Malignidades secundárias em sobreviventes de linfoma de células do manto
Sobreviventes de linfoma de células do manto apresentam risco aumentado de malignidades secundárias, particularmente se tratados com R-bendamustina, e os fatores de risco incluem idade avançada, sexo masculino e histórico familiar de linfoma. O hematologista Nelson Hamerschlak (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein, analisa os resultados do estudo publicado no European Journal of Cancer, que descreve a carga de malignidades secundárias nessa população.
Estudo liderado por Jennifer W. Mack, do Dana-Farber Cancer Institute, concluiu que adolescentes e adultos jovens, com idades entre 12 e 39 anos, recebem frequentemente medidas médicas intensivas no final da vida, incluindo cuidados na UTI em cerca de um terço dos casos. “Os dados descritos são, com certeza, muito melhores do que a realidade brasileira, e mostram claramente o quanto essa população ainda necessita de uma abordagem apropriada”, diz o oncologista Ricardo Caponero (foto), que analisa os resultados.
Revisão sistemática e meta-análise buscou estimar a proporção de pacientes com câncer colorretal que apresentam superexpressão e/ou amplificação de HER2 ou são HER2+, em geral e em pacientes com doença RAS selvagem. Os resultados foram publicados no periódico JNCI Cancer Spectrum.
Os avanços nas estratégias de resgate durante as últimas décadas melhoraram a sobrevida global em pacientes com câncer retal que apresentaram falha no tratamento. Os resultados são de estudo de Fleischmann et al publicado no JAMA Network Open.
Estudo brasileiro publicado na Cancers buscou avaliar os casos de tumores na bolsa do marcapasso cardíaco relatados na literatura, além de aprimorar estratégias de detecção precoce e melhorar o manejo dos pacientes acometidos. O trabalho tem como primeiro autor o pesquisador Francisco Cezar Aquino de Moraes (foto), da Universidade Federal do Pará.
Globalmente, o cenário de financiamento para a pesquisa em câncer tornou-se cada vez mais desafiador pós-COVID-19, especialmente em regiões com recursos limitados e sem um ecossistema de pesquisa fortalecido. Estudo de Fox e colegas publicado no JCO Global Oncology produziu uma lista de prioridades para a pesquisa em câncer em países com recursos limitados, informada por investigadores e pacientes.
Estudo de coorte retrospectivo mostrou que a desnutrição perioperatória em pacientes submetidos a cirurgia para câncer de cabeça e pescoço afeta desproporcionalmente pacientes negros e sem seguro privado e está associada ao aumento do tempo de internação hospitalar, custos e complicações pós-operatórias. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open. O cirurgião de cabeça e pescoço Leandro Luongo Matos (foto) comenta os resultados.
O papel da radioterapia fracionada (RT) em combinação com cirurgia no tratamento preservador de membros do sarcoma de partes moles (STS) está bem estabelecido, mas a eficácia e segurança da radioterapia pré-operatória de 5 dias permanecem controversas. Estudo brasileiro publicado no periódico Radiotherapy & Oncology por Fabio Ynoe Moraes (foto) e colegas mostra que regimes que utilizam dose efetiva biológica mais elevada - doses iguais ou superiores a 30 Gy em 5 frações - resultaram em melhor controle local.
Estudo brasileiro publicado no JCO Global Oncology buscou avaliar a indicação de radioterapia cerebral (BrRT) durante os cuidados de fim de vida. O trabalho tem como primeiro autor o oncologista Saulo Brito Silva (foto), da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, e mostra que avaliar quais pacientes podem se beneficiar da radioterapia cerebral (BrRT) ajuda a reduzir o sofrimento dos pacientes com tratamentos ineficazes, quando o manejo paliativo seria mais apropriado, além de otimizar a utilização de recursos, o que é especialmente importante em países com recursos limitados.
Cristiane Bergerot (foto), psico-oncologista no Grupo Oncoclínicas, é primeira autora de ensaio clínico randomizado que avaliou a viabilidade e eficácia preliminar da integração de intervenções de cuidados de suporte guiadas por avaliação geriátrica (do inglês, GAIN-S - geriatric assessment-guided supportive care interventions) realizadas de forma remota para idosos com câncer avançado no Brasil. O estudo foi selecionado para apresentação oral em General Session no 2023 ASCO Quality Care Symposium.
Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no 2023 ASCO Quality Care Symposium avaliou o impacto de um programa remoto de atividade física, acessível e de baixo custo, na qualidade de vida e no manejo de efeitos colaterais imuno-relacionados em pacientes com tumores sólidos tratados com imunoterapia. O oncologista Paulo Bergerot (foto), do Grupo Oncoclínicas, é o primeiro autor do trabalho.