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Em estudo de coorte de base populacional, que incluiu 605.557 adultos com idade ≥ 50 anos, a cistite precedeu o câncer urogenital em todas as faixas etárias de homens e mulheres. Os resultados estão no BMJ Public Health e sugerem que o câncer urogenital oculto deve ser considerado em adultos com idade ≥ 50 anos que apresentam sintomas de cistite e que a suspeita deve ser ainda maior para câncer de próstata e bexiga, para os quais os riscos foram particularmente elevados.

Revisão de Kennel et al. publicada na Nature Reviews fornece uma visão geral dos componentes celulares e moleculares da imunidade no microambiente tumoral (TME) do câncer colorretal (CCRs) em vários estágios da doença, assim como analisa os mecanismos de imunossupressão e evasão imune, destacando novas estratégias e abordagens imunoterapêuticas que modulam o TME dos CCRs para torná-los passíveis de imunoterapia.

Estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo trouxe evidências robustas de que a aspirina em baixa dose pode reduzir significativamente a recorrência do câncer colorretal em pacientes com alterações somáticas na via PI3K, especialmente em tumores com mutações específicas no gene PIK3CA. Os dados foram publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) e representam um avanço no entendimento sobre o potencial uso adjuvante da aspirina na oncologia de precisão.

Como a idade no momento da vacinação influencia sua eficácia contra lesões cervicais de alto grau atribuíveis ao HPV? Resultados de estudo publicado por Oliveira et al. no Lancet Regional Health Americas confirmam os benefícios reais de iniciar a vacinação contra o HPV em idades mais jovens. “Esses dados podem auxiliar os profissionais de saúde a fazer recomendações para a vacinação nas idades recomendadas e ajudar a construir a confiança do público no programa de vacinação”, analisam os autores.

O surgimento de novos medicamentos direcionados ao receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2) proporcionou nova opção terapêutica para pacientes com câncer de mama triplo negativo HER2-low, que anteriormente tinham limitadas opções de tratamento. Pesquisadores da Universidade de Shangai analisam as implicações biológicas e o significado prognóstico do status HER2-low nessa população de pacientes, em artigo no The Breast.

A geriatra Natália Tardelli (foto), pesquisadora da UNESP de Botucatu, é primeira autora de estudo que mapeou a situação atual do Planejamento Antecipado de Cuidados (PAC) e das Diretivas Antecipadas de Vontade (DA) na América Latina. Os resultados revelam que apenas 44% dos países avaliados possuem alguma forma de regulamentação de PAC/DA e mostram que respeitar as preferências dos pacientes em relação aos cuidados no fim da vida implica integrar os cuidados paliativos aos sistemas de saúde, educar os profissionais de saúde e a população, além de promover relações de confiança entre esses profissionais, os pacientes e suas famílias.

Pesquisa que avaliou o impacto do programa brasileiro de vacinação contra o HPV na incidência do câncer cervical e da neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC3) mostra o êxito da iniciativa, revelando que o programa brasileiro reduziu significativamente a incidência de câncer cervical e NIC3 em mulheres com idades entre 20 e 24 anos.  “Esses achados ressaltam o potencial da vacina para reduzir as disparidades de saúde e contribuir para a eliminação do câncer cervical em populações de baixa e média renda”, destacam os autores, em artigo no Lancet Global Health.

Estudo com participação de pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), que envolveu 28 coortes com mais de 2 milhões de participantes, mostrou que o consumo de álcool está associado a cânceres de células escamosas do trato digestivo superior. Esses achados estão no Journal of the National Cancer Institute e corroboram estratégias de saúde pública para reduzir o consumo de álcool.

O progresso da ciência contra o câncer salvou milhões de vidas nas últimas décadas — e isso tem uma explicação clara: o investimento contínuo em pesquisa. É o que reforça o Relatório Anual de Progresso contra o Câncer 2025, publicado pela American Association for Cancer Research (AACR). O documento, em sua 15ª edição, também chama atenção para o crescimento dos cânceres de início precoce, diagnosticados em adultos com menos de 50 anos; e alerta para as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento.

Estudo publicado na Nature, com participação dos brasileiros Renata Ferrarotto e Frederico Gleber Netto (foto),  fornece insights sobre o papel da invasão perineural (PNI) e da lesão nervosa induzida por câncer (CINI) na resistência à terapia anti-PD-1. “Nosso estudo demonstra que a PNI e a CINI de nervos associados a tumores estão relacionados  à má resposta à terapia anti-PD-1 entre pacientes com carcinoma espinocelular cutâneo, melanoma e câncer gástrico”, analisam os autores.