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Thiago Lucas Bastos de Melo Moszkowicz (foto), da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, é primeiro autor de estudo que avaliou o impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade e na evolução do quadro clínico de pacientes cirúrgicos com câncer colorretal em uma unidade hospitalar do sistema público de saúde brasileiro. Os resultados estão na Frontiers in Oncology.

O teste de HPV de alto risco é altamente sensível e específico para predizer neoplasia intraepitelial cervical grau 2 ou pior (NIC 2+) residual ou recorrente após tratamento excisional e é, portanto, um preditor preciso de falha do tratamento em mulheres tratadas para NIC 2+. É o que relatam Bomans et al. em artigo no Obstetrics & Gynecology.

O risco de câncer de mama associado à adiposidade foi substancialmente maior entre mulheres com doença cardiovascular (DCV) em comparação com aquelas sem DCV. É o que mostra estudo publicado no periódico Cancer que avaliou dados de mais de 160 mil mulheres na pós-menopausa que não apresentavam câncer, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular no momento do recrutamento.

Trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) aumentou a sobrevida global (SG) como tratamento de segunda linha em pacientes com câncer gástrico HER2-positivo irressecável ou metastático ou adenocarcinoma da junção gastroesofágica (JGE), como revelam dados do estudo de fase III DESTINY-Gastric04. A eficácia superior de T-DXd em relação a ramucirumabe mais paclitaxel foi corroborada por benefícios significativas nos desfechos secundários, incluindo sobrevida livre de progressão (SLP).

Destacado em Proferred Session no ESMO GI 2025, o estudo randomizado de fase 3 MATTERHORN alcançou o principal desfecho primário de sobrevida livre de eventos, demonstrando benefício clínico e estatisticamente significativo da adição de durvalumabe perioperatório ao esquema FLOT em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica ressecável.

Rui Miguel Gil da Costa (foto), pesquisador da Universidade Federal do Maranhão, é um dos autores de editorial da Frontiers in Oncology que enfoca o papel do HPV no câncer cervical e em outros tumores geniturinários. O trabalho destaca uma revisão sistemática, quatro artigos de pesquisa originais e dois relatos de caso publicados na edição de julho (vol 15).

Estudo publicado no Journal of Cancer Survivorship buscou identificar os domínios da qualidade de vida afetados pela ototoxicidade relacionada ao tratamento e quais as barreiras ao seu monitoramento entre sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço. “Nosso objetivo é subsidiar intervenções centradas no paciente que reduzam a ototoxicidade não diagnosticada e não tratada entre sobreviventes”, afirmam os autores.

Durvalumabe combinado com quimioterapia com platina-etoposídeo demonstrou atividade intracraniana promissora em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas com metástases cerebrais não tratadas. É o que demonstra estudo multicêntrico de Fase II, de braço único (LOGiK2001, SPEED) publicado no ESMO Open.

Para auxiliar os formuladores de políticas no planejamento de estratégias de prevenção, estudo de Park et al. publicado na Nature Medicine projeta a carga futura do câncer gástrico em 185 países, revelando que dos 15,6 milhões de casos esperados globalmente para indivíduos nascidos entre 2008 e 2017, 76% são atribuíveis ao H. pylori. Os resultados ressaltam a necessidade de maior investimento em estratégias de prevenção.

Revisão sistemática e meta-análise fornece uma visão geral global abrangente e atualizada mostrando que sobreviventes de câncer apresentaram risco aumentado de doença cardiovascular (DCV) e 17 subtipos de DCV em comparação com controles sem câncer. “A avaliação e o manejo do risco de doenças cardiovasculares precisam ser priorizados em sobreviventes de câncer, particularmente entre homens, jovens e com cânceres específicos”, observam os autores. Os resultados foram publicados no periódico eClinicalMedicine.

Nova diretriz da Sociedade Americana de Radio-Oncologia (ASTRO) atualiza o tratamento de radioterapia para adultos com glioma difuso grau 4, uma categoria que inclui alguns dos tumores cerebrais primários mais agressivos e desafiadores. Publicadas por Yeboa et al. no periódico Practical Radiation Oncology, as recomendações abordam o manejo multidisciplinar da doença, incluindo indicações de tratamento e dosagem ideal de radiação, fracionamento e técnicas após biópsia/ressecção inicial, bem como para reirradiação.

A maioria dos estudos que investigam a atividade física e o risco de câncer utilizou uma medida única de atividade física. Agora, estudo publicado no periódico Cancer Epidemiology Biomarkers Prevention investigou se as mudanças na atividade física durante a meia-idade influenciam o risco de câncer. “Os resultados revelam que o aumento da atividade física ao longo do tempo foi associado a um menor risco de desenvolver cânceres relacionados à obesidade, particularmente o câncer de mama”, destacam os autores.

Estudo que avaliou comparativamente os resultados de eficácia com pembrolizumabe de primeira linha versus alternativas terapêuticas no câncer de pulmão de células não pequenas avançado entre a população do Medicare destaca a necessidade de padrões metodológicos rigorosos para garantir a validade das evidências do mundo real e seu alinhamento com a prática clínica.

Em estudo de mundo real que envolveu mais de 6 mil pacientes de 66 a 89 anos, a morbidade perioperatória da cistectomia radical foi substancial e até maior do que a relatada em estudos institucionais anteriores, com 44% dos pacientes necessitando de cuidados hospitalares até 90 dias após a cirurgia. Os resultados estão no Journal of Geriatric Oncology e apoiam o aconselhamento clínico de idosos com câncer de bexiga.

Revisão retrospectiva avaliou o efeito da exposição a inibidores da bomba de prótons (IBPs) na gravidade dos eventos adversos gastrointestinais em pacientes tratados com inibidores de checkpoint imunológico. “Nosso estudo é o maior até o momento analisando o impacto de IBPs na toxicidade da imunoterapia, mostrando que seu uso pode predispor a toxicidades mais graves e piores desfechos”, destacam os autores. O estudo foi publicado no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN).