Onconews - SAN ANTONIO 2025

SAN ANTONIO 2025

Dados adicionais do estudo DESTINY-Breast05 apresentados no San Antonio Brest Cancer Symposium 2025 caracterizam ainda mais o benefício de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em relação a trastuzumabe entansina (T-DM1) no contexto da doença residual pós terapia neoadjuvante no câncer de mama HER2+, apoiando T-DXd como potencial novo padrão de tratamento nesse cenário. O trabalho, com publicação simultânea na New England Journal of Medicine, tem a participação do oncologista Carlos Barrios (foto), do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, RS.

A acupuntura, tanto real quanto simulada, foi mais eficaz do que o cuidado habitual para reduzir dificuldades cognitivas percebidas por sobreviventes de câncer de mama, enquanto a acupuntura real demonstrou benefício adicional sobre a função cognitiva objetiva. Os resultados são do estudo randomizado de fase II ENHANCE, apresentado no SABCS 2025 por Jun J. Mao, chefe do serviço de medicina integrativa e bem-estar do Memorial Sloan Kettering Cancer Center.

Romualdo Barroso-Souza (foto), oncologista da Rede Américas, é coautor de análise do estudo DESTINY-Breast09 apresentada no SABCS 2025 com resultados relatados pelos pacientes (PROs) que apoiam trastuzumabe deruxtecana (T-DXd, ENHERTU®) + pertuzumabe como um novo tratamento de primeira linha para câncer de mama metastático/avançado HER2+. Os dados selecionados para o congresso de San Antonio, Texas, demonstram que a combinação de T-DXd + P proporciona controle duradouro da dor e manutenção da função física, com vantagens distintas na qualidade de vida em comparação com o regime padrão taxano + trastuzumabe + pertuzumabe (THP).

Análise apresentada no SABCS 2025 pelo oncologista Giuseppe Curigliano (foto), do Instituto Europeu de Oncologia, atualizou dados sobre eventos adversos clinicamente relevantes e confirmou o perfil de segurança gerenciável do regime combinando trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) e Docetaxel (T), Herceptin (H - trastuzumabe) e Perjeta (P - pertuzumabe) como estratégia neoadjuvante no câncer de mama inicial HER2+.

A biopsia do linfonodo sentinela pode ser omitida com segurança em um grupo selecionado de pacientes com câncer de mama inicial receptor hormonal (RH) positivo, HER2-negativo, clinicamente negativo para linfonodos, sem prejuízo ao controle regional ou à sobrevida em cinco anos. Essa é a principal conclusão do estudo de fase III BOOG 2013-08, apresentado em General Session no SABCS 2025, reforçando a tendência de desescalonamento cirúrgico no tratamento da doença. “Nas últimas duas décadas, o tratamento do câncer de mama tem se voltado para a minimização dos procedimentos invasivos, preservando a segurança oncológica”, disse Marjolein Smidt (foto), professora do Centro Médico da Universidade de Maastricht, na Holanda.

A realização rotineira de ressonância magnética da mama no pré-operatório não reduziu as taxas de recorrência locorregional em pacientes com câncer de mama inicial (estádios I–II) com receptores hormonais negativos, segundo resultados do estudo de fase III Alliance A011104/ACRIN 6694 apresentados em General Session no SABCS 2025 pela cirurgiã oncológica Isabelle Bedrosian (foto), da Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center.

Resultados relatados por pacientes (PROs) do estudo de Fase 3 DESTINY-Breast11 apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2025) revelam que em pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo de alto risco, tanto trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) isolado quanto T-DXd seguidos de paclitaxel, trastuzumabe e pertuzumabe (THP) proporcionam melhor manutenção da funcionalidade física e menor incômodo global relacionado aos efeitos adversos quando comparados à quimioterapia padrão com doxorrubicina e ciclofosfamida em dose densa seguida de THP (ddAC-THP). O mastologista José Luiz Pedrini (foto), coordenador do Departamento de Mastologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, é coautor do trabalho.