Onconews - 2025 - Page #9

Coberturas Especiais 2025

Os resultados da fase 2 (otimização de dose) do estudo REJOICE-Ovarian01 mostram que raludotatug deruxtecan (R-DXd) demonstrou taxas de resposta clinicamente significativas em pacientes com câncer de ovário recorrente resistente à platina, câncer peritoneal primário ou câncer de trompa de Falópio. Esses dados foram apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica de 2025 (ESMO 2025) por Isabelle Ray-Coquard (foto), oncologista no Centre Léon Bérard e professora na Université Claude Bernard Lyon I.

Estudo apresentado em Sessão Oral no ESMO 2025 revela que o histórico reprodutivo feminino, incluindo o parto e a amamentação, reprograma de forma duradoura o sistema imune mamário, promovendo a presença sustentada de células CD8+ no tecido mamário, com impacto direto na prevenção e prognóstico do câncer de mama, especialmente o tipo triplo negativo. A oncologista Sherene Loi (foto), chefe do Laboratório de Imunologia do Câncer de Mama no Peter MacCallum Cancer Centre, em Melbourne, Austrália, é a primeira autora do trabalho.

Estudo de Fase II apresentado no ESMO 2025 revela que a adição do inibidor de ATR ceralasertibe à manutenção com durvalumabe, após quimioimunoterapia de indução, demonstrou eficácia promissora e perfil de segurança manejável em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas em estágio extenso sem tratamento prévio.

Análise do estudo de Fase III FLAURA2 reforça que a combinação de osimertinibe + quimioterapia à base de platina e pemetrexede como tratamento de primeira linha mantém resulta em sobrevida global significativamente maior em comparação com a monoterapia com osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado EGFR-mutado, mesmo em pacientes com fatores basais de pior prognóstico como metástases no sistema nervoso central (SNC), mutação L858R, mutações detectáveis em plasma e alterações no TP53. Os resultados foram apresentados pelo oncologista Pasi A. Jänne (foto), do Dana-Farber Cancer Institute, e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Análise interina do estudo DESTINY-Breast05 (LBA1) destacada no Simpósio Presidencial I do ESMO 2025 revela que trastuzumabe deruxtecana (T-DXd; ENHERTU®) demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo no intervalo de sobrevida livre de recidiva (IDFS) e na sobrevida livre de doença na comparação com T-DM1, estendendo sua superioridade à doença residual pós-neoadjuvante em pacientes com câncer de mama HER2+. O estudo tem participação do oncologista brasileiro Carlos Barrios (foto).

Dados atualizados do estudo fase 3 DESTINY-Breast11 revelam que o regime neoadjuvante com trastuzumabe deruxtecana seguido de taxano, trastuzumabe e pertuzumabe (T-DXd-THP) proporciona melhor resposta patológica completa (pCR) e menor toxicidade quando comparado à quimioterapia padrão baseada em antraciclinas (ddAC-THP), em pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo de alto risco. Os resultados foram apresentados em Sessão Mini-Oral no ESMO 2025 por Nadia Harbeck, diretora de câncer de mama no LMU University Hospital (Munique, Alemanha).

A adição de terapia local de consolidação a osimertinibe prolonga significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático com mutação de EGFR, mesmo em pacientes com doença polimetastática. É o que demonstram os resultados do estudo de Fase II NorthStar, selecionado para apresentação em sessão oral no ESMO 2025. O oncologista brasileiro Marcelo Vailati Negrão (foto), professor assistente no MD Anderson Cancer Center, em Houston, Texas, é coautor do trabalho.

Resultados atualizados do estudo clínico de fase II TROPION-PanTumor03 selecionados para Sessão Mini-oral no ESMO 2025 demonstram atividade clínica encorajadora da combinação do conjugado anticorpo-droga datopotamab deruxtecana (Dato-DXd) com o bispecífico anti–PD-1/TIGIT rilvegostomig (rilve) em pacientes com câncer urotelial localmente avançado ou metastático (a/mUC). A análise destacou respostas relevantes na primeira e segunda linha de tratamento, com perfil de segurança manejável. O estudo foi apresentado pela oncologista Sun Young Rha (foto), diretora do Instituto Songdang para Pesquisa do Câncer, na Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei, Coréia do Sul. 

Dados finais do estudo de fase III MATTERHORN demonstraram que o uso perioperatório de durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca), em combinação com o esquema quimioterápico FLOT (5-fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel), resultou em ganho significativo de sobrevida global (SG) em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (GEJ) ressecável, em comparação com a quimioterapia isolada. Os resultados foram apresentados em sessão oral no ESMO 2025. Arinilda Campos Bragagnoli (foto), oncologista do Hospital de Câncer de Barretos, é coautora do trabalho.

Acompanhamento de 5 anos do estudo POSITIVE apresentado no ESMO 2025 traz evidências robustas de que a interrupção temporária da terapia endócrina adjuvante para permitir a gestação não aumenta o risco de recorrência em mulheres jovens com câncer de mama precoce hormônio-positivo (RH+).

Em um momento marcante no Congresso ESMO 2025, estudos revelaram evidências convincentes de que uma nova classe de medicamentos anticâncer — conjugados anticorpo-medicamento (ADCs) — pode melhorar drasticamente os resultados para pacientes com câncer de mama HER2-positivo em estágio inicial.