Novo PAC pretende ampliar atendimento em câncer no SUS
Com investimento na ordem de R$ 30,5 bilhões, o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pretende expandir a assistência à população pelo SUS. A maior parcela dos recursos está voltada ao enfrentamento de gargalos históricos na atenção especializada, como a melhoria do atendimento oncológico e o aumento do número de hospitais no país. A nova versão do programa foi anunciada na sexta-feira, 11 de agosto.
O cirurgião torácico Vlaudimir Dias Marques é o primeiro autor de estudo que mostra disparidades na mortalidade por câncer de pulmão no estado do Paraná, com achados que podem auxiliar gestores da saúde a intensificar ações em regiões com vulnerabilidade no diagnóstico e tratamento da doença.
Estudo brasileiro publicado no JCO Global Oncology avaliou o cenário assistencial aos adolescentes e jovens adultos com câncer no Brasil. “Nosso trabalho revelou disparidades e lacunas infraestruturais importantes, apontando para a necessidade de estratégias imediatas como a proposta de uma diretriz recurso-adaptada objetivando garantir os requisitos mínimos assistenciais a essa população”, avaliam os autores. Angélica Nogueira-Rodrigues (na foto, à esquerda) é a autora sênior do trabalho, que tem a oncologista Ana Kazzi como primeira autora.
Estudo internacional realizado por pesquisadores do Global Society of Rare Genitourinary Tumors demonstrou benefícios clínicos promissores do uso de inibidores de checkpoint imunológico (ICIs) para pacientes selecionados com carcinoma de células escamosas do pênis. O trabalho foi publicado dia 11 de agosto no Journal of the National Cancer Institute.
Estudo brasileiro publicado no periódico Plos One mostra os custos do câncer atuais e futuros atribuíveis à atividade física de lazer insuficiente no Brasil. “Projetamos que os custos dos cânceres de mama, endométrio e colorretal podem aumentar de R$1,4 bilhão (US$ 631 milhões) em 2018 para R$2,5 bilhões (US$ 1,1 bilhão) em 2030 e R$3,4 bilhões (US$ 1,5 bilhão) em 2040”, estima a análise. “Nossos resultados podem ser úteis para orientar políticas e programas de prevenção do câncer no Brasil”, destacam os pesquisadores. Thainá Malhão (foto), da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer/Conprev/INCA, é coautora do trabalho.
O racismo permeia todos os aspectos da saúde e da assistência, o que inclui cuidados paliativos e cuidados de final de vida, aumentando o sofrimento de pacientes de minorias raciais e culturais. É o que mostra estudo de pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, publicado na Cancers.
Estudo de Wakelee et al. publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) descreve como uma abordagem neoadjuvante com o inibidor de checkpoint imune pembrolizumabe pode fornecer benefícios para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio inicial.
Estudo de Viale et al.1 publicado no ESMO Open reavaliou 789 amostras de pacientes com câncer de mama irressecável / metastático previamente diagnosticados como HER2-negativo. Os resultados mostram que, após a reavaliação, a prevalência de HER2-low (IHC 1+ ou IHC 2+/ISH–) foi de 67,2% e mais de 30% dos casos históricos de IHC 0 foram reclassificados como HER2-low. Os pesquisadores também destacam que não foram observadas grandes diferenças entre as características clínico-patológicas e resultados clínicos de pacientes com HER2-low e HER2 com imuno-histoquímica (IHC) escore 0. Os patologistas Filomena Carvalho (foto) e Cristovam Scapulatempo analisam os resultados.
Estudo publicado na Science mostrou como pesquisadores australianos da South Australian Health and Medical Research Institute e da Universidade de Adelaide projetaram uma bactéria capaz de detectar mutações de DNA liberadas por células de câncer colorretal. A descoberta tem participação de uma equipe internacional e abre as portas para uma detecção mais rápida do câncer de intestino.
Afonso Nazário (foto), Vanessa Sanvido e Sílvio Bromberg estão entre os pesquisadores do estudo FIRST (FreezIng bReaST Cancer in Brazil: a Before-after Study), protocolo com participação da Escola Paulista de Medicina, Hospital Albert Einstein e Hcor Onco. A pesquisa busca avaliar os resultados da crioablação do tumor em pacientes com câncer de mama, e comparar o tamanho basal após a cirurgia com a medição por imagem (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética) após a crioablação (Cryocare SL).
Estudo que avaliou a exposição de longo prazo (10 anos) a partículas finas (PM2,5) e dióxido de nitrogênio (NO2) e sua associação com o risco de câncer de mama, próstata, colorretal e endometrial publicou resultados no Environmental Epidemiology, sugerindo que uma carga substancial de câncer está associada a essas exposições, o que enfatiza a necessidade urgente de estratégias para mitigar os níveis de poluição do ar.
Artigo de revisão publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) descreve as evidências para intervenções abordando quatro questões-chave que afetam a saúde sexual feminina em populações com câncer - baixo desejo sexual, sintomas vulvovaginais, imagem corporal negativa e relações sexuais com parceiros, e discute aspectos importantes da relação médico-paciente sobre saúde sexual feminina.
Estudo piloto de fase 2, de braço único, reuniu pacientes com carcinoma escamoso cutâneo ressecável de cabeça e pescoço (CSCC-HN) estágio III/IV recém diagnosticado ou recorrente tratados com cemiplimabe neoadjuvante. Em artigo de Renata Ferrarotto (foto) e colegas publicado em agosto no JAMA Otolaryngology – Head and Neck Surgery, os pesquisadores relatam os dados de sobrevida a longo prazo, de acordo com a resposta patológica.
O consumo de álcool afeta o prognóstico no câncer de mama? Estudo de Kwan et al. publicado no Cancers sugere que o consumo de álcool não está associado a um risco aumentado de recorrência ou mortalidade por câncer de mama.
Estudo que buscou avaliar se o anti PD-L1 avelumabe melhora a sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com a quimioterapia padrão de segunda linha em pacientes com câncer colorretal metastático com deficiência nos genes de reparo e/ou instabilidade de microssatélites (dMMR/MSI) mostrou que avelumabe traz benefício de SLP e melhora o controle da doença nessa população de pacientes. Os resultados foram publicados no Jama Oncology.
Novos achados destacam a probabilidade de efeitos tóxicos de longo prazo do tratamento adjuvante com os anti PD-1 em pacientes com melanoma avançado e metastático. Artigo de Goodman et al. publicado no Jama Network Open sustenta que grande parcela dos pacientes apresenta eventos adversos imuno-relacionados crônicos e persistentes, demonstrando a necessidade de monitoramento e gerenciamento de longo prazo ao considerar a terapia adjuvante anti-PD-1. O onco-hematologista Daniel Tabak (foto), diretor do Centro de Tratamento Oncológico (CENTRON), analisa os resultados.