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O estudo DESTINY-Breast09 tem o potencial de estabelecer novo padrão de tratamento de primeira linha para câncer de mama HER2-positivo metastático, cenário que não vê inovação significativa há mais de uma década.

 ARTIGO  |  2 JUNHO, ASCO 2025   |  SARA TOLANEY

 

Especiais Congressos

    Estudo revela aumento expressivo da incidência de câncer entre indígenas brasileiros

    Levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) revela uma realidade pouco visível, mas urgente: entre 2000 e 2018, a incidência de câncer entre indígenas brasileiros aumentou 378,6%. O estudo utilizou dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do SUS e...

    Estudo brasileiro avalia a prevalência de disfunção sexual entre homens com câncer antes do início do tratamento sistêmico

    Estudo de coorte prospectivo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2025 avaliou a prevalência de disfunção sexual antes do início da terapia sistêmica em homens diagnosticados com tumores sólidos. “A prevalência de disfunção sexual moderada a completa foi de 22,2% nesta...

    Mortalidade por câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos diminui significativamente entre 2010 e 2020

    De 2010 a 2020, as mortes por câncer de mama entre mulheres de 20 a 49 anos diminuíram significativamente em todos os subtipos de câncer de mama e grupos raciais/étnicos, com declínios acentuados a partir de 2016, de acordo com uma análise de dados do registro de Vigilância, Epidemiologia e...

    Acetilação e autofagia no câncer: funções e potencial terapêutico

    Em mais um tópico da coluna ‘Drops de Genômica’, o oncologista Andre Murad (foto) aborda a modificação por acetilação e a autofagia, mecanismos fundamentais que regulam o destino e a homeostase celular, exibindo uma interação altamente coordenada e dinâmica no desenvolvimento do câncer. Confira!

    TV Onconews

     
    Pedro Henrique Nabuco de Araújo, cirurgião torácico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e Maikol Kurahashi, oncologista clínico e diretor técnico no Eco Oncologia, discutem em vídeo o regime AEGEAN, estudo multicêntrico de Fase III, desenhado para avaliar a eficácia de durvalumabe em combinação com quimioterapia à base de platina como tratamento neoadjuvante, seguido da...
     
    Fernando Maluf, Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, fala sobre o acompanhamento do estudo LIBERTAS, apresentado no ESMO 2025.  “Nessa desintensificação de tratamento proposta pelo regime intermitente, o objetivo é promover a mesma eficácia de APA +ADT, às custas de menor toxicidade”, explica Maluf. “Nos pacientes...
     
    Cemiplimabe adjuvante mostrou benefício sem precedentes no tratamento do carcinoma espinocelular cutâneo (CEC) de alto risco, reduzindo em 68% o risco de recidiva da doença ou morte. Em 24 meses, a SLD foi de 87,1% no grupo tratado com cemiplimabe adjuvante contra 64,1% no grupo controle. Gustavo Schvartsman, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein, fala em vídeo sobre...
     
    Em vídeo, a oncologista Clarissa Baldotto (foto), médica Da Rede D’Or e presidente eleita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), discute análise do estudo randomizado de Fase III LAURA que avaliou os desfechos secundários de sobrevida livre de progressão do sistema nervoso central (SNC) e tempo até a morte ou metástases à distância de osimertinibe em pacientes com...
     
    O oncologista William Nassib William Jr., líder de oncologia torácica do grupo Oncoclinicas, apresenta em vídeo os principais dados do estudo LAURA, que embasou a indicação do osimertinibe pela ANVISA como terapia de consolidação após quimiorradioterapia definitiva em pacientes com câncer de pulmão células não pequenas (CPCNP) estágio III irressecável com deleção do éxon 19 do...
     
    O oncologista Antonio Carlos Buzaid, diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, faz, em vídeo, uma revisão de importantes estudos sobre câncer de mama apresentados nos congressos do ASCO, ESMO Breast e ESMO, em 2024. “Temos uma série de dados importantes do trastuzumabe deruxtecana (T-DXd); de qualidade de vida, de eficácia no...
     
    Os oncologistas Martha Tatiane Mesquita dos Santos, da Rede D’Or em Brasília, e Victor Braga Gondim Teixeira, do Américas Oncologia do Rio de Janeiro, discutem em vídeo a adição de Osimertinibe à quimioterapia como tratamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) para pacientes com mutação do EGFR. Entre os estudos discutidos está a análise post-hoc apresentada na...
     
    O que muda com a aprovação da Lei 14 874 sancionado este ano, depois de longo período de tramitação? “É muito importante juntar forças para, de fato, mudar o ambiente de pesquisa”, destaca Renato Porto, Presidente-executivo da Interfarma, que ao lado do oncologista Fabio FranKe, diretor da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, analisa a nova lei, publicada 29 de maio no Diário Oficial...
     
    A crioablação se mostra como alternativa às cirurgias de câncer de mama em estágio inicial. A taxa de sucesso é de 100% para tumores menores que um centímetro, como indicam os resultados do FIRST (FreezIng bReaST câncer in Brazil), ensaio clínico multicêntrico com participação da Universidade Federal de São Paulo, do HCor e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.    
     
    Adeylson Guimarães, diretor adjunto da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), analisa dados atualizados sobre o câncer de cabeça e pescoço, com informações epidemiológicas extraídas dos 79 Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) do Estado, compreendendo 42 544 casos diagnosticados de 2000 a 2020. Assista na TV Onconews, com participação da epidemiologista Marcela Fagundes.

        WSSO: Iniciativa global reúne cinco continentes para fortalecer a cirurgia do câncer

        O cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto) foi eleito secretário geral da World Society of Surgical Oncology (WSSO), primeira sociedade internacional criada com o propósito de integrar cirurgiões oncológicos de todo o mundo e enfrentar, de forma coordenada, as desigualdades no acesso à cirurgia...

        ESTUDOS CLÍNICOS

        mesa_abertura_dia2.jpgAo final de dois dias, o 5º Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia encerrou os trabalhos em clima de missão cumprida, com um caldeirão de propostas construído por muitas vozes. São proposições que fortalecem iniciativas; outras que reformulam processos e propõem correções de rota. Veja a cobertura completa

         É consenso o reconhecimento de que avançar no combate ao câncer pressupõe compatibilizar os custos da saúde e o financiamento, assim como é preciso deixar a lógica da doença para privilegiar o compromisso com a prevenção e promoção da saúde.

        {jathumbnail off}No Fórum do Oncoguia, que este ano marcou de forma emblemática a presença na Casa do Povo, em Brasília, algumas propostas ganharam relevo e merecem de fato um olhar mais atento. Como exemplos, a tributação diferenciada para produtos com potencial risco à saúde - de alimentos industrializados ricos em sódio, açúcar e gordura trans, até restrições a agrotóxicos. “Não são medidas simples de serem adotadas em um país democrático, mas o diálogo é bem-vindo”, lembra Paulo Senra, da Aliança para a Saúde Populacional (ASAP).

        O combate à obesidade, em especial a obesidade infantil, também ficou como mensagem do 5º Fórum do Oncoguia, assim como a proposta de implantar políticas de prêmio e castigo na saúde, como já acontece em experiências internacionais.

        Em outra frente, investir em estratégias de estratificação de risco para apoiar a regulação e permitir fluxos diferenciados para diferentes necessidades de assistência é um apelo recorrente da oncologia. É preciso tirar da fila o paciente com suspeita e sintomas do câncer. Trabalhar com o conceito de oportunidade de tratamento e não com o conceito de vaga pode ser uma saída?

        Entre as propostas do Fórum fica a necessidade de dar maior transparência ao modelo de referência e contra referência, como que iluminando o caminho do paciente de câncer na rede de assistência – da atenção primária à alta complexidade.

        Diferenças regionais importantes também desafiam a saúde suplementar e a construção de um novo modelo. “Que a gente ultrapasse essa briga pelo acesso e passe a exigir acesso com qualidade. Não basta o acesso, mas um acesso resolutivo”, propõe Martha Oliveira, presidente da ANS.

        A palavra-chave é integração. O Fórum trouxe propostas que lembraram a importância de integrar serviços e redes de atenção, integrar esforços, e integrar até mesmo plataformas de TI e sistemas de informação.
        Depois de dois dias de muito debate, o financiamento à saúde esteve presente em múltiplas perspectivas e a proposta de estender e ampliar o PRONON veio como incentivo importante para trazer recursos de renúncia fiscal para ações na oncologia.

        Direitos

        Reforçar o tema do câncer nas pautas do Legislativo ganhou ênfase como estratégia para perseguir o acesso, sem perder de vista os perigos de cair no legalismo sem aplicação no mundo real ou – pior – de precarizar a assistência.

        Também a caminho do acesso é que o Fórum abrigou diferentes debates e reflexões sobre as múltiplas dimensões da regulação, que envolvem o modelo de inovação e pesquisa clínica, passam pelas regras para o registro de medicamentos no Brasil e chegam aos critérios de incorporação de tecnologias, na saúde pública e privada. Sobram sugestões em temas sempre controversos. Fica a certeza de que avanços na regulação, em várias frentes, são urgentes e devem ajudar.

        Avanços na regulação, em várias frentes, são urgentes e devem ajudar.

        Outros atores demonstram disposição de atuar de forma mais ativa no combate ao câncer, como é o caso da CNI, que certamente abre caminhos inspiradores para estimular políticas que fomentem a prevenção do câncer no mundo do trabalho e que permitam uma postura mais acolhedora e responsável frente ao trabalhador acometido pelo câncer.

        “Está cada vez mais claro que mudanças são urgentes e muito necessárias para a oncologia brasileira e isso depende de um comprometimento vital e diário, de todos nós”, diz Luciana Holtz.