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Estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo trouxe evidências robustas de que a aspirina em baixa dose pode reduzir significativamente a recorrência do câncer colorretal em pacientes com alterações somáticas na via PI3K, especialmente em tumores com mutações específicas no gene PIK3CA. Os dados foram publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) e representam um avanço no entendimento sobre o potencial uso adjuvante da aspirina na oncologia de precisão.

Como a idade no momento da vacinação influencia sua eficácia contra lesões cervicais de alto grau atribuíveis ao HPV? Resultados de estudo publicado por Oliveira et al. no Lancet Regional Health Americas confirmam os benefícios reais de iniciar a vacinação contra o HPV em idades mais jovens. “Esses dados podem auxiliar os profissionais de saúde a fazer recomendações para a vacinação nas idades recomendadas e ajudar a construir a confiança do público no programa de vacinação”, analisam os autores.

O surgimento de novos medicamentos direcionados ao receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2) proporcionou nova opção terapêutica para pacientes com câncer de mama triplo negativo HER2-low, que anteriormente tinham limitadas opções de tratamento. Pesquisadores da Universidade de Shangai analisam as implicações biológicas e o significado prognóstico do status HER2-low nessa população de pacientes, em artigo no The Breast.

A geriatra Natália Tardelli (foto), pesquisadora da UNESP de Botucatu, é primeira autora de estudo que mapeou a situação atual do Planejamento Antecipado de Cuidados (PAC) e das Diretivas Antecipadas de Vontade (DA) na América Latina. Os resultados revelam que apenas 44% dos países avaliados possuem alguma forma de regulamentação de PAC/DA e mostram que respeitar as preferências dos pacientes em relação aos cuidados no fim da vida implica integrar os cuidados paliativos aos sistemas de saúde, educar os profissionais de saúde e a população, além de promover relações de confiança entre esses profissionais, os pacientes e suas famílias.

Pesquisa que avaliou o impacto do programa brasileiro de vacinação contra o HPV na incidência do câncer cervical e da neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC3) mostra o êxito da iniciativa, revelando que o programa brasileiro reduziu significativamente a incidência de câncer cervical e NIC3 em mulheres com idades entre 20 e 24 anos.  “Esses achados ressaltam o potencial da vacina para reduzir as disparidades de saúde e contribuir para a eliminação do câncer cervical em populações de baixa e média renda”, destacam os autores, em artigo no Lancet Global Health.

Estudo com participação de pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), que envolveu 28 coortes com mais de 2 milhões de participantes, mostrou que o consumo de álcool está associado a cânceres de células escamosas do trato digestivo superior. Esses achados estão no Journal of the National Cancer Institute e corroboram estratégias de saúde pública para reduzir o consumo de álcool.

O progresso da ciência contra o câncer salvou milhões de vidas nas últimas décadas — e isso tem uma explicação clara: o investimento contínuo em pesquisa. É o que reforça o Relatório Anual de Progresso contra o Câncer 2025, publicado pela American Association for Cancer Research (AACR). O documento, em sua 15ª edição, também chama atenção para o crescimento dos cânceres de início precoce, diagnosticados em adultos com menos de 50 anos; e alerta para as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento.

Estudo publicado na Nature, com participação dos brasileiros Renata Ferrarotto e Frederico Gleber Netto (foto),  fornece insights sobre o papel da invasão perineural (PNI) e da lesão nervosa induzida por câncer (CINI) na resistência à terapia anti-PD-1. “Nosso estudo demonstra que a PNI e a CINI de nervos associados a tumores estão relacionados  à má resposta à terapia anti-PD-1 entre pacientes com carcinoma espinocelular cutâneo, melanoma e câncer gástrico”, analisam os autores.

Uma coorte nacional sul-coreana envolvendo mais de 515 mil pacientes com câncer avançado revelou padrões não aleatórios no uso de antibióticos de amplo espectro nos meses que antecedem a morte, com picos distintos de prescrição e consumo, principalmente entre pacientes com neoplasias hematológicas. O estudo retrospectivo foi publicado no JAMA Network Open.

O câncer de próstata é o câncer mais comum entre os homens nos Estados Unidos e a incidência da doença avançada tem aumentado rapidamente, revertendo a tendência de declínio de 6,4% ao ano durante 2007 a 2014 para um aumento de 3,0% ao ano de 2014 a 2021. O alerta é de Kratzer et al., em artigo que atualiza as estatísticas do câncer de próstata e evidencia a necessidade de redobrar esforços para otimizar a detecção precoce e melhorar o acesso equitativo aos cuidados de saúde.

Nos últimos anos, a detecção precoce de múltiplos cânceres (DPMC) baseada em biópsia líquida surgiu como uma abordagem promissora para revolucionar o controle do câncer. Revisão publicada no Science Bulletin examina de forma abrangente os avanços na biópsia líquida para o rastreamento do câncer para orientar futuros esforços de pesquisa e desenvolvimento.

Estudo clínico randomizado de fase 3 (MC1675) demonstrou que uma estratégia de desintensificação da radioterapia adjuvante pode reduzir significativamente a toxicidade crônica em pacientes com carcinoma espinocelular de orofaringe associado ao HPV, mantendo eficácia oncológica. Os resultados foram publicados no The Lancet e trazem novas evidências em favor de estratégias terapêuticas menos agressivas para um subgrupo de pacientes com bom prognóstico.

Estudo de coorte com mais de 15 mil mulheres com câncer de endométrio em estágio inicial indica que a terapia hormonal preservadora de fertilidade pode ser uma opção segura para pacientes com menos de 40 anos. Publicada no JAMA Oncology, a análise avaliou a sobrevida de pacientes na pré-menopausa com diagnóstico de câncer de endométrio estágio I, grau 1 ou 2, tratadas com histerectomia ou terapia hormonal com preservação da fertilidade.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação do conjugado de anticorpo-medicamento direcionado ao HER2 trastuzumabe deruxtecana (T-DXd), agora para o tratamento de pacientes adultos com câncer de mama metastático ou não ressecável, com expressão de HER2 ultrabaixa, que receberam ao menos uma terapia endócrina no cenário metastático. Publicada no Diário Oficial da União (DOU)1 dia 08 de setembro, a decisão é baseada nos resultados do estudo DESTINY-Breast06, apesentado no ASCO 2024 e publicado na New England Journal of Medicine (NEJM)2.

Selecionado para a sessão de pôster ‘ClinicalTrials in Progress’ no WCLC 2025, o estudo multicêntrico 6070-002 (NCT06780137) busca avaliar a segurança, tolerabilidade e eficácia preliminar da combinação de gocatamig (MK-6070; HPN328) e ifinatamab deruxtecana (I-DXd) em adultos com câncer de pulmão de células pequenas em estágio extenso, previamente tratados com quimioterapia à base de platina, com ou sem inibidores de PD-(L)1. A investigação contempla também braços com monoterapia de ambas as moléculas.