T-DXd confirma benefício versus T-DM1 no câncer de mama de alto risco
Dados adicionais do estudo DESTINY-Breast05 apresentados no San Antonio Brest Cancer Symposium 2025 caracterizam ainda mais o benefício de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em relação a trastuzumabe entansina (T-DM1) no contexto da doença residual pós terapia neoadjuvante no câncer de mama HER2+, apoiando T-DXd como potencial novo padrão de tratamento nesse cenário. O trabalho, com publicação simultânea na New England Journal of Medicine, tem a participação do oncologista Carlos Barrios (foto), do Hospital São Lucas, em Porto Alegre, RS.
Estudo multicêntrico, randomizado, aberto, de Fase 3 buscou avaliar o papel do camrelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguida de camrelizumabe adjuvante, versus quimioterapia neoadjuvante isolada em pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado ressecável. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão oral no ASCO GI 2024.
O ensaio multicêntrico de Fase 3 DOC GC avaliou a eficácia de docetaxel-oxaliplatina-capecitabina/5 fluorouracil (DOC/F) seguido de docetaxel versus CAPOX/mFOLFOX-7 em pacientes com adenocarcinoma gástrico e de junção esofagogástrica (JEG) avançado e função adequada de órgãos-alvo. Os resultados apresentados em sessão oral no ASCO GI 2024 não demonstraram melhora na sobrevida global com a adição de docetaxel ao regime duplo compreendendo 5-fluorouracil/capecitabina e oxaliplatina.
Ensaio randomizado de fase 3 (EMERALD-1) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo do tratamento com durvalumabe + bevacizumabe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável (uHCC) elegíveis para quimioembolização transarterial (TACE), com sobrevida livre de progressão (SLP) mediana de 15,0 vs 8,2 meses em relação a TACE isoladamente (HR = 0,77). Este é o primeiro regime baseado em inibidores de checkpoint imune a mostrar ganho de SLP nessa população, com potencial de estabelecer um novo padrão no uHCC. “O EMERALD-1 foi o primeiro estudo de fase III a mostrar ganho significativo em SLP ao associar durvalumabe e bevacizumabe ao TACE”, observa a oncologista Juliana Florinda Rego (foto).
Resultados do ensaio clínico de Fase 3 NETTER-2 apresentados no ASCO GI 2024 demonstraram que o tratamento em primeira linha com o radioligante [177Lu]Lu-DOTA-TATE melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e as taxas de resposta objetiva em pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos de alto grau, potencialmente estabelecendo um novo padrão de tratamento. “Este é o primeiro estudo de fase 3 a avaliar a terapia com radioligantes no cenário de primeira linha para qualquer tumor sólido metastático”, afirmaram os autores. A oncologista Rachel Riechelmann (foto) analisa os resultados.
O oncologista Adriano Fernandes Teixeira (foto) é primeiro autor de estudo multicêntrico selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2024 que avaliou a relação entre o uso de bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) com o aumento do risco de diarreia grave e/ou enterocolite em pacientes com câncer colorretal tratados com CAPOX. A oncologista Rachel Riechelmann é autora sênior do trabalho.
A oncologista brasileira Maysa Vilbert (foto) é primeira autora de estudo que buscou identificar os pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago avançado que poderiam derivar maior benefício do tratamento de primeira linha com a combinação de inibidores de checkpoint imune (anti-PD1/PD-L1) e quimioterapia. Os resultados foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO GI 2024.