COLOPEC: HIPEC adjuvante em pacientes com câncer de cólon localmente avançado
O estudo COLOPEC (NCT02231086) buscou determinar a eficácia da quimioterapia hipertérmica intraperitoneal (HIPEC) adjuvante na redução do risco de metástases peritoneais em pacientes com câncer de cólon de alto risco submetidos à ressecção curativa. Os resultados de longo prazo em 5 anos foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO) e não demonstraram diferenças significativas que favoreçam a utilização da HIPEC nessa população de pacientes. "Os resultados de longo prazo do estudo COLOPEC acabam por sedimentar a ineficácia da HIPEC no tratamento do câncer de colón”, avalia o cirurgião oncológico Thales Paulo Batista (foto).
Embora o diabetes seja um fator de mau prognóstico no câncer colorretal (CCR), ainda não está claro se a gravidade do diabetes fornece um valor preditivo adicional para o prognóstico da doença. Para avaliar a questão, estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, investigou as diferenças prognósticas após a ressecção curativa do câncer colorretal em pacientes com diabetes de diferentes gravidades.
O inibidor de PARP (PARPi) olaparibe demonstrou ser um tratamento de manutenção eficaz em termos de sobrevida livre de progressão radiográfica e clínica em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) com mutação nos genes de reparo de recombinação homóloga (HRR) e que alcançaram resposta ou estabilização da doença após o tratamento com docetaxel. Os resultados são de estudo espanhol publicado na Cancers.
A patologista Filomena Carvalho (foto), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, assina artigo de revisão sobre a evolução do tratamento do câncer de mama triplo negativo, mostrando como a compreensão crescente da biologia molecular permitiu que esse grupo de tumores se tornasse alvo de inovadoras estratégias terapêuticas. O trabalho foi publicado na Frontiers in Oncology e discute a trajetória desse conhecimento de forma sistemática, apresentando as bases moleculares, biomarcadores e novas possibilidades de tratamento.
Estudo publicado no periódico Human Genetics and Genomics Advances (HGG Advances) relatou que a variante R337H do gene TP53 existe como fundadora e compartilha um mesmo haplótipo entre famílias brasileiras, portuguesas e espanholas. Os pesquisadores também demonstraram a existência de três alelos TP53 p.R337H distintos adicionais. A bióloga brasileira Emilia Modolo Pinto (foto), pesquisadora no St. Jude Children's Research Hospital, é a primeira autora do trabalho.
Gabriel Salum D'Alessandro (foto), mastologista e cirurgião plástico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e Hospital Israelita Albert Einstein, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Surgical Oncology que avaliou o impacto da quimioterapia neoadjuvante nos resultados cirúrgicos associados à reconstrução mamária imediata com retalho do músculo latíssimo do dorso e implante de silicone após mastectomia para tratamento do câncer de mama.
Estudo brasileiro de Gustavo Viani (foto) e colegas apresentou evidências de mundo real em uma coorte de pacientes com carcinoma espinocelular glótico T1a-T1b, considerando os resultados oncológicos após radioterapia ou cirurgia. Os resultados foram publicados na Head & Neck Journal e mostram desfechos favoráveis com cirurgia ou radioterapia nessa população de pacientes.
Com o objetivo de disseminar as melhores práticas para validar, relatar e publicar ensaios clínicos de DNA tumoral circulante (ctDNA), o Grupo de Trabalho de Biópsia Líquida* desenvolveu um conjunto de 13 recomendações de consenso com considerações pré-analíticas e métricas para garantir dados de alta qualidade em ensaios de ctDNA. Fabiana Bettoni (foto), pesquisadora do Centro de Oncologia Molecular do Hospital Sírio-Libanês, comenta o consenso e seu impacto na decisão terapêutica.
Estudo liderado pelo National Institutes of Health dos EUA examinou os resultados de curto e longo prazo da gastrectomia total redutora de risco e seus impactos na qualidade de vida em indivíduos com síndrome de câncer gástrico difuso hereditário. Os resultados revelam que dois anos após a cirurgia, quase todos os pacientes apresentaram pelo menos uma morbidade crônica, demonstrando que a cirurgia de prevenção do câncer deve considerar também as consequências reais da remoção de órgãos.
A avaliação precisa do status nodal (N) é crítica para o manejo e prognóstico do câncer de pulmão de células não pequenas não metastático. Revisores do IASLC Lung Cancer Staging Project procuraram determinar se os atuais descritores N devem figurar na próxima 9ª edição do sistema internacional de estadiamento do câncer de pulmão pela classificação TNM. Os resultados mostram que os atuais descritores N devem ser mantidos, com a adição de novos subdescritores ao N2, para envolvimento de estação única (N2a) e envolvimento de múltiplas estações nodais (N2b).