PROpel: análise final de sobrevida global
Artigo de Saad et al., com coautoria do brasileiro João Daniel Guedes (foto), apresenta os resultados da análise final de sobrevida global do estudo que avaliou a adição de olaparibe a abiraterona no câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC), em pacientes não selecionados pelo status de mutação do reparo de recombinação homóloga (HRRm).
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado, positivo para antígeno leucocitário humano (HLA)-A2, sem alterações acionáveis e com resistência secundária à imunoterapia, a vacina anticâncer OSE2101 aumentou a sobrevida comparada à quimioterapia, como demonstra estudo de Besse et al.
O tratamento com enfortumabe vedotina (EV) demonstrou benefício em relação à quimioterapia no carcinoma urotelial avançado previamente tratado. Artigo de Rosenberg et al. no Annals of Oncology mostra análise de 2 anos de acompanhamento após a publicação dos resultados iniciais, com redução de aproximadamente 30% no risco de morte e de 37% no risco de progressão da doença ou morte. "Esses resultados mostram que enfortumabe vedotina se consolida como opção de tratamento para pacientes com câncer urotelial", avalia o oncologista Eduardo Zucca (foto).
Estudo de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital e do Dana-Farber Cancer Institute (DFCI) mostra que é possível valorizar o custo-benefício dos testes moleculares e citogenéticos em hematopatologia, através de algoritmos apoiados por um aplicativo de suporte à decisão. A solução resultou em economia anual de quase 1,5 milhão de dólares em testes e racionalizou em 97% os pedidos excessivos.
Artigo de Aronson et al. no Lancet Oncology apresenta resultados finais de sobrevida após 10 anos de acompanhamento do ensaio de fase 3 (OVHIPEC-1) e confirma a melhora significativa na sobrevida livre de progressão e global com a adição de HIPEC à cirurgia citorredutora de intervalo em pacientes com câncer de ovário FIGO estágio III. O oncologista Eduardo Paulino (foto) comenta os resultados.
Estudo publicado online no Journal of Clinical Oncology (JCO) avaliou fatores prognósticos para recidiva do seminoma estágio clínico I em um cenário populacional nacional não selecionado. Os resultados permitem que profissionais de saúde e pacientes tomem decisões mais informadas sobre o manejo pós-orquiectomia e podem ser incorporados a diretrizes clínicas para gestão de risco. O oncologista Diogo Bastos (foto) analisa os principais achados.
A carga global do câncer continua a movimentar o ambiente de pesquisa e projeta a oncologia na liderança da inovação no setor farmacêutico. A pesquisa em câncer está na dianteira quando se considera o nível de atividade de ensaios clínicos, o tamanho do pipeline em desenvolvimento, o número de empresas investindo em novos medicamentos e substâncias ativas e, mais ainda, os gastos com esses medicamentos. Os dados são da IQVIA1 e mostram que as despesas globais com oncologia devem ultrapassar US$ 300 bilhões até 2026.
Selinexor uma vez por semana atua como nova terapia em pacientes com câncer endometrial (CE) avançado ou recorrente? Novos dados de estudo randomizado de fase 3 mostram que a sobrevida livre de progressão (SLP) não atingiu significância estatística na população com intenção de tratar, contrastando com análise exploratória que mostrou benefício significativo de SLP em pacientes com CE sem mutação de TP53.
Estudo publicado no BMJ Oncology mostra que a incidência global de câncer de início precoce aumentou 79,1% de 1990 a 2019, período em que o número de mortes por câncer em adultos mais jovens aumentou 27,7%, indicando mudanças profundas no panorama epidemiológico do câncer.
Giovana Alice Soares, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG), é primeira autora de estudo que avaliou a associação entre hábitos alimentares e infecção por H. pylori em pacientes de um hospital de referência no Brasil Central. O trabalho contou com a participação de Maria Paula Curado (foto), do AC Camargo Cancer Center, e tem como autora sênior a pesquisadora Mônica Santiago Barbosa, da UFG.
Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) demonstrou que tratamentos que reduzem o risco de ser diagnosticado com recorrência bioquímica com base no aumento dos níveis de PSA após a radioterapia não melhoram necessariamente a sobrevida global a longo prazo de um paciente. O radio-oncologista brasileiro Luis Souhami, da Universidade McGill, no Canadá, é coautor do trabalho.
Artigo publicado no ESMO Open, que tem como primeiro autor o brasileiro Felipe Roitberg (foto), aponta caminhos para reduzir a carga do câncer, ilustrando a experiência da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) com a definição de medicamentos essenciais no tratamento do câncer.
A quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia (NACT + S) é melhor do que a quimiorradioterapia concomitante (CCRT) no câncer cervical em estágio IB2-IIB? Estudo multicêntrico do grupo de ginecologia oncológica da Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC) não mostrou melhora na sobrevida global em 5 anos para NACT + S em comparação com CCRT, mas demonstrou morbidade e qualidade de vida aceitáveis em ambos os braços.
Artigo de Ascierto et al. publicado no Journal of Clinical Oncology apresenta novos dados de estudo de fase3 (COLUMBUS) que avalia a terapia combinada de inibidores de BRAF/MEK no tratamento do melanoma com mutação BRAF V600 avançado. Os resultados confirmam a contribuição de binimetinibe ao regime combinado de encorafenibe mais binimetinibe e ampliam a evidência para a inclusão do inibidor MEK nessa população de pacientes.
O ensaio NeoRes II é o primeiro ensaio randomizado a comparar o tempo padrão com o tempo prolongado para a cirurgia após quimiorradioterapia neoadjuvante para câncer de esôfago. Os resultados foram publicados por Nilsson et al. no Annals of Oncology e mostram forte tendência para pior sobrevida global após o atraso até a cirurgia, sugerindo cautela no adiamento rotineiro da intervenção cirúrgica.
Atrasos no diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço associados ao uso de antibióticos ocorrem frequência, o pode se traduzir na necessidade de tratamentos mais agressivos, com mais toxicidade e menor taxa de cura. Realizado por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Saint Louis, o estudo foi publicado no JAMA Otolaryngology – Head & Neck.