Consulta pública: ajude a coibir o cigarro eletrônico no Brasil
O Senado Federal abriu consulta pública sobre o projeto de Lei 5.008/2023, que dispõe sobre a produção, importação, exportação e venda dos cigarros eletrônicos no Brasil. Para votar contra a proposta e coibir o uso do cigarro eletrônico, basta manifestar sua discordância através desse link.”Essa ameaça de modificar a regulamentação precisa ser combatida. Temos que nos posicionar firmemente pela proibição do cigarro eletrônico e no combate às causas preveníveis de câncer”, destaca Roberto de Almeida Gil (foto), presidente do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
Aproximadamente US$ 20,6 milhões (8,4%) dos gastos diretos de saúde com o câncer colorretal em 2018 no Sistema Único de Saúde (SUS) foram atribuíveis ao consumo de carne vermelha e processada. É o que aponta estudo publicado na BMC Health Services Research. O epidemiologista Leandro Rezende, da EPM-Unifesp, é autor sênior do trabalho, que tem a nutricionista Maria Eduarda Diogenes, do INCA, como autora correspondente.
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou a combinação de capivasertibe mais fulvestranto para adultos com câncer de mama localmente avançado ou metastático receptor hormonal positivo (HR+), HER2-negativo, com pelo menos uma alteração PIK3CA/AKT1/PTEN, conforme determinado por um teste aprovado pela FDA, após progressão da doença em pelo menos um tratamento endócrino no cenário metastático ou recorrência dentro de um ano após o término da terapia adjuvante.
A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou enzalutamida, com ou sem análogo de GnRH, para pacientes com câncer de próstata não metastático sensível à castração (nmCSPC) com recorrência bioquímica (BCR) com alto risco de metástase. A aprovação foi baseada nos resultados do ensaio clínico de fase 3 EMBARK.
Apesar de progressos na prevenção, detecção precoce e tratamento, a carga do câncer continua maior entre populações historicamente marginalizadas, aponta relatório realizado pela American Cancer Society (ACS). “Muitas das disparidades raciais, socioeconômicas e geográficas observadas na mortalidade por câncer estão alinhadas a disparidades na exposição a fatores de risco e no acesso à prevenção, detecção precoce e tratamento relacionadas a desigualdades fundamentais nos determinantes sociais da saúde”, observou Ahmedin Jemal, vice-presidente de vigilância e equidade em saúde da ACS e autor sênior do trabalho.
A redistribuição de medicamentos anticancerígenos orais não utilizados foi associada à redução do desperdício e à economia substancial de custos, melhorando a acessibilidade e a sustentabilidade do tratamento do câncer. É o que mostra estudo holandês publicado no JAMA Oncology.
Aos 40 ano, sobreviventes de câncer infantil tratados com radioterapia abdominopélvica (TARV) apresentam risco de desenvolver câncer colorretal (CCR) semelhante àqueles com 50 anos de idade na população em geral, evidência que deve ser utilizada para orientar diretrizes para estratificação de risco, apontam Heymer et al. em artigo no Journal of Clinical Oncology (JCO).
A maior capacidade de exercício em pacientes com caquexia oncológica está associada à redução da fadiga, melhora da força muscular respiratória, aumento dos níveis de atividade física e melhoria da qualidade de vida. Os resultados são de estudo publicado no periódico Nutrition and Cancer.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) estabeleceu um Advisory Board para auxiliar no desenvolvimento de orientações clínicas sobre a priorização de agentes antineoplásicos em um cenário de fornecimento limitado de medicamentos antineoplásicos. “A atual escassez de medicamentos oncológicos está afetando cada vez mais o processo de tomada de decisão clínica, os resultados e a qualidade de vida dos pacientes”, afirmaram os autores em artigo no Journal of Clinical Oncology (JCO).
A prática da oncologia brasileira tem cor e um perfil bem definido: o de uma pessoa branca, com pouco mais de 40 anos de idade, que atua predominantemente no setor privado (38%) e se reconhece satisfeita com a carreira médica. Os dados são do ‘Censo SBOC da Oncologia Clínica, quem somos?’, promovido pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com o Instituto Datafolha. “A partir dos dados do Censo, será possível atuar de maneira mais direcionada para fortalecer a oncologia clínica brasileira”, avalia Carlos Gil Ferreira (foto), presidente da SBOC na gestão 2023.
Mais de 10% dos testes imunoquímicos fecais (FIT) utilizados para o rastreamento de rotina do câncer colorretal num sistema de saúde com rede de segurança continham amostras insatisfatórias que não puderam ser processadas. “A eficácia do FIT depende da conclusão satisfatória de múltiplas etapas, e uma falha em qualquer uma delas pode reduzir a eficácia do rastreio”, explicou Po-Hong Liu (foto), pesquisador do UT Southwestern Medical Center e coprimeiro autor do estudo. O trabalho foi publicado na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, periódico da American Association for Cancer Research (AACR).
O ensaio clínico randomizado DIANA-5 não conseguiu demonstrar a eficácia da dieta baseada nas tradições mediterrâneas e macrobióticas (dieta macromediterrânea) na redução da recorrência do câncer de mama. Os resultados foram publicados na Clinical Cancer Research, periódico da American Association for Cancer Research (AACR).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a combinação do anti CTLA-4 tremelimumabe (curso limitado) com o anti PD-L1 durvalumabe e 4 ciclos de quimioterapia baseada em platina como primeira linha (1L) de tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas metastático CPCNPm). A decisão foi publicada 13 de novembro no Diário Oficial da União e tem como base os resultados do ensaio POSEIDON, que demonstrou a eficácia e a segurança dessa combinação como 1L no CPCNPm, inclusive para alguns subgrupos mais difíceis de tratar.
O oncologista Guilherme Nader-Marta (foto) é coprimeiro autor de artigo publicado na Nature Medicine1 que apresenta o programa BrainStorm, uma plataforma multidisciplinar de pesquisa clínica de metástases cerebrais lançada em 2020 pelo Institut Jules Bordet. “O objetivo é coletar dados sobre a epidemiologia e biologia de metástases de tumores sólidos no sistema nervoso central (SNC), permitindo a identificação de fatores de risco, a descoberta de novos alvos terapêuticos para futuros ensaios clínicos e tratamentos inovadores para melhoria da qualidade de vida destes pacientes”, esclarecem os pesquisadores.
Estudo liderado pelo National Institutes of Health dos EUA examinou os resultados de curto e longo prazo, não relacionados ao câncer, da gastrectomia total redutora de risco e seus impactos na qualidade de vida em indivíduos com síndrome de câncer gástrico difuso hereditário. Os resultados revelam que dois anos após a cirurgia, quase todos os doentes apresentaram pelo menos uma morbidade crônica, demonstrando que a cirurgia de prevenção do câncer deve considerar também as consequências da remoção do estômago. O cirurgião Laercio Gomes Lourenço (foto) analisa os resultados.
Identificar fatores de risco para a doença pulmonar intersticial (DPI) tem importância fundamental para adequar a terapia com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) no câncer de mama. Diretrizes de conduta publicadas pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) se propõem a fornecer orientação clínica multidisciplinar atualizada e uma abordagem estruturada passo a passo para o monitoramento proativo, diagnóstico precoce e manejo eficaz da DPI associada a T-DXd.
Revisão sistemática e meta-análise incluiu dados de mais de 2 milhões de mulheres com câncer de mama em 81 países e demonstrou proporções mais altas de câncer de mama metastático ao diagnóstico observadas em países de baixa e média renda, em grupos de idade mais avançada e menos favorecidos economicamente. O estudo tem participação da brasileira Allini Mafra da Costa (foto), pesquisadora da International Agency for Research on Cancer (IARC) e do Luxembourg Institute of Health (LIH).