Anvisa aprova pembrolizumabe no tratamento adjuvante do melanoma IIB ou IIIC
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do anti-PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®, Merck Sharp & Dohme - MSD) para o tratamento adjuvante de pacientes adultos e pediátricos (12 anos ou mais) com melanoma em estadios IIB ou IIC após ressecção completa. A decisão foi publicada dia 03 de outubro no Diário Oficial da União (DOU nº 188)1 e é baseada em dados da primeira análise interina do estudo de Fase 3 KEYNOTE-7162.
Estudo brasileiro publicado no periódico Cancer Medicine buscou desenvolver métodos preditivos de sobrevida para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado utilizando ferramentas de machine learning. O oncologista Mateus Trinconi Cunha (na foto, à esquerda), do ICESP, é o primeiro autor do trabalho, que conta com Gilberto de Castro Jr. como autor sênior.
Dificuldades financeiras no tratamento do câncer representam desafios crescentes para os pacientes, seus cuidadores e profissionais de saúde, com impacto na morbidade e mortalidade. Estudo publicado no JCO Oncology Practice descreve a associação entre dificuldades financeiras (DF) e sobrevida em uma coorte de pacientes nos EUA, além da prevalência de DF e seus preditores na rotina clínica.
O intercâmbio terapêutico (Therapeutic interchange) com a adoção de biossimilares, genéricos e alternativas de baixo custo clinicamente apropriadas é uma forma eficaz de reduzir o custo total de cuidados no tratamento do câncer, mantendo a qualidade do atendimento do Oncology Care Model (OCM), o programa de assistência oncológica do sistema de saúde pública dos EUA (Medicare). “Nosso estudo mostra que gastos mais inteligentes podem ser alcançados e, ao mesmo tempo, concorrem para aumentar a qualidade do tratamento do câncer”, analisam os autores, que apresentam os resultados no 2022 ASCO Quality Care Symposium, realizado de 30 de setembro a 1º de outubro.
Resultados de estudo de Colombage et al. publicados na Breast Cancer demonstram a viabilidade de um programa de treinamento muscular do assoalho pélvico realizado via telessaúde para tratar a incontinência urinária em mulheres com câncer de mama em uso de inibidores da aromatase.
Resultados da maior análise prospectiva avaliando as diferenças entre o sequenciamento de próxima geração (NGS) de DNA de tecido e de tumor circulante (ctDNA) foram publicados no Annals of Oncology. O estudo é do grupo francês de medicina de precisão e considera os critérios da ESCAT (ESMO Scale for Clinical Actionability of molecular Targets) para pacientes com tumores sólidos avançados.
Em uma coorte prospectiva de mulheres idosas clinicamente aptas com câncer de mama, pacientes com alta interleucina-6 e proteína C-reativa pré-quimioterapia tiveram maior probabilidade de apresentar declínio induzido pela quimioterapia no status de fragilidade. Os resultados são de estudo prospectivo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) que buscou avaliar se os marcadores inflamatórios antes da quimioterapia adjuvante estão associados ao declínio clínico induzido pela quimioterapia em uma população de idosas com câncer de mama.
Resultados de estudo brasileiro alertam para a necessidade de políticas e estratégias de saúde pública focadas em mitigar os efeitos de longo prazo da COVID-19 na mortalidade relacionada ao câncer. O estudo dos pesquisadores Mateus Bringel Duarte (foto), Juliana Argenton e José Cavalheira é um dos destaques da edição de setembro do JCO Global Oncology.
O carcinoma renal metastático de células não claras (nccRCC) geralmente é um grupo heterogêneo, excluído dos ensaios clínicos de fase 3. Estudo de vida real relatou na Clinical Genitourinary Cancer dados sobre prognóstico e manejo sistêmico desses pacientes.
O rastreamento do câncer colorretal é recomendado para pessoas com idade entre 50 e 75 anos, mas o teste e a estratégia de rastreamento ideais não estão estabelecidos. Para contribuir com o debate, estudo italiano publicado no Lancet Gastroenterology & Hepatology buscou comparar a colonografia por tomografia computadorizada única versus três rodadas de teste imunoquímico fecal (FIT) para triagem populacional de câncer colorretal.
Em 2020, a ASCO publicou um guideline específico sobre inibidores de PARP (iPARP) no manejo do câncer de ovário. Agora, em resposta ao surgimento de novos dados com impacto na prática médica, a ASCO atualizou as recomendações, em diretriz publicada 23 de setembro no Journal of Clinical Oncology (JCO). Nesta atualização, rucaparibe, olaparibe e niraparibe não têm indicação no câncer de ovário epitelial recidivado em pacientes politratadas.
Quais os limites da viabilidade para a vigilância ativa no câncer de tireoide de baixo risco? Resultados de estudo publicado no JAMA Oncology sugerem que uma estratégia de vigilância ativa mais permissiva, que engloba a maioria dos cânceres de tireoide diagnosticados, parece viável, com os grupos submetidos à cirurgia e vigilância expressando níveis distintos de ansiedade.
Pesquisa internacional revelou que oncologistas estão longe do consenso sobre a seleção de dose inicial para terapia sistêmica. Os resultados estão no JCO Oncology Practice e mostram diferentes crenças e atitudes entre médicos que atuam nos cuidados em câncer em relação à seleção de dose.
Qual a eficácia da cirurgia laparoscópica versus aberta para pacientes com câncer do reto inferior? Em artigo no Jama Oncology, Jiang et al. apresentam resultados de estudo randomizado que envolveu 22 hospitais da China, considerando achados patológicos, cirúrgicos, dados de recuperação pós-operatória, complicações pós-operatórias em 30 dias e mortalidade.