Olaparibe em manutenção mostra ganho de SLP no câncer de ovário
Pesquisadores do OReO/ENGOT-ov38 relatam resultados do primeiro estudo a mostrar que a reintrodução de olaparibe como tratamento de manutenção proporciona ganho de sobrevida livre de progressão no câncer de ovário recidivado, com benefício clínico e estatisticamente significativo, independente do status da mutação BRCA.
Resultados de estudo publicado na Blood Advances sugerem que o diabetes mellitus pode contribuir para a maior incidência de mieloma múltiplo em pacientes negros, e seu manejo pode impactar a sobrevida da doença.
Estudo retrospectivo publicado na Therapeutic Advances in Medical Oncology buscou investigar fatores prognósticos e desfechos clinicos de sarcomas radioinduzidos, tumores que geralmente apresentam comportamento agressivo, e que devido à sua raridade, o manejo apropriado é incerto. Maurício Ribeiro (foto), oncologista no H. Lee Moffitt Cancer Center e ex-Clinical Research Fellow do Princess Margaret Cancer Centre, é o primeiro autor do trabalho.
A oncologista brasileira Ana Veneziani (foto), Clinical Research Fellow no Princess Margaret Cancer Center, é primeira autora de artigo de revisão publicado na Nature Reviews Clinical Oncology que discute a heterogeneidade do câncer de ovário, apresentando o panorama atual do tratamento da doença e destacando estratégias terapêuticas potencialmente eficazes em desenvolvimento.
Estudo publicado na Cancers descreveu resultados terapêuticos e características clínico-laboratoriais da maior coorte latino-americana de pacientes com linfoma de células do manto (LCM) tratados em ambiente real. O trabalho tem como primeiro autor o pesquisador Luís Alberto Covas Lage (foto), do Departamento de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Pacientes com idade avançada submetidos à cirurgia de câncer colorretal podem ter bons resultados pós-operatórios e adequada recuperação funcional com suportes pré e pós-operatório apropriados. É o que descrevem pesquisadores australianos, em artigo no Journal of Gastrointestinal Oncology.
Estudo relatado no Journal of Clinical Oncology reforça o potencial da biópsia Immunoscore (ISB) como importante ferramenta prognóstica no tratamento não operatório do câncer retal localizado. O trabalho tem participação brasileira, dos médicos Angelita Habr-Gama e Rodrigo O. Perez (foto), e valida ISB como importante biomarcador para prever tanto a recorrência local quanto as metástases à distância em pacientes gerenciados por watch and wait.
Estudo publicado no JCO Precision Oncology avaliou as taxas de variantes germinativas patogênicas/provavelmente patogênicas (PVs) e aconselhamento genético por ancestralidade em pacientes com câncer epitelial de ovário (CEO).
O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, diagnosticado predominantemente em pessoas que residem em países pobres e em desenvolvimento, pode ser tratado eficazmente com radioterapia hipofracionada, como sugere estudo internacional destacado no ASTRO 2023.
O Hospital Israelita Albert Einstein está recrutando pacientes para participar de estudo prospectivo, randomizado, desenhado e conduzido 100% no Brasil, com apoio do PROADI-SUS. O estudo avalia a terapia neoadjuvante total versus quimiorradiação convencional em pacientes com câncer retal localmente avançado e tem como principal investigador o oncologista Diogo Bugano (foto).
Revisão sistemática e meta-análise que comparou resultados da biópsia da próstata guiada por ressonância magnética via transperineal (TP-MRI) versus biópsia via transretal (TR-MRI) na detecção do câncer de próstata publicou resultados no periódico Prostate and Prostatic Disease, com achados indicando que TP-MRI é mais eficaz que TR-MRI.
Estudo do Dana-Farber Brigham Cancer Center mostra que um período mais curto de radioterapia (RT) após mastectomia e cirurgia de reconstrução mamária proporciona a mesma proteção contra a recorrência do câncer de mama e efeitos colaterais equivalentes comparado a RT convencional, mas reduz substancialmente as interrupções na vida das pacientes, assim como os encargos financeiros. Os dados são do estudo FABREC (Hypofractionated versus Conventionally Fractionated Postmastectomia Radiation Therapy After Implant-Based Reconstruction) e foram destaque no ASTRO 2023.
A radioterapia estereotática corporal (SBRT), que oferece doses mais altas de radioterapia administradas normalmente em cinco sessões, é tão eficaz quanto a radioterapia convencional no tratamento de pacientes com câncer de próstata localizado de risco intermediário. Os resultados são do estudo de Fase 3 PACE B (Prostate Advances in Comparative Evidence), apresentado em sessão plenária no ASTRO 2023. “Diversos guidelines mundiais já incorporaram a SBRT para essa subpopulação, e essa tendência só vai aumentar”, avalia o radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto).
Quais atributos da reconstrução mamária são mais importantes para as mulheres que consideram a cirurgia, considerando aquelas que preferem a reconstrução com retalho versus implante? Estudo transversal que avaliou 406 mulheres quanto à reconstrução mamária mostrou que a morbidade abdominal, o risco de complicações e o número de cirurgias adicionais foram os atributos da reconstrução com maior importância relativa na população analisada. O mastologista Cícero Urban (foto) comenta os principais achados.
As necessidades de informação estão entre as mais frequentes necessidades de cuidados de suporte não satisfeitas de pessoas que vivem com câncer. Revisão que buscou caracterizar as ferramentas de avaliação existentes mostra que os atuais questionários de avaliação podem ser limitados para avaliar com precisão o que é mais importante para essa população.
Estudo multicêntrico que avaliou retrospectivamente quase 3 mil casos de esofagectomia minimamente invasiva relatou as complicações intraoperatórias e mostrou mortalidade significativa em 90 dias (9,2%), especialmente entre pacientes que sofreram lesões vasculares no tórax. Os resultados foram relatados por Söderström et al. no Annals of Surgical Oncology.