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Coberturas Especiais

A psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto) é primeira autora de análise secundária de um ensaio clínico controlado que avalia o impacto de uma intervenção baseada em avaliação geriátrica no entendimento do próprio prognóstico em idosos com câncer metastático. Segundo os autores, a Geriatric Assessment-guided Intervention (GAIN-S) resultou em melhorias significativas nos domínios Emocional e Adaptativo em comparação ao braço que recebeu assistência usual. Os resultados foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO 2025.

Resultados de estudo clínico internacional de fase 3 destacado no ASCO 2025 demonstram que o tratamento do câncer gástrico (CG) ressecável e do câncer da junção gastroesofágica (JGE) em estágio II, III e IVA com durvalumabe perioperatório e quimioterapia FLOT ajudou os pacientes a viver mais tempo sem progressão, recorrência ou complicações relacionadas à doença, em comparação com placebo e quimioterapia FLOT.  Yelena Y. Janjigian (foto), do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, é a autora principal. O estudo foi publicado na New England Journal of Medicine (NEJM).

A incidência de cânceres de início precoce no Brasil aumentou 219% entre 2000 e 2019, com o câncer de mama como a principal neoplasia maligna. É o que mostra estudo de Luís Carlos Lopes-Júnior (foto), docente e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Oncologia (GEPONC/CNPq) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), selecionado em pôster no ASCO 2025. O trabalho analisa tendências temporais nas taxas de incidência de câncer de início precoce (<45 anos), além de explorar associações entre variáveis clínicas e demográficas.

Paulo Hoff (foto), oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), apresentou no ASCO 2025 dados que mostram a eficácia de FOLFIRINOX modificado (mFOLFIRINOX) como regime de resgate para câncer colorretal metastático (CCRm), em pacientes previamente refratários a regimes doublets ou a monoterapia sequencial contendo fluoropirimidinas, oxaliplatina e irinotecano (Ir) ou terapias anti-EGFR. Os resultados revelam que a taxa de controle da doença com mFOLFIRINOX foi de 60% na população avaliada.

Estudo multinacional demonstra que o uso de inteligência artificial pode ajudar patologistas a identificar com mais precisão cânceres de mama com baixos níveis de expressão de HER2 e reduzir o risco de classificar incorretamente tumores HER2-low e HER2-ultralow como HER2-nulo. “Nosso estudo fornece a primeira evidência multinacional de que a inteligência artificial pode ajudar a fechar uma lacuna crítica no diagnóstico e abrir caminho para novas terapias, como conjugados anticorpo-fármaco, para a maioria dos pacientes que, até recentemente, não tinham essas opções”, disse Marina De Brot (foto), patologista do A.C.Camargo Cancer Center e principal autora do estudo selecionado para apresentação em sessão Rapid Oral no ASCO 2025.

De 2010 a 2020, as mortes por câncer de mama entre mulheres de 20 a 49 anos diminuíram significativamente em todos os subtipos de câncer de mama e grupos raciais/étnicos, com declínios acentuados a partir de 2016, de acordo com uma análise de dados do registro de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais (SEER). Os resultados foram apresentados Adetunji Toriola (foto), professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, no AACR 2025.

Mulheres sobreviventes de câncer tiveram 69% mais probabilidade de apresentar fadiga relacionada ao câncer e 58% mais probabilidade de apresentar depressão do que homens sobreviventes, como aponta estudo retrospectivo apresentado na Reunião Anual de 2025 da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR), realizada de 25 a 30 de abril. Os resultados foram apresentados por Simo Du (foto), residente do NYC Health + Hospitals/Jacobi e do Albert Einstein College of Medicine.

Biomarcadores baseados em biópsia líquida apresentam uma abordagem promissora para avaliação de risco não invasiva e detecção precoce do câncer de pulmão. Pesquisa do Hospital de Câncer de Barretos apresentada no AACR 2025 por Alessandro Pascon Filho (foto) identificou duas assinaturas distintas de miRNAs específicas para fluidos no escarro e no plasma, com achados que destacam seu potencial para avançar no rastreamento baseado em precisão e melhorar a tomada de decisões clínicas no manejo de nódulos pulmonares.

O câncer colorretal (CRC) é o terceiro tipo de câncer mais comum e a segunda principal causa de morte relacionada ao câncer em todo o mundo. Pesquisa que buscou caracterizar o CRC de início precoce (<50 anos) em populações hispânicas/latinas mostrou características genômicas e transcriptômicas únicas no conjunto de dados avaliado, destacando a importância da análise multiômica para a oncologia de precisão.

Dois estudos brasileiros selecionados para apresentação em pôster no AACR 2025 avaliaram a associação entre potenciais biomarcadores moleculares e a resposta à quimiorradioterapia neoadjuvante (QRTn) em pacientes com câncer retal localmente avançado usando conjuntos de dados genômicos locais e públicos. O primeiro estudo avaliou a hetetogeneidade genética intratumoral (ITH) em pacientes respondedores versus não respondedores à neoadjuvância. O segundo trabalho se concentrou na análise de elementos da resposta imune adaptativa como biomarcadores de resposta à QRTn. O bioinformata Vandeclécio Lira da Silva (na foto, à direita) e o doutorando Ramon Torreglosa do Carmo são os primeiros autores dos trabalhos, que têm o cirurgião Rodrigo Oliva Perez como autor sênior.

Alessandra Brandão de Souza (foto), Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em pôster no AACR 2025 que busca caracterizar a contribuição de características histopatológicas bem conhecidas, em combinação com aspectos clínicos e sociodemográficos, para a avaliação prognóstica dos desfechos de sobrevida em uma coorte de mulheres brasileiras com carcinoma de mama primário unilateral e não metastático.