Karenthan de Abreu Rodrigues (foto) é a principal investigadora de estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), que busca comparar a neurólise do plexo celíaco e a neurólise do nervo esplâncnico para o tratamento da dor visceral abdominal e sua influência na qualidade de vida de pacientes com câncer.
Os bloqueios neurolíticos das cadeias simpáticas são comumente utilizados no tratamento da dor oncológica. Neste estudo randomizado de Fases 2 e 3 (NCT06978673), o objetivo é comparar a eficácia analgésica da neurólise do nervo esplâncnico versus o bloqueio do plexo celíaco, tendo como desfecho primário o alívio da dor, além de quantificar os efeitos adversos das técnicas como desfechos secundários.
A expectativa dos pesquisadores é inscrever 64 participantes, que serão randomizados 1:1 para o braço de intervenção e para o braço controle. O Grupo Controle receberá neurólise do plexo celíaco com álcool absoluto, enquanto o Grupo Intervenção receberá neurólise do nervo esplâncnico com álcool. Os dados serão coletados e gerenciados utilizando ferramentas de captura de dados REDCap.
São elegíveis pacientes adultos (≥18 anos) com presença de dor visceral localizada no abdome superior, originada de câncer de estômago, duodeno, esôfago distal, cólon ascendente e transverso, fígado, vias biliares ou pâncreas. Os critérios de inclusão consideram pacientes que não tiveram resposta ao tratamento analgésico com opioides do terceiro degrau, de acordo com a escada analgésica da OMS: pacientes em uso de opioides (≥ 60 mg/dia em equivalentes de morfina), antidepressivos (tricíclicos ou de dupla ação) em qualquer dosagem, gabapentinoides em qualquer dosagem. O estudo também considera a inscrição de pacientes com efeitos colaterais da analgesia de difícil controle com medicamentos.
Dados detalhados do estudo estão disponíveis na plataforma ClinicalTrials.gov: NCT06978673.
Título Oficial: Comparação de Técnicas de Bloqueio Neurolítico para o Tratamento da Dor Visceral Abdominal e sua Influência na Qualidade de Vida de Pacientes com Câncer