Vírus Epstein-Barr e resultados em pacientes com câncer gástrico
O câncer gástrico associado ao vírus Epstein-Barr (EBVaGC) é um subgrupo molecular que apresenta excelentes resultados após cirurgia para doença localizada. Estudo que buscou caracterizar a prevalência, características clínicas e o prognóstico de pacientes com EBVaGC tratados com quimioterapia citotóxica paliativa mostrou que EBVaGC foi responsável por 5% dos tumores gástricos metastáticos/irressecáveis, com tendência a melhor sobrevida global.
Estudo de coorte retrospectivo buscou avaliar a incidência de pneumonite em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com doença localmente avançada tratados com durvalumabe após quimiorradioterapia. Os resultados mostram que a obesidade foi um preditor significativo de pneumonite nesta população, mas não teve impacto na sobrevida global e livre de progressão.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o tratamento com nirogacestat (Ogsiveo®) para adultos com tumores desmoides progressivos que requerem tratamento sistêmico. A decisão foi anunciada 27 de novembro e marca o primeiro tratamento aprovado para tumores desmoides.
Descrever o envolvimento de células tumorais no tecido axilar, além da presença de linfonodos positivos e da extensão extracapsular, faz toda a diferença nos resultados de patologia mamária, como apontam resultados de Naoum et al. no Journal of Clinical Oncology.
Artigo publicado no JCO Clinical Cancer Informatics descreve desafios e propõe soluções para a implementação bem-sucedida de modelos preditivos que incorporem resultados relatados pelo paciente (PROs) na prática do câncer.
O resultado de pacientes idosos com linfoma de células do manto (LCM) melhorou com a introdução da imunoquimioterapia, seguida pela manutenção com rituximabe. Estudo de Hoster et al. publicado no JCO mostra como o status de doença residual mínima (DRM) pode guiar a estratégia de manutenção com rituximabe e permitir intervenções personalizadas de consolidação.
Análise de mundo real que considerou 61 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas EGFR mutados que receberam amivantamabe após tratamento prévio sugere que amivantamabe é uma opção potencialmente eficaz para pacientes com mutações de EGFR fora das mutações de inserção do Exon 20 (Ex20ins). O estudo conta com a participação do brasileiro Marcelo Negrão (foto) e mostra a viabilidade da combinação de osimertinibe com amivantamabe nessa população de pacientes.
Estudo de Innocenti et al. publicado no Journal of Clinical Oncology buscou identificar novas mutações associadas ao prognóstico e à resposta ao tratamento padrão no câncer colorretal (CRC), de acordo com diferenças raciais. Os achados podem fornecer novas ferramentas para prever os resultados dos pacientes e aprimorar as decisões de tratamento.
Estudo publicado no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN) avaliou a associação entre tabagismo (particularmente a cessação do tabagismo) e o risco de câncer de pâncreas em indivíduos com diabetes e pré-diabetes.
Publicado no JAMA Oncology, o estudo randomizado de Fase 2 UNICORN demonstrou que o tratamento de primeira linha com osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutações incomuns do EGFR pode ser uma opção promissora, proporcionando melhora clinicamente significativa e um perfil de segurança manejável.
Aumentar a conscientização e os esforços direcionados para educar médicos sobre o manejo do carcinoma ductal in situ de baixo grau em pacientes idosas poderia reduzir os danos aos pacientes e gerar economias substanciais de custos. É o que sugerem os resultados de estudo de DeLeire e colegas publicado no periódico Cancer.
Estudo de Jani et al. publicado no JCO Global Oncology analisou as tendências de leucemia mieloide aguda (LMA), considerando a carga global e da União Europeia entre 1990 e 2019. Os resultados fornecem uma análise abrangente da epidemiologia da LMA, destacando o aumento global na incidência e na mortalidade, mas também na melhoria das tendências de sobrevida, apesar da estagnação recente.
A microscopia confocal de refletância (MCR) tem o potencial de aumentar a capacidade de diagnosticar o melanoma de forma consistente e precisa, independentemente das características clínicas e dermatoscópicas. É o que descrevem Faldetta et al. no Journal of the American Academy of Dermatology.
O ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) é um novo tratamento local minimamente invasivo de tumores sólidos. HIFU guiado por ultrassom endoscópico (EUS-HIFU) usando efeitos mecânicos teria benefícios potenciais, incluindo detecção precisa de lesões-alvo e melhora na administração de medicamentos. Foi com esse objetivo que pesquisadores desenvolveram o dispositivo EUS-HIFU e conseguiram demonstrar uma prova de conceito, em estudo relatado por Ashida et al. no Pancreatology.
Estudo que avaliou a sobrevida ao câncer do remanescente gástrico (GRC) em uma população ocidental mostrou que GRCs representaram 6,4% de todos os adenocarcinomas gástricos na coorte avaliada, entre 2001 e 2016, demonstrando longo período de latência entre a gastrectomia distal e o diagnóstico de GRCs, com maior frequência no sexo masculino e em indivíduos mais velhos em relação a outros pacientes com câncer gástrico. Os resultados estão na Surgical Oncology.
Estudo de coorte nacional mostrou menores riscos de cirrose e carcinoma hepatocelular com o uso de agonistas do receptor do peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1RAs) versus insulinas de ação prolongada (LAIs) no diabetes tipo 2 (DM2). Os resultados foram relatados no Journal of Internal Medicine.
O tratamento com erdafitinibe mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida global comparado à quimioterapia em pacientes com carcinoma urotelial metastático e alterações de FGFR após tratamento prévio com anti-PD-1 ou anti-PD-L1. É o que relatam Loriot et al. em artigo na New England Journal of Medicine (NEJM).