Luiza de Carvalho Almeida, pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará, é primeira autora de estudo que buscou avaliar a associação entre letramento em saúde e o padrão alimentar de sobreviventes de câncer de mama e próstata, considerando a adesão às diretrizes da Comissão EAT-Lancet. Os resultados estão na Nutrition and Cancer.
A substituição da ingestão de carne vermelha por carne branca pode reduzir o risco de câncer de fígado em quase 40%, enquanto a substituição de carne branca por carne vermelha pode aumentar o risco em mais de 60%. É o que demonstra artigo de David Wahl e colegas publicado no JNCI Cancer Spectrum, em análise que considerou 480.347 adultos norte-americanos participantes do estudo prospectivo de Dieta e Saúde do NIH-AARP.
O consumo de carne vermelha e processada, a alta ingestão de ácidos graxos saturados, alimentos com alta carga glicêmica e até mesmo o consumo moderado de álcool estão associados a maior risco de carcinoma hepatocelular, revela estudo publicado na Nutrition Reviews.
Atualmente, novos indicadores prognósticos baseados na extensão extranodal por imagem (iENE) estão em evidência para o planejamento do tratamento, prognóstico e estadiamento do câncer de cabeça e pescoço (CCP). Artigo de King et al. no ESMO Open analisa os avanços e desafios das novas indicações para iENE no CCP.
Pacientes com câncer apresentam uma carga considerável de tuberculose, o que exige rastreamento de rotina para a doença e tratamento precoce dos casos para reduzir complicações. Os resultados são de revisão sistemática e meta-análise publicada no JNCI Cancer Spectrum.
Identificar lacunas de conhecimento e oportunidades de pesquisa em câncer e envelhecimento foi o foco de uma série de conferências lideradas pelo Grupo de Pesquisa em Câncer e Envelhecimento dos Estados Unidos, de 2010 a 2015. Artigo de Flannery et al. no Journal of Geriatric Oncology fornece uma visão geral das informações apresentadas pelo Grupo, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a sobrevivência de idosos com câncer.
Novo estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e seus parceiros explora a ligação entre os níveis de anticorpos do antígeno do vírus Epstein-Barr (EBV) produzidos em resposta à infecção por EBV, e risco de câncer. Os resultados publicados na Nature Communications revelam associação significativa entre a presença desses anticorpos e risco aumentado de múltiplos tipos de câncer, como câncer de pulmão, de fígado, linfoma e, principalmente, câncer de nasofaringe.
O brasileiro Álvaro G. Paula (foto), atualmente no Departamento de Oncologia Torácica e de Cabeça e Pescoço do MD Anderson Cancer Center, é um dos autores de estudo relatado na Cancer Cell, com achados sugerindo que alterações na via KEAP1-NRF2 e/ou LKB1 no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estão associadas a maior sensibilidade a inibidores de ATR (ATRi) e podem servir como biomarcadores para prever a resposta a regimes combinados de tratamento envolvendo ATRi.
Estudo publicado no periódico eClinicalMedicine, do Lancet, estabelece o questionário de qualidade de vida abreviado EORTC- QLQ-F17 como equivalente ao QLQ-C30 para avaliar a funcionalidade em pacientes com câncer em termos de valores de pontuação e propriedades psicométricas. “O QLQ-F17 está em conformidade com os requisitos da U.S. Food and Drug Administration (FDA) para fornecer medidas concisas, focadas e psicometricamente sólidas para avaliar a funcionalidade em pacientes com câncer”, afirmam os autores.
Duas assinaturas metabólicas baseadas em plasma apresentaram melhora significativa no desempenho em comparação com o CA 19-9 isoladamente na exclusão de adenocarcinoma ductal pancreático em uma coorte prospectiva do mundo real. “Esses achados podem oferecer uma ferramenta de vigilância em pacientes com risco anual de adenocarcinoma ductal pancreático de 1%, a fim de reduzir procedimentos invasivos desnecessários e facilitar a detecção precoce de doença ressecável”, destacam os autores. Os resultados foram publicados no Lancet Gastroenterology & Hepatology.
Thiago Lucas Bastos de Melo Moszkowicz (foto), da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, é primeiro autor de estudo que avaliou o impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade e na evolução do quadro clínico de pacientes cirúrgicos com câncer colorretal em uma unidade hospitalar do sistema público de saúde brasileiro. Os resultados estão na Frontiers in Oncology.
