EMBARK: Enzalutamida mostra resultados no câncer de próstata com recorrência bioquímica
Em pacientes com câncer de próstata com recorrência bioquímica de alto risco, enzalutamida em monoterapia ou em combinação com leuprolida demonstrou sobrevida livre de metástases superior em comparação com o tratamento com leuprolida isolada. Os resultados são do estudo de Fase 3 EMBARK, publicado dia 19 de outubro na New England Journal of Medicine (NEJM). O uro-oncologista Murilo Luz (foto) é coautor do trabalho.
O pesquisador brasileiro Nickolas Stabellini (foto) é primeiro autor de estudo que buscou validar a ferramenta prognóstica PREDICT na previsão de melhoria de sobrevida global em 5 e 10 anos resultantes da terapia adjuvante para câncer de mama usando dados do mundo real de pacientes norte-americanas1. Os resultados foram publicados no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN), com editorial2 publicado na mesma edição.
Uma abordagem terapêutica que combina terapias anti-HER2 com a estatina lovastatina pode reduzir o número de tratamentos de câncer necessários para prevenir o crescimento do tumor. Conforme demonstrado por exames imuno-PET, a terapia combinada é capaz de potencializar o tratamento com menos eventos adversos. A pesquisa foi publicada na edição de outubro do Journal of Nuclear Medicine.
Perspectivas promissoras na oncologia torácica sinalizam que mais pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) devem se beneficiar de novos medicamentos que visam alterações moleculares nas células tumorais, com menos necessidade de quimioterapia, como apontam resultados de vários ensaios clínicos que serão relatados pela primeira vez no Congresso ESMO 2023. “Os resultados são muito impressionantes e significam que podemos esperar grandes mudanças no tratamento de primeira linha para pacientes com CPCNP”, disse Alessandra Curioni- Fontecedro, professora da Universidade de Friburgo, Suíça.
Apenas 14% das pesquisas europeias sobre câncer se concentram em prevenção e menos de 4% dos financiadores demonstram interesse na prevenção primária. Os dados são de Schmutz et. al, publicados no European Journal of Cancer, e podem ajudar a apoiar uma agenda de pesquisa em câncer mais centrada em políticas de prevenção.
A suplementação de selênio e vitamina E pode prevenir a recorrência e a progressão da doença no câncer de bexiga não músculo-invasivo? Ensaio clínico randomizado publicado no JAMA Network Open mostrou que suplementação com selênio não diminuiu o risco de recorrência, enquanto a vitamina E foi associada a um risco significativamente aumentado.
Pesquisadores utilizaram grandes conjuntos de dados para identificar novas oportunidades terapêuticas de conjugados anticorpo-droga (ADCs) em uma ampla gama de tipos de câncer. “Nossas ferramentas interativas na web podem ajudar a priorizar novos alvos emergentes de ADCs para desenvolvimento clínico”, afirmam os autores em artigo publicado no European Journal of Cancer (EJC).
A oncologista Tatiane Montella (foto), do Instituto Oncoclínicas (RJ), comenta os destaques de artigo recém-publicado por pesquisadores brasileiros no JCO Global Oncology, em análise que descreve o status mutacional do EGFR em pacientes brasileiros com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em um cenário de mundo real. “Conseguimos documentar um total de 7413 amostras de tumor de pacientes com CPCNP, sem dúvida alguma um número muito expressivo e talvez o maior já publicado na América Latina”.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) acatou o pedido de revisão prioritária de osimertinibe (Tagrisso®, AstraZeneca) em combinação com quimioterapia (QT), no tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação do receptor do fator de crescimento epidérmico mutado (EGFRm) localmente avançado ou metastático. A decisão é baseada nos resultados do ensaio de Fase III FLAURA2, que estendeu a mediana de sobrevida livre de progressão em quase 9 meses comparada ao tratamento padrão.
Em pacientes idosos, as comorbidades podem competir com o câncer pelo risco de mortalidade. Benderra et al. avaliaram o valor prognóstico das comorbidades em idosos com câncer, em estudo que mostrou que o tipo, o número e a gravidade das comorbidades foram independentemente associados a menor sobrevida global. Pacientes com câncer idosos com escore elevado de comorbidades (CIRS-G >17) tiveram redução de 6 a 9 meses na sobrevida global em 3 anos, dependendo do tipo de tumor. O oncologista Auro del Giglio (foto), titular de Hematologia e Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC, analisa os principais achados.
Artigo publicado no JCO Oncology Practice discute a decisão de realizar biópsia em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático em estágio inicial considerando a interseção de cenários clínicos individuais, diretrizes nacionais e a busca pela prática médica mais ética.
Como valorizar a prática médica e reduzir o burnout dos profissionais envolvidos nos cuidados com o câncer? Estudo transversal conduzido com uma população diversificada de oncologistas avaliou o impacto no bem-estar de 28 diferentes métodos de valorização. Os resultados foram publicados no JCO Oncology Practice.
Lyvia Neves Rebello Alves (foto), do Núcleo de Genética Humana e Molecular da Universidade Federal do Espírito Santo, é primeira autora de revisão que apresenta os biomarcadores que vêm reconfigurando o diagnóstico e tratamento do câncer de mama, sinalizando a importância de novas promessas com potencial aplicação na prática médica.
Os mastologistas brasileiros são bem treinados em reconstrução mamária e cirurgia oncoplástica? Estudo que avaliou o curso de aperfeiçoamento em reconstrução mamária e cirurgia oncoplástica da Santa Casa de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) mostra que a iniciativa teve impacto positivo na formação de especialistas. O trabalho foi publicado na Frontiers in Oncology e tem como autor sênior o médico Evandro Fallaci Mateus (foto), mastologista do Grupo Oncoclínicas.
Estudo publicado no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN) demonstrou que o tratamento locorregional intensivo (debulking) associado à terapia sistêmica padrão não causou uma diminuição na qualidade de vida em pacientes com câncer colorretal metastático.
A ASCO publicou diretrizes atualizadas para o manejo de pacientes com câncer de pulmão de pequenas células (CPPC), compreendendo recomendações baseadas em evidência e posições de consenso. O oncologista William William (foto), líder nacional de Oncologia Torácica do Grupo Oncoclínicas, comenta as recomendações.