Testes genéticos e uso personalizado de imatinibe adjuvante na saúde brasileira
Estudo de Bruna David (foto) e colegas publicado no JCO Global Oncology traz a perspectiva brasileira de uma análise de avaliação de custos de testes genéticos para o uso personalizado de imatinibe adjuvante em pacientes com tumores estromais gastrointestinais (GISTs) ressecados de alto risco. Os resultados mostram que o uso adjuvante molecularmente adaptado de imatinibe reduz os custos para os sistemas de saúde público e privado brasileiros.
A Associação Internacional para o Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC) divulgou recomendações para avançar o conhecimento sobre o impacto do tabagismo no contexto dos ensaios clínicos de câncer. “Revisões de ensaios clínicos realizadas por grupos cooperativos mostraram que o tabagismo é documentado no registro do paciente em apenas aproximadamente 20% dos estudos, e poucos ensaios coletam informações sobre o tabagismo ao longo do estudo”, destaca a publicação.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) reuniram um grupo de especialistas e representantes da sociedade civil para elaborar a primeira edição do Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, com recomendações para a prevenção do câncer que consideram contextos específicos em relação a fatores de risco, sistemas de saúde e desigualdades sociais na região.
Estudo brasileiro investigou de forma pioneira a associação entre a expressão da proteína CD47 em células tumorais circulantes (CTCs) e o prognóstico de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Os resultados foram publicados no International Journal of Molecular Sciences, em análise que tem a farmacêutica-bioquímica Ludmilla Chinen (foto) como autora sênior, e mostram que a expressão de CD47+ em CTCs foi associada à pior sobrevida livre de progressão.
O epidemiologista Adalberto Miranda-Filho (foto), do National Cancer Institute, é coautor de trabalho publicado na BMC Medical Research Methodology que apresenta um novo método que fornece uma abordagem abrangente, coerente e reprodutível para análise conjunta e síntese de funções estimáveis de idade, período e coorte para estudos de vigilância do câncer.
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O pesquisador brasileiro Nickolas Stabellini (foto) é primeiro autor de estudo que buscou validar a ferramenta prognóstica PREDICT na previsão de melhoria de sobrevida global em 5 e 10 anos resultantes da terapia adjuvante para câncer de mama usando dados do mundo real de pacientes norte-americanas1. Os resultados foram publicados no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN), com editorial2 publicado na mesma edição.
Uma abordagem terapêutica que combina terapias anti-HER2 com a estatina lovastatina pode reduzir o número de tratamentos de câncer necessários para prevenir o crescimento do tumor. Conforme demonstrado por exames imuno-PET, a terapia combinada é capaz de potencializar o tratamento com menos eventos adversos. A pesquisa foi publicada na edição de outubro do Journal of Nuclear Medicine.
Perspectivas promissoras na oncologia torácica sinalizam que mais pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) devem se beneficiar de novos medicamentos que visam alterações moleculares nas células tumorais, com menos necessidade de quimioterapia, como apontam resultados de vários ensaios clínicos que serão relatados pela primeira vez no Congresso ESMO 2023. “Os resultados são muito impressionantes e significam que podemos esperar grandes mudanças no tratamento de primeira linha para pacientes com CPCNP”, disse Alessandra Curioni- Fontecedro, professora da Universidade de Friburgo, Suíça.
Apenas 14% das pesquisas europeias sobre câncer se concentram em prevenção e menos de 4% dos financiadores demonstram interesse na prevenção primária. Os dados são de Schmutz et. al, publicados no European Journal of Cancer, e podem ajudar a apoiar uma agenda de pesquisa em câncer mais centrada em políticas de prevenção.