Onconews - Últimas Notícias - Page #118

Últimas Notícias

pulmao 2020O tratamento recomendado atualmente para o câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) é a cirurgia no estágio I da doença. No entanto, meta-análise de Dierr et al. publicada em acesso aberto na Lung mostra benefício de sobrevida de pacientes submetidos à cirurgia para estágio I e II em comparação aos controles.

pilar 2022 bxEstudo que reflete a maior análise já realizada até o momento sobre o uso de aspirina e câncer de ovário fornece evidências de que o uso frequente de aspirina está associado a menor risco de câncer de ovário, independentemente da presença de fatores de risco. Os resultados foram reportados no Journal of Clinical Oncology e fornecem a prova de princípio de que os programas de quimioprevenção com uso frequente de aspirina podem atingir subgrupos de maior risco. “É uma intervenção simples, de baixa toxicidade, e pode ser utilizada como estratégia de quimioprevenção em pacientes com alto risco de câncer de ovário”, analisa a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto).

marina bondOs avanços no tratamento melhoraram a sobrevida de indivíduos com linfoma de Hodgkin (LH), mas as terapias podem aumentar significativamente o risco de problemas cardíacos. É o que aponta estudo publicado 25 de julho na Cancer, revelando que as pessoas com LH em estágio inicial estão agora em maior risco de morrer de doenças cardiovasculares do que de câncer. A cardio-oncologista Marina Bond (foto) comenta os resultados.

fda predioA Food and Drug Administration (FDA) concedeu revisão prioritária ao anticorpo droga-conjugado trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) para o tratamento de pacientes com câncer de mama irressecável ou metastático HER2-low (IHC 1+ ou IHC 2 +/hibridização in situ [ISH]-negativo) que receberam uma terapia prévia no cenário metastático. A decisão tem como base os resultados do estudo de fase 3 DESTINY-Breast04, apresentado em sessão plenária no ASCO 2022 e publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine1.

mama 2021 6 bxEstudo que avaliou o benefício da terapia endócrina a longo prazo (20 anos) em pacientes com câncer de mama na pré-menopausa reportou os resultados no Journal of Clinical Oncology, em artigo de Johansson et al. A análise demonstra benefício a longo prazo de 2 anos de terapia endócrina adjuvante em pacientes pré-menopáusicas ER-positivas e sugere benefício duradouro do tamoxifeno em pacientes com genômica de baixo risco, com risco de recorrência a longo prazo, enquanto naqueles com genômica de alto risco, que têm risco precoce de recorrência, o benefício foi maior com goserrelina.

cancer colorretal 2018 NET OKPesquisadores do Vanderbilt University Medical Center identificaram um novo alvo com potencial na luta contra o câncer colorretal. A proteína SMAD4 faz parte da via de sinalização do fator de crescimento transformador beta (TGF-beta), responsável por regular a resposta imune/inflamatória à infecção nas células epiteliais que revestem o cólon. Estudo de Hanna et al. publicado em julho na Gastroenterology mostra que uma proteína/quimiocina de sinalização celular chamada CCL20 e seu receptor, CCR6, são essenciais para o crescimento de tumores colorretais após a perda da proteína supressora de tumor SMAD4.

autismoEstudo de coorte de base populacional que envolveu 2,3 milhões de indivíduos com transtorno do espectro do autismo (TEA) mostrou risco aumentado de câncer entre indivíduos com TEA até os 30 anos, em comparação com indivíduos sem TEA. Os autores concluem que o TEA per se não está associado a um risco aumentado de câncer no início da vida e que o aumento de risco observado é provavelmente associado a condições congênitas concomitantes.

aprovado 21A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação para o inibidor de PARP olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca), agora como tratamento adjuvante em pacientes com câncer de mama HER2-negativo em estágio inicial com mutações germinativas BRCA1 e BRCA2 e alto risco de recorrência. A decisão foi publicada dia 18 de julho no Diário Oficial da União (DOU nº 134)1 e é baseada nos resultados do estudo randomizado de fase 3 OlympiA2.

aprovado 2019 net okA Comissão Europeia (CE) aprovou o uso de trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/AstraZeneca) como monoterapia para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo irressecável ou metastático que receberam um ou mais regimes anti-HER2 anteriores. A aprovação é baseada nos resultados do estudo fase 3 DESTINY-Breast03, que demonstrou que o anticorpo conjugado à droga conferiu uma redução de 72% no risco de progressão da doença ou morte em comparação com trastuzumabe emtansina.

Duilio Rocha 2020 ok 2Revisão sistemática que considerou as evidências atuais sobre os perfis de toxicidade para inibidores de tirosina quinase (TKIs) e inibidores de checkpoint imune (ICIs) em pacientes com carcinoma hepatocelular (CHC) publicou resultados no Jama Network Open, em artigo de Griffiths et al., com dados que indicam perfil de segurança mais favorável para ICI nesse cenário terapêutico. O oncologista Duílio Rocha Filho (foto) comenta os principais achados e limitações do estudo.

cancer gastrico NET OKEstudo que comparou complicações pós-operatórias, sobrevida a longo prazo e qualidade de vida (QV) após cirurgia laparoscópica de navegação do linfonodo sentinela (LSNNS) e gastrectomia padrão laparoscópica (LSG) apresentou resultados na edição de julho do Journal of Clinical Oncology, em artigo de Kim et al.

felipe coimbra 2020 bxQual é o regime de tratamento neoadjuvante ideal para pacientes com câncer de pâncreas boderline ressecável? Estudo de Katz e colegas do MD Anderson Cancer Center publicado no JAMA Oncology demonstrou que a quimioterapia combinada com FOLFIRINOX modificado (mFOLFIRINOX) neoadjuvante aumentou a sobrevida em relação aos dados históricos, com taxa de sobrevida global favorável em comparação com mFOLFIRINOX mais radioterapia hipofracionada nessa população de pacientes. O cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, analisa os resultados.

HEMATOO acompanhamento de cinco anos do estudo ECHELON-1 mostrou benefícios de sobrevida livre de progressão do anticorpo conjugado à droga brentuximabe vedotina em associação com doxorrubicina, vinblastina e dacarbazina (A+AVD) como tratamento de primeira linha de pacientes com linfoma de Hodgkin clássico em estágio III ou IV não tratado anteriormente. Agora, os dados de sobrevida global com uma mediana de 6 anos de acompanhamento publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) corroboram o benefício de longo prazo, com redução estatisticamente significativa de 41% no risco de morte. Os resultados foram previamente apresentados em sessão oral na ASCO 2022.

filomena 21 bxO câncer de mama ERBB2-low (HER2-low) é um subtipo biológico e prognóstico distinto? Estudo1 realizado por pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e publicado no JAMA Oncology sugere que não. O trabalho analisou dados de mais de 5 mil pacientes e mostrou que esses tumores “HER2-low” não eram diferentes em sua resposta ao tratamento e resultados de longo prazo dos tumores HER2-0, que não apresentam ou têm uma quantidade ínfima da proteína HER2. A patologista Filomena Carvalho (foto), Professora Associada e Livre-docente do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, analisa os resultados.

canabidiolEstudo de Brasky et al. selecionado em publicação eletrônica na ASCO 2022 mostra que o interesse no uso de produtos à base de cannabis tem aumentado entre pacientes com câncer, incluindo maconha (produtos contendo ≥ 0,3% de tetrahidrocanabinol [THC]) e canabidiol (CBD; contendo < 0,3% de THC). Estudos preliminares sugerem que os produtos de maconha e CBD são eficazes no alívio de sintomas comuns relacionados ao câncer ou ao tratamento, mas os dados de Brasky e colegas mostram que há margem para expandir o uso medicinal, ainda restrito.

Leandro NET OKEstudo de coorte prospectivo avaliou dados de mais de 350 mil adultos nos Estados Unidos e não encontrou diferença significativa nas taxas de mortalidade entre aqueles que realizam atividades físicas apenas no fim de semana e os participantes regularmente ativos. Já em comparação com os participantes fisicamente inativos, os participantes ativos tiveram menores taxas de mortalidade por todas as causas e causas específicas incluindo câncer. Leandro Fórnias Machado de Rezende (foto), professor-adjunto do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP), é autor sênior do trabalho, publicado no periódico JAMA Internal Medicine.