Inteligência artificial e detecção de lesões pré-cancerosas no colo do útero
Pesquisadores japoneses desenvolveram uma ferramenta de diagnóstico baseada em inteligência artificial (IA) para exames de colposcopia que pode identificar com precisão a neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e sugerir locais de biópsia apropriados. Os resultados do trabalho foram selecionados para o programa científico do ASCO Breakthrough 2023.
Qual o real cenário da radioterapia no Brasil? Artigo publicado no Lancet Oncology por pesquisadores brasileiros buscou avaliar a situação atual, estimar demandas e necessidades, com o objetivo de traçar um plano de ação para garantir o acesso à radioterapia no País até 2030. O estudo tem como autor sênior o radio-oncologista Marcus Simões Castilho (foto) e participação de Arthur Accioly Rosa, Cecília Félix Penido Mendes de Sousa, Leonardo Cunha Furbino Pimentel, Homero Lavieri Martins, Fabio Ynoe Moraes e Gustavo Nader Marta.
Estudo aceito para apresentação em poster no ASCO Breaktrough 2023 analisou os 10 anos da experiência brasileira no rastreamento do câncer colorretal, com achados que revelam discrepâncias entre as diretrizes e sua implementação como um programa de triagem. O trabalho é dos médicos Victor Filogonio, Yara Rafaela Maia e Lucas Henrique Maia.
A combinação de exercícios aeróbicos e de resistência pode melhorar a função sexual em pacientes com câncer de próstata. Os resultados são de estudo realizado na Austrália e foram selecionados para apresentação no 2023 American Society of Clinical Oncology (ASCO) Breakthrough Meeting, que acontece entre os dias 03 e 05 de agosto em Yokohama, Japão. “Nosso estudo mostra que esses pacientes podem se beneficiar imediatamente de intervenções de exercícios supervisionados para melhorar sua saúde sexual. O exercício deve ser considerado parte integrante do tratamento do câncer de próstata”, disse o principal autor do estudo, Daniel Galvão, do Exercise Medicine Research Institute na Universidade Edith Cowan, em Perth, Austrália.
Artigo publicado online no Pancreatology traz a opinião de especialistas sobre uma questão controversa: afinal, a ressecção cirúrgica é justificada para pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático com metástase de órgãos abdominais distantes? O cirurgião oncológico Felipe José Fernandes Coimbra (foto), Diretor do centro de referência em tumores do aparelho digestivo alto do AC Camargo Cancer Center, comenta o position paper.
O mastologista Ruffo de Freitas Júnior (na foto, à direita), da Universidade Federal de Goiás (UFG), é autor sênior de revisão sistemática e meta-análise publicada no ESMO Open que discute a segurança de trastuzumabe-deruxtecana (T-DXd) em pacientes com câncer de mama metastático. O estudo tem como primeiro autor o pesquisador Leonardo Ribeiro Soares, também da UFG, e os resultados reportados apoiam a segurança de T-DXd como opção de tratamento para essa população de pacientes. “A incidência geral de toxicidade cardíaca foi baixa e a maioria dos casos foi assintomática. Embora a pneumonite tenha ocorrido em 11,7% dos pacientes, a maioria dos casos foi leve e efetivamente tratada”, descrevem os autores.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação no SUS da terapia fotodinâmica, tecnologia que se projeta como mais uma alternativa para o tratamento de pacientes com câncer de pele no Brasil.
Osimertinibe pode ser mais eficaz para pacientes com metástases leptomeníngeas (LM) com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), especialmente aqueles com deleção do exon 19, em comparação com os inibidores de tirosina quinase (TKIs) de primeira geração. É o que apontam resultados de Tamura et al. publicados no ESMO Open. “Esse é um dado importante que vem somar ao conhecimento adquirido sobre o papel e efetividade de osimertinibe no controle da doença em sistema nervoso central”, avalia a oncologista Carla Rameri de Azevedo (foto), médica do Oncologia D´Or - Recife.
Estudo da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) publicado na Revista Panamericana de Saúde Pública buscou sintetizar as recomendações desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o rastreamento e tratamento de mulheres com lesões pré-cancerosas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos cuidados e resultados de saúde.
Uma única infusão de ciltacabtagene autoleucel (cilta-cel) resultou em menor risco de progressão da doença ou morte em pacientes com mieloma múltiplo refratários à lenalidomida, previamente expostos a até três terapias anteriores. Os resultados dessa nova terapia celular foram publicados por San-Miguel et al. no New England Journal of Medicine (NEJM).
Revisão sistemática e metanálise que avaliou o impacto na sobrevida global considerando a cirurgia de câncer no sítio primário associada à terapia sistêmica, em comparação com a terapia sistêmica isolada, nos tipos mais comuns de câncer metastático. Os resultados foram publicados em artigo de Abel et al. no Cancer Medicine.
O cirurgião torácico Fernando Abrão (foto) é autor sênior de estudo publicado no Journal of Surgical Oncology que buscou avaliar os fatores prognósticos, a sobrevida global em 5 anos e a sobrevida câncer-específica de pacientes brasileiros com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III ressecável.
Os cirurgiões Rodrigo Oliva Perez (na foto, à esquerda) e Guilherme Pagin São Julião são investigadores de estudo promovido pelo Latin American Rectal Cancer Consortium (LARCC) que pode impactar significativamente a prática clínica de pacientes com câncer de reto distal interessados na preservação de órgãos. O estudo está em andamento e tem o objetivo de comparar duas estratégias de consolidação após tratamento neoadjuvante. O protocolo do estudo foi publicado no periódico BMC Cancer.
Os mecanismos que ligam a microbiota intestinal e a caquexia do câncer precisam ser mais explorados e pesquisas adicionais são necessárias para avaliar as dosagens apropriadas, a segurança e os resultados a longo prazo do uso de prebióticos e probióticos no manejo da microbiota para a caquexia do câncer. É o que destaca artigo de Dan Waitzberg (foto) e colegas publicado no periódico Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care.
Embora seja considerada um novo padrão para a grande maioria dos pacientes, a radioterapia pós-operatória hipofracionada moderada para câncer de mama ainda enfrenta relutância na prática clínica em toda a América Latina e Caribe (LAC), como revela estudo com revisão de pares publicado no Reports of Practical Oncology and Radiotherapy. O artigo tem como primeiro autor o radio-oncologista Gustavo Nader Marta (foto), do Hospital Sírio-Libanês, e participação brasileira dos médicos Rejane Oliveira Franco, Heloísa de Andrade Carvalho, André Guimaraes Gouveia, Gustavo Gössling, Rafaela de Jesus, Fabio Moraes, Gustavo Ferraris e Gustavo Werutsky.
Um novo ensaio de metilação de DNA fecal com múltiplos alvos detectou e identificou com precisão o tecido de origem de diversos tumores gastrointestinais. “As fezes são uma amostra promissora para a detecção de câncer GI porque contém as células esfoliadas do hospedeiro e DNA livre de circulação derivado de células cancerígenas do trato gastrointestinal”, esclarece Li-Yue Sun, médico do Guangdong Second Provincial General Hospital e principal autor do estudo. O trabalho foi selecionado para apresentação no ASCO Breakthrough 2023.