Estimativas globais e regionais da prevalência do HPV genital em homens
Revisão sistemática e meta-análise publicada no Lancet Global Oncology avaliou a prevalência da infecção genital por HPV na população masculina, fornecendo estimativas de prevalência global e regional agrupadas atualizadas. “Os resultados mostram que aproximadamente um em cada três homens em todo o mundo está infectado com pelo menos um tipo de HPV genital, e cerca de um a cada cinco homens está infectado com uma ou mais cepas de HPV de alto risco”, destacam os autores.
O oncologista Cristiano de Souza Pádua (foto), do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), é primeiro autor do estudo NACATRINE, que avalia se a adição de carboplatina à quimioterapia neoadjuvante está associada a um aumento nas taxas de resposta patológica completa em pacientes com câncer de mama triplo-negativo. Os resultados foram publicados no periódico Breast Cancer Research and Treatment.
Diretrizes de prática clínica publicadas pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) fornecem recomendações importantes para o gerenciamento do câncer epitelial de ovário, além de algoritmos de tratamento e gerenciamento, tanto para doenças precoces e avançadas, quanto para o cenário de recidiva. “As recomendações reforçam a importância do tratamento desta neoplasia em ambientes multidisciplinares, assim como a importância da medicina de precisão”, observa o oncologista Eduardo Paulino (foto).
Estudo de fase 2 (SAKK 06/17) que investiga a adição de durvalumabe neoadjuvante à quimioterapia com gencitabina/cisplatina seguida de cirurgia radical e do uso adjuvante de durvalumabe mostra altas taxas de sobrevida livre de eventos e sobrevida global em 2 e 3 anos no tratamento do carcinoma urotelial músculo-invasivo, como descreve artigo de Cathomas et al., no Journal of Clinical Oncology. O oncologista Eduardo Zucca (foto), Diretor de Ensino e Pesquisa do Instituto do Câncer Brasil, comenta os resultados.
Homens afro-americanos negros têm risco até quatro vezes maior de morrer de câncer de próstata em comparação com outros grupos raciais e étnicos. Agora, pesquisadores da City of Hope identificaram quatro biomarcadores relacionados ao metabolismo que explicam as alterações biológicas subjacentes a essa disparidade, abrindo caminho para desenvolver testes diagnósticos, preditivos e tratamentos personalizados.
Estudo prospectivo randomizado publicado por Ruppert et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO) mostra benefício significativo de sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de mama metastático que receberam ribociclibe em comparação com placebo após CDK4/6i anterior e terapia endócrina diferente. O oncologista Gustavo Werutsky (foto), chair do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), comenta os resultados.
Diagnósticos e prognósticos precisos de síndromes mielodisplásicas (SMD) dependem de uma forte colaboração entre médicos e patologistas qualificados. O alerta é de Gorak et al., em artigo na Blood Advances, com indicadores que demonstram que o diagnóstico incorreto de SMD pode levar a decisões de tratamento abaixo do ideal e a erros nas estimativas populacionais de incidência e mortalidade. "Este é um estudo muito relevante, que nos mostra que mesmo em países mais desenvolvidos, o diagnóstico correto das doenças onco-hematólogicas ainda é um problema muito sério a ser enfrentado", observa o onco-hematologista Carlos Chiattone (foto), Professor Titular de Hematologia e Oncologia da FCM da Santa Casa de São Paulo e Coordenador da Onco-Hematologia do Hospital Samaritano-Higienópolis.
Estudo de Oh et al. apresenta e valida um teste de metilação de PENK no DNA baseado em urina que se mostrou altamente sensível para detectar o câncer de bexiga, representando uma ferramenta molecular promissora que pode reduzir a necessidade de cistoscopia e aliviar o ônus econômico associado ao câncer de bexiga.
Resultados do estudo INDIGO publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) demonstraram que vorasidenib melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e retardou o tempo até a próxima intervenção em pacientes com gliomas de baixo grau IDH mutado. Camilla Yamada (foto), oncologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e chair do LACOG Neuro-Oncology, comenta os resultados.
Estudo de Koh et al. mostrou que a incidência de cânceres de início precoce continuou a aumentar nos EUA, de 2010 a 2019. O câncer de mama aparece com o maior número de casos, enquanto as taxas de incidência de tumores gastrointestinais foram as que mais cresceram entre todos os casos de câncer diagnosticados em pessoas com menos de 50 anos, seguidos pelos cânceres do sistema urinário e do sistema reprodutor feminino. “Na população brasileira temos ainda um outro fator muito relevante: a baixa cobertura vacinal contra HPV. Por isso, ainda temos incidência crescente de cânceres de colo e útero, orofaringe e canal anal”, observa a oncologista Rachel Riechelmann (foto).
O desenvolvimento mundial de drogas anticâncer dirigidas ao sistema imune revolucionou a imuno-oncologia, mas sua implicação nas síndromes de microangiopatia trombótica é cada vez mais suspeita. É o que aponta análise de Largeau et al. baseada em relatórios de segurança do banco de dados de farmacovigilância da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pacientes com câncer pancreático que tomaram o benzodiazepínico lorazepam, comumente prescrito nos EUA para tratar a ansiedade durante o tratamento do câncer, tiveram menor sobrevida livre de progressão do que aqueles que não tomaram, de acordo com os resultados de Cornwel et al. publicados no Clinical Cancer Research.
O oncologista Romualdo Barroso-Sousa (foto), líder nacional de câncer de mama na DASA Oncologia, é autor sênior de revisão realizada em parceria com pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute que descreve o conhecimento atual sobre a carga mutacional tumoral (TMB) no câncer de mama e seu papel potencial como um biomarcador preditivo de imunoterapia no cenário avançado. Publicado no periódico Cancers, o artigo conta com a participação dos médicos Jana Priscila Pacífico, Sarah Sammons e Sara Tolaney.
Estudo de Fox et al. publicado online no JCO Global Oncology buscou produzir uma lista de áreas prioritárias para pesquisa em câncer em países com recursos limitados. Os resultados destacam que prevenção, diretrizes de tratamento e a implementação sustentável de registros de câncer estão entre as prioridades estratégicas em países de baixa e média renda. O oncologista Fábio Franke (foto), diretor do Oncosite – Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia, comenta o trabalho.
A omissão da radioterapia após a cirurgia conservadora em mulheres com pelo menos 55 anos de idade e câncer de mama luminal A T1N0, grau 1 ou 2, tratadas apenas com cirurgia e terapia endócrina é segura, com baixa incidência de recorrência local em 5 anos. Os resultados são do estudo LUMINA1, e foram publicados dia 17 de agosto na New England Journal of Medicine (NEJM). “O seguimento ainda é curto, principalmente por se tratar de tumores luminais, e por isso é preciso ficar atento. Mas estes dados já justificam a possibilidade de mudanças na nossa prática clínica”, avalia o mastologista César Cabello (foto).
Cemiplimabe mostrou benefício de sobrevida significativo para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com expressão tumoral PD-L1 de pelo menos 50% e sem biomarcadores acionáveis em 1 ano de acompanhamento. Análise exploratória publicada em agosto no Lancet Oncology apresenta os resultados após 35 meses de acompanhamento e o efeito da adição de quimioterapia ao tratamento com cemiplimabe no momento da progressão da doença, com dados que confirmam o benefício de cemiplimabe como monoterapia de primeira linha e sugerem um possível novo tratamento de segunda linha para pacientes com CPCNP avançado. “Os dados deste estudo suportam cemiplimabe como mais uma opção terapêutica em monoterapia para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com expressão de PD-L1 > 50%”, afirma Guilherme Harada (foto), coordenador da área de Pesquisa Clínica em Oncologia do Hospital Sírio-Libanês (SP).
A biópsia do linfonodo sentinela é a técnica consagrada no estadiamento axilar em pacientes com câncer de mama inicial sem comprometimento clínico axilar. O médico mastologista Rafael da Silva Sá (foto) é o principal investigador de pesquisa pioneira no uso do verde indocianina (ICV) associado à fluorescência para detecção do linfonodo sentinela em pacientes com câncer de mama no Brasil, com resultados que devem impactar a prática médica.