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A radioterapia torácica (RTT) de 60 Gy/40 frações, duas vezes ao dia, foi bem tolerada e prolongou a sobrevida em comparação com a RTT estabelecida de 45 Gy/30 frações em pacientes com câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) em estágio limitado. É o que mostram resultados de Grønberg et al. no Journal of Thoracic Oncology no primeiro ensaio clínico randomizado a demonstrar benefício de sobrevida com o aumento da dose de RTT nessa população de pacientes.  A sobrevida global mediana no grupo de 60 Gy foi quase duas vezes maior do que no grupo de 45 Gy (43,5 vs. 22,5 meses), com aumento clinicamente relevante na taxa de sobrevida em 5 anos, de 28,4% para 39,4%.

A adesão à terapia endócrina é indispensável para atingir os objetivos clínicos e melhorar o prognóstico de pacientes com câncer de mama não metastático positivo para receptor de estrogênio. Estudo de mundo real que buscou avaliar a adesão à terapia endócrina (TE) em todo o Brasil mostra que a taxa de adesão ao tratamento foi de 58,7%, revelando que mais de um terço das pacientes não eram aderentes à TE no período avaliado. A pesquisa tem como primeira autora a oncologista Daniele Assad Suzuki (foto), do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, e está em acesso aberto no JCO Global Oncology.

Pesquisa de mundo real que avaliou uma coorte de quase 700 pacientes com câncer avançado mostra o que influencia a administração da radioterapia paliativa próxima ao fim da vida (≤30 dias antes do óbito). O estudo fornece insights valiosos sobre as práticas e tendências atuais em radioterapia de fim de vida para auxiliar os médicos no complexo processo de tomada de decisão.

Estudo de mundo real que avaliou a sobrevida a longo prazo, comparando lobectomia e ressecção sublobar (segmentectomia ou ressecção em cunha) no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em pacientes com doença inicial mostra que a lobectomia e a segmentectomia foram associadas à melhor sobrevida global e específica para câncer de pulmão na comparação com a ressecção em cunha para CPCNP estágio IA (≤2 cm).  Os resultados foram relatados por Seder et al. no Journal of Thoracic Oncology e destacam a potencial lacuna entre evidências do mundo real e aquelas obtidas de ensaios clínicos randomizados. O cirurgião torácico Mauro Zamboni (foto), Coordenador de Ensino do Instituto Nacional de Câncer (INCA), comenta os resultados.

O oncologista José Barreto Campello Carvalheira (foto), professor da UNICAMP e atual Coordenador Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, é autor correspondente de estudo que avalia as associações da adiposidade, radiodensidade do tecido adiposo e muscularidade com o prognóstico de pacientes com câncer de cabeça e pescoço localmente avançado submetidos à quimiorradioterapia. Os resultados publicados no Frontiers in Nutrition destacam a importância de avaliar a composição corporal e iniciar intervenções nutricionais precoces para melhorar o prognóstico desses pacientes.

Novo estudo conduzido por pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), em colaboração com instituições parceiras, fornece análise detalhada da relação entre nível de escolaridade e risco de câncer de mama, com foco em diferentes subtipos de câncer de mama. Com dados de mais de 311.000 mulheres na coorte da Investigação Prospectiva Europeia sobre Câncer e Nutrição (EPIC), o trabalho é o mais abrangente sobre o tema até o momento. Os resultados foram publicados no International Journal of Cancer.

Revisão de escopo realizada pela Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) revela que a oncologia geriátrica é pouco representada nas diretrizes europeias sobre câncer, com disparidades regionais significativas. “As diretrizes frequentemente carecem de detalhes suficientes devido a ensaios clínicos randomizados que não geram evidências para essa população”, observam os autores em artigo publicado no ESMO Open.

O câncer é uma ameaça à saúde pública e globalmente um desafio econômico cada vez mais importante para todas as pessoas, mas tem impacto desproporcional na vida das mulheres e em seus meios de subsistência, com reflexos para toda a sociedade. É o que argumentam Garton et al., em artigo que propõe uma moldura para orientar a implementação das recomendações da Comissão Lancet sobre mulheres, poder e câncer (The Lancet Commission on Women, Power and Cancer).

A radioterapia ablativa definitiva oferece uma alternativa eficaz à cirurgia para pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático ressecável? Estudo de Reyngold et al. publicado no Jama Oncology mostra que sim, com achados sugerindo que a radioterapia ablativa pode ser uma opção para cânceres pancreáticos localizados, particularmente quando o risco de morbidade operatória é alto ou as consequências funcionais são graves.

Quais aspectos dos sistemas nacionais de saúde estão associados ao controle do câncer? Dados globais sobre sistemas de câncer sugerem que a crescente carga do câncer pode ser enfrentada por esforços para fortalecer a força de trabalho clínica, melhorar a equidade de gênero, aumentar a alocação de recursos para a saúde e promover a cobertura universal de saúde. Os resultados são de análise publicada no JAMA Oncology, em artigo com participação do radio-oncologista brasileiro Fabio Ynoe de Moraes (foto).