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Estudo longitudinal avaliou a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço ao longo de cinco anos, destacando o papel do comportamento em relação ao tabagismo após o diagnóstico. Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Survivorship e reforçam a importância da cessação do tabagismo como parte fundamental do cuidado oncológico e da reabilitação desses pacientes.

Oncoproteínas do HPV influenciam a expressão dos genes STAT1 (Transdutor de Sinal e Ativador de Transcrição 1) e UCP2 (Proteína Desacopladora 2), proteínas que podem servir como marcadores prognósticos para mulheres com lesões precursoras do câncer cervical. É o que apontam resultados de Ana Paula Lepique (foto) e colegas, em artigo na Frontiers in Oncology.

Pedro Abrahão Reis (foto), estudante de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é primeiro autor de estudo que reforça o papel do DNA tumoral circulante (ctDNA) como ferramenta promissora na estratificação de risco e no monitoramento de pacientes com melanoma de alto risco após ressecção completa. Selecionado para apresentação em pôster no 7º Congresso Internacional de Biopsia Líquida, que aconteceu entre os dias 1º e 3 de novembro em Orlando, Estados Unidos, o estudo foi reconhecido com o Travel Awards, que ajuda a custear a participação do autor no evento.

Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) investigou os padrões de tratamento e cuidados de suporte em pacientes idosos com adenocarcinoma ductal pancreático metastático (mPDAC), evidenciando mudanças expressivas na escolha da quimioterapia ao longo da última década. “Embora a adoção de esquemas mais intensivos tenha aumentado, a heterogeneidade nas práticas reflete a necessidade de estratégias mais personalizadas para o paciente idoso com câncer de pâncreas metastático”, afirmam os autores.

Liderado pelo National Cancer Institute (NCI) dos Estados Unidos, o Cancer Treatment Tolerability Consortium reuniu especialistas de instituições como Cedars-Sinai, Mayo Clinic, ECOG-ACRIN e Universidade de Rochester, com o objetivo de aprimorar métodos de mensuração e análise da tolerabilidade, um conceito que vai além da segurança e incorpora a experiência e a aceitação do paciente frente aos efeitos adversos da terapia. Os resultados foram publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS), e representam um marco importante na pesquisa sobre tolerabilidade ao tratamento oncológico.

Em meio a avanços científicos sem precedentes na oncologia, crescente conjunto de evidências revela uma crise paralela e profunda na experiência humana do tratamento do câncer, tema que é foco de uma nova Comissão da Lancet Oncology. “Esta Comissão identifica um desequilíbrio crescente entre a inovação tecnológica e as dimensões humanas do tratamento do câncer. À medida que a área priorizou cada vez mais o desenvolvimento biofarmacêutico, a precisão genômica e a eficiência orientada pelo mercado, muitas vezes negligenciou práticas essenciais que preservam a dignidade, aliviam o sofrimento e constroem confiança”.

Pesquisa inédita apresentou uma solução de biópsia líquida capaz de detectar simultaneamente malignidades em estágio inicial e rastrear suas origens teciduais em oito tipos de câncer. O teste oferece uma técnica clínica promissora para a detecção do câncer, incluindo malignidades que não possuem padrões de triagem estabelecidos ou que apresentam altas taxas de incidência global.

Mudanças no estilo de vida durante a meia-idade não apresentaram associação significativa com o risco de câncer de mama pós-menopausa, exceto a perda de peso, como indicam resultados de estudo europeu que envolveu mais de 125 mil mulheres. “Entre os componentes individuais do estilo de vida, a melhora de uma unidade no escore do Índice de Massa Corporal (IMC) foi associada à redução de 6,4% no risco de câncer de mama pós-menopausa”, destacam os autores.

O estudo de fase 3 DESTINY-Breast09 demonstrou resultados expressivos da combinação de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) e pertuzumabe (P) em pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo sem tratamento prévio para doença avançada. Publicada na New England Journal of Medicine (NEJM), a análise interina mostrou uma mediana de sobrevida livre de progressão de 40,7 meses com T-DXd + P em comparação com 26,9 meses do regime THP (taxano, trastuzumabe e pertuzumabe), uma redução de 44% no risco de progressão ou morte (HR 0,56; IC95%, 0,44–0,71; p<0,00001). O oncologista Romualdo Barroso (foto) é coautor do trabalho.

Estudo de Mantel et al. buscou identificar como o apoio de agências internacionais impacta o desenvolvimento de Planos Nacionais de Controle do Câncer (PNCCs). Os resultados estão no Journal of Cancer Policy e devem ajudar a estabelecer uma metodologia comum para que as agências da ONU desenvolvam diretrizes para apoiar PNCCs em países de baixa e média renda.

Pesquisadores europeus desenvolveram modelos para predizer o risco de eventos coronários agudos em mulheres que receberam radioterapia (RT) pós-operatória como parte do tratamento para câncer de mama. Os resultados estão no European Journal of Cancer, em artigo de Spoor et al, e contribuem para orientar estratégias de otimização da dose de RT e aprimorar a proteção radiológica.

Estudo que explorou associações entre a composição corporal e marcadores relacionados à gravidade da doença em mulheres jovens recém-diagnosticadas com câncer de mama sugere que a infiltração de tecido adiposo e gordura no músculo esquelético (ou seja, mioesteatose) está associada ao estágio avançado da doença (III-IV) e a subtipos moleculares específicos (luminal B, triplo negativo e superexpressão de ER2-HER2 +), mesmo quando a quantidade total de massa muscular permanece inalterada. O trabalho tem como primeiro autor o pesquisador Jarson P. Costa-Pereira (foto), do programa de Nutrição e Saúde Pública da Universidade Federal de Pernambuco.

Estudo que analisou barreiras e atitudes em relação ao rastreamento do câncer cervical entre mulheres elegíveis, em São Paulo, mostra que o fortalecimento dos sistemas de atenção primária à saúde com abordagens centradas no paciente pode melhorar a adesão ao rastreamento e reduzir as desigualdades. Medo de más notícias (41%) e vergonha aparecem entre as principais barreiras, assim como longos tempos de espera e atrasos na notificação dos resultados.

A ansiedade gerada pela realização de exames de imagem (em inglês, scanxiety) em pacientes com câncer é um fenômeno clínico relevante, altamente prevalente e ainda subestimado na prática oncológica. É o que revela um estudo prospectivo longitudinal publicado no periódico Clinical Imaging, que identificou ansiedade relacionada a exames de imagem clinicamente significativa em 71,2% dos pacientes oncológicos avaliados.

O padrão de vigilância com tomografia computadorizada (TC) e dosagens seriadas do antígeno carcinoembrionário (CEA) após a cirurgia curativa para câncer colorretal estágio II/III não proporcionou benefício de sobrevida global em cinco anos. É o que demonstram os resultados do estudo francês PRODIGE-13, publicado no Annals of Oncology.

Quando o risco de recorrência do câncer de cólon se torna insignificante após a cirurgia e a terapia adjuvante, permitindo uma definição prática de cura? Análise conjunta de 35.213 pacientes de 15 ensaios clínicos randomizados de fase 3 demonstrou que a incidência de recidiva relacionada ao câncer de cólon declinou continuamente e caiu para menos de 0,5% no sexto ano após a cirurgia. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology.