Impacto de um programa remoto de atividade física nos efeitos colaterais imuno-relacionados e na qualidade de vida
Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no 2023 ASCO Quality Care Symposium avaliou o impacto de um programa remoto de atividade física, acessível e de baixo custo, na qualidade de vida e no manejo de efeitos colaterais imuno-relacionados em pacientes com tumores sólidos tratados com imunoterapia. O oncologista Paulo Bergerot (foto), do Grupo Oncoclínicas, é o primeiro autor do trabalho.
O cirurgião colorretal Rodrigo Perez (foto) é coautor de estudo colaborativo internacional que buscou desenvolver e validar um modelo preditivo (STOMA score) para sobrevida livre de estoma em 1 ano em pacientes com câncer retal com fístula anastomótica (AL). Os resultados foram publicados no Annals of Surgery.
Estudo publicado no JAMA Network Open identificou subgrupos definidos por subtipo de tumor, idade e/ou índice de massa corporal que podem levar a disparidades raciais e étnicas na sobrevida entre participantes inscritos em ensaios clínicos que recebem cuidados iniciais padronizados para o câncer de mama inicial.
Estudo publicado no periódico Palliative & Supportive Care buscou identificar as pacientes com maior probabilidade de participar de discussões sobre cuidados paliativos e planejamento antecipado de cuidados, bem como determinar o melhor momento e a abordagem de discussão preferida. Os pesquisadores em Cuidados Paliativos, Bianca Paiva e Fulvio Trevizan, do Hospital de Câncer de Barretos, são os coordenadores do estudo.
A terapia com yoga, particularmente quando administrada a pacientes e seus cuidadores, parece ser uma estratégia benéfica de cuidados de suporte para pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia. O estudo é um dos destaques do 2023 ASCO Quality Care Symposium, que acontece nos dias 28 e 29 de outubro em Boston, Estados Unidos. A brasileira Rosangela Silva, especialista em Intervenção Mente-Corpo no MD Anderson Cancer Center, é coautora do trabalho.
Estudo de revisão sistemática e meta-análise de Arecco et al. buscou fornecer evidências atualizadas sobre a segurança da gravidez após o diagnóstico e tratamento do câncer de mama inicial com receptor hormonal positivo. Os resultados mostram que a gravidez após o câncer de mama não teve impacto na sobrevida livre de doença e foi associada à melhora da sobrevida global.
Estudo de Harborg et al. publicado no Jama Network Open confirma evidências e demonstra que a obesidade está associada a maior risco de recorrência em pacientes com câncer de mama tratadas com inibidores de aromatase. “Nessa coorte dinamarquesa de 13.230 mulheres com câncer de mama RH+, pouco mais de 10% apresentaram recorrência ao longo de 6,2 anos de seguimento. Os resultados mostraram associação da obesidade com o aumento do risco de recidiva e pacientes com obesidade grave apresentaram risco aumentado de recorrência de 32%”, analisa o mastologista Ruffo de Freitas Jr. (foto), que comenta os principais achados.
Estudo de Dutra et al., da USP de Ribeirão Preto, buscou validar biomarcadores agnósticos para prever a progressão do câncer de próstata. Os resultados estão na Frontiers in Oncology e revelam que o uso de biomarcadores agnósticos desenvolvidos para estratificação do câncer de mama permitiu uma classificação clínica precisa de pacientes submetidos à prostatectomia radical, destacando o potencial terapêutico de direcionar a sinalização do estrogênio no câncer de próstata.
Qual método de biópsia tem mais acurácia para identificar doença clinicamente significativa em pacientes com câncer de próstata? Pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, avaliaram diferentes esquemas de biópsia na vigilância ativa do câncer de próstata. "Este estudo ressalta que o propósito da biópsia perilesional na vigilância ativa ainda não está completamente claro e novos avanços são necessários para aprimorar a estratégia de detecção diagnóstica”, diz Luiza Aleixo (foto), do Hospital de Base de São José do Rio Preto”, que analisa os resultados.
Estudo de Huang et al. publicado na Lung Cancer buscou descrever as respostas patológicas combinadas de tumores e linfonodos em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) após quimioimunoterapia neoadjuvante, assim como o significado clínico subjacente. “Uma boa resposta combinada pode ser usada como um preditor confiável de prognóstico”, destacam os autores. O oncologista Mauro Zukin (foto) comenta os principais achados.
Estudo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicado no periódico AIDS buscou avaliar o impacto da infecção pelo HIV no prognóstico de pacientes tratados para linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) na instituição. Marcelo Soares (foto), chefe do Programa de Genética e Virologia Tumoral do INCA, é o autor sênior do trabalho.
Estudo de Bruna David (foto) e colegas publicado no JCO Global Oncology traz a perspectiva brasileira de uma análise de avaliação de custos de testes genéticos para o uso personalizado de imatinibe adjuvante em pacientes com tumores estromais gastrointestinais (GISTs) ressecados de alto risco. Os resultados mostram que o uso adjuvante molecularmente adaptado de imatinibe reduz os custos para os sistemas de saúde público e privado brasileiros.
A Associação Internacional para o Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC) divulgou recomendações para avançar o conhecimento sobre o impacto do tabagismo no contexto dos ensaios clínicos de câncer. “Revisões de ensaios clínicos realizadas por grupos cooperativos mostraram que o tabagismo é documentado no registro do paciente em apenas aproximadamente 20% dos estudos, e poucos ensaios coletam informações sobre o tabagismo ao longo do estudo”, destaca a publicação.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) reuniram um grupo de especialistas e representantes da sociedade civil para elaborar a primeira edição do Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, com recomendações para a prevenção do câncer que consideram contextos específicos em relação a fatores de risco, sistemas de saúde e desigualdades sociais na região.
Estudo brasileiro investigou de forma pioneira a associação entre a expressão da proteína CD47 em células tumorais circulantes (CTCs) e o prognóstico de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Os resultados foram publicados no International Journal of Molecular Sciences, em análise que tem a farmacêutica-bioquímica Ludmilla Chinen (foto) como autora sênior, e mostram que a expressão de CD47+ em CTCs foi associada à pior sobrevida livre de progressão.
O epidemiologista Adalberto Miranda-Filho (foto), do National Cancer Institute, é coautor de trabalho publicado na BMC Medical Research Methodology que apresenta um novo método que fornece uma abordagem abrangente, coerente e reprodutível para análise conjunta e síntese de funções estimáveis de idade, período e coorte para estudos de vigilância do câncer.