Sarcopenia no câncer de cabeça e pescoço
Para compreender melhor a prevalência da sarcopenia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP), Liu et al. analisaram os fatores de risco de sarcopenia e desenvolveram uma base teórica para apoiar estratégias de prevenção e tratamento. Os resultados mostram que sexo masculino, idade avançada e excesso de gordura corporal foram fatores de risco, enquanto água corporal total e massa livre de gordura foram fatores de proteção contra sarcopenia em pacientes com CCP.
Revisão sistemática de Zaniletti et al. buscou esclarecer o papel do brotamento tumoral (BT) na biologia, comportamento e prognóstico do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP). Embora o BT não esteja incluído como fator prognóstico nas atuais diretrizes, os autores destacam que as células em brotamento promovem a agressividade do tumor, aumentando a invasão linfática e o potencial metastático.
Estudo publicado no Journal of Thoracic Oncology (JTO) demonstrou que pacientes australianos com mesotelioma pleural tratados com a combinação de ipilimumabe e nivolumabe apresentaram níveis mais elevados de toxicidade em comparação com os resultados dos ensaios clínicos. “As descobertas sugerem que, na prática do mundo real, a imunoterapia combinada pode ter piores resultados de sobrevida e maior toxicidade, enfatizando a importância de compreender o panorama do tratamento para além dos cenários de ensaios controlados”, afirmaram os autores.
Estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, avaliou o risco de suicídio associado ao prognóstico do câncer, e se o impacto do prognóstico é maior em populações que já apresentavam maiores riscos de suicídio no baseline.
A Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (IARC, do inglês International Agency for Research on Cancer) acaba de publicar o primeiro livro sobre prevenção do câncer oral, em trabalho com participação do oncologista Felipe Roitberg (foto). “Acredito na contribuição para a implementação de políticas públicas guiadas por evidências”, diz Roitberg.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) recebeu relatos de malignidades de células T, incluindo linfoma CAR positivo para receptor de antígeno quimérico, em pacientes que receberam imunoterapias com células CAR T autólogas dirigidas a BCMA ou CD19. Os relatórios foram recebidos de ensaios clínicos e/ou fontes de dados de eventos adversos pós-comercialização.
O câncer gástrico associado ao vírus Epstein-Barr (EBVaGC) é um subgrupo molecular que apresenta excelentes resultados após cirurgia para doença localizada. Estudo que buscou caracterizar a prevalência, características clínicas e o prognóstico de pacientes com EBVaGC tratados com quimioterapia citotóxica paliativa mostrou que EBVaGC foi responsável por 5% dos tumores gástricos metastáticos/irressecáveis, com tendência a melhor sobrevida global.
Estudo de coorte retrospectivo buscou avaliar a incidência de pneumonite em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com doença localmente avançada tratados com durvalumabe após quimiorradioterapia. Os resultados mostram que a obesidade foi um preditor significativo de pneumonite nesta população, mas não teve impacto na sobrevida global e livre de progressão.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o tratamento com nirogacestat (Ogsiveo®) para adultos com tumores desmoides progressivos que requerem tratamento sistêmico. A decisão foi anunciada 27 de novembro e marca o primeiro tratamento aprovado para tumores desmoides.
Descrever o envolvimento de células tumorais no tecido axilar, além da presença de linfonodos positivos e da extensão extracapsular, faz toda a diferença nos resultados de patologia mamária, como apontam resultados de Naoum et al. no Journal of Clinical Oncology.