Gastrectomia redutora de risco e impacto na qualidade de vida
Estudo liderado pelo National Institutes of Health dos EUA examinou os resultados de curto e longo prazo, não relacionados ao câncer, da gastrectomia total redutora de risco e seus impactos na qualidade de vida em indivíduos com síndrome de câncer gástrico difuso hereditário. Os resultados revelam que dois anos após a cirurgia, quase todos os doentes apresentaram pelo menos uma morbidade crônica, demonstrando que a cirurgia de prevenção do câncer deve considerar também as consequências da remoção do estômago. O cirurgião Laercio Gomes Lourenço (foto) analisa os resultados.
Identificar fatores de risco para a doença pulmonar intersticial (DPI) tem importância fundamental para adequar a terapia com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) no câncer de mama. Diretrizes de conduta publicadas pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) se propõem a fornecer orientação clínica multidisciplinar atualizada e uma abordagem estruturada passo a passo para o monitoramento proativo, diagnóstico precoce e manejo eficaz da DPI associada a T-DXd.
Revisão sistemática e meta-análise incluiu dados de mais de 2 milhões de mulheres com câncer de mama em 81 países e demonstrou proporções mais altas de câncer de mama metastático ao diagnóstico observadas em países de baixa e média renda, em grupos de idade mais avançada e menos favorecidos economicamente. O estudo tem participação da brasileira Allini Mafra da Costa (foto), pesquisadora da International Agency for Research on Cancer (IARC) e do Luxembourg Institute of Health (LIH).
A brasileira Letícia Nogueira (foto), diretora de Pesquisa em Serviços de Saúde da American Cancer Society, é primeira autora de estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) que demonstrou que pacientes negros diagnosticados com câncer colorretal de início precoce receberam cuidados piores e em tempo menos oportuno em comparação com pacientes brancos.
Estudo que buscou determinar os padrões dos oncologistas clínicos sobre o planejamento de cuidados em um centro de tratamento de câncer no Canadá relatou resultados no European Journal of Cancer Care, indicando que, embora os oncologistas acreditem que é importante discutir o planejamento antecipado de cuidados com os pacientes nas primeiras consultas ambulatoriais, isso raramente ocorre.
Estudo de Schuurman et al. no Lancet Oncology buscou estabelecer o valor preditivo da citologia cervical e do teste de papilomavírus humano (HPV) de alto risco para detectar neoplasia intraepitelial cervical recorrente de grau 2 ou pior (NIC2+; incluindo câncer cervical recorrente) após cirurgia preservadora de fertilidade. Adeylson Guimarães Ribeiro (foto), Diretor Adjunto de Informação e Epidemiologia da Fundação Oncocentro de São Paulo, analisa os resultados.
O JCO Global Oncology traz artigo com participação do oncologista brasileiro Gustavo Werutsky (foto), que discute oportunidades apresentadas no workshop Acelerando o Desenvolvimento e Validação de Agentes Anticâncer, realizado em 2022, com destaque especial para os desafios do acesso na África e América Latina.
Pacientes com câncer de ovário têm 70% menos probabilidade de morrer três anos depois de uma abordagem cirúrgica multidisciplinar, como aponta pesquisa publicada no periódico Annals of Surgical Oncology. O trabalho é da Escola de Medicina da University College Dublin e demonstra que sob a nova abordagem a taxa de mortalidade caiu de 64,5% para 24%. “Isto só reforça a importância de centros especializados no tratamento de câncer, com tumor boards para a discussão multidisciplinar”, diz o oncoginecologista José Carlos Sadalla (foto), que comenta os resultados.
No estudo POSEIDON de fase 3, a combinação de tremelimumabe de primeira linha mais durvalumabe e quimioterapia melhorou significativamente a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão versus quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático (CPCNPm). Agora, resultados relatados pelos pacientes (PROs) foram publicados online na Lung Cancer, em artigo com participação do oncologista brasileiro Luiz Henrique Araújo (foto), e mostram que o esquema triplo retardou a deterioração dos sintomas, com benefício no desempenho funcional e no estado de saúde global comparado à quimioterapia.
Toripalimabe neoadjuvante combinado com axitinibe demonstrou taxa de resposta patológica promissora no melanoma de mucosa ressecável, com aumento significativo de células T infiltrantes CD3+/CD8+ após a terapia. É o que apontam resultados de Lian et al. relatados no Annals of Oncology.
A insuficiência de vitamina D pré-tratamento é o primeiro biomarcador preditivo potencialmente modificável validado de neuropatia periférica induzida por quimioterapia com paclitaxel. Os resultados são de estudo publicado no Journal of The National Comprehensive Cancer Network (JNCCN).