados foram apresentados por Matteo Lambertini (foto), professor na Universidade de Gênova-IRCCS Hospital Policlínico San Martino, em General Session no SABCS 2024.

Pacientes com carcinoma ductal in situ de baixo risco receptor hormonal positivo (HR+), HER2-negativo, submetidos a monitoramento ativo apresentaram taxas de recorrência de câncer de mama ipsilateral invasivo em dois anos semelhantes àqueles submetidos ao tratamento recomendado pelas diretrizes. O estudo foi apresentado em General Session no SABCS 2024 por E. Shelley Hwang (foto), vice-presidente de pesquisa no Departamento de Cirurgia e professor de radiologia na Faculdade de Medicina da Duke University. Os resultados foram publicados simultaneamente no JAMA.

Um modelo de aprendizado de máquina incorporando fatores clínicos e genômicos superou modelos baseados somente em dados clínicos ou genômicos na previsão de quais pacientes com câncer de mama metastático receptor hormonal positivo (RH+)/HER2-negativo (HER2-) teriam melhores resultados ao adicionar inibidores de CDK4/6 à terapia endócrina como tratamento de primeira linha. "Há uma enorme necessidade de identificar pacientes que podem ou não se beneficiar da adição de inibidores de CDK4/6 no momento do diagnóstico metastático para pensar em estratégias de escalonamento e desescalonamento com antecedência", disse Pedram Razavi (foto), diretor científico do Programa de Pesquisa Global no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, durante apresentação do estudo em General Session no SABCS 2024.

No estudo OlympiA, o tratamento de um ano com olaparibe adjuvante estendeu significativamente a sobrevida livre de doença invasiva e a sobrevida global de pacientes com câncer de mama inicial HER2-negativo de alto risco com variantes patogênicas BRCA1/2, benefício que embasou a recomendação deste regime após tratamento padrão. Agora, resultados de longo prazo apresentados por Judy Garber (foto) no SABCS 2024 demonstram que, em um seguimento mediano de 6,1 anos, 79,6% dos pacientes tratados com olaparibe ficaram livres de recorrência invasiva e 83,5% livres de recorrência distante, em comparação com 70,3% e 75,7% no grupo placebo, respectivamente. O tratamento adjuvante com olaparibe foi associado à redução de 28% no risco de morte.

Dados do estudo SOLTI-VALENTINE apresentados pela oncologista Mafalda Oliveira (foto) no San Antonio Breast Cancer Symposium mostram  atividade encorajadora do conjugado anticorpo-medicamento direcionado a HER3 (HER3-DXd), sugerindo seu papel como potencial estratégia de tratamento para câncer de mama HR+/HER2-negativo de alto risco. O agente experimental alcançou altas taxas de resposta patológica completa e promoveu sensível redução no risco de recorrência, com bom perfil de segurança.