A carga global do câncer de pulmão
Estudo de Zhang et al. buscou quantificar a carga global, regional e nacional da incidência de câncer de pulmão para os quatro principais subtipos histológicos em 185 países e territórios. Os resultados foram relatados no Lancet Oncology e mostram que o adenocarcinoma se tornou globalmente o subtipo mais comum de câncer de pulmão em 2020.
Estudo dinamarquês buscou comprara a sobrevida em longo prazo de pacientes submetidos à cirurgia assistida por robô ou laparoscópica para câncer de cólon. Os resultados publicados no Annals of Surgery mostraram melhor sobrevida livre de recorrência com a cirurgia robótica, sem diferença de mortalidade.
Em muitos ensaios de não inferioridade em oncologia, a avaliação e a notificação da qualidade de vida e dos resultados relatados pelos pacientes são deficientes. A constatação é de revisão sistemática publicada no European Journal of Cancer (EJC) que avaliou a inclusão da qualidade de vida entre os desfechos em ensaios oncológicos de fase 3 de não inferioridade, bem como a relevância desses resultados no relato e na interpretação desses estudos.
Estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS), mostrou uma relação diretamente proporcional entre vulnerabilidade socioeconômica e tabagismo em pacientes com câncer, com menor apoio à cessação. “É necessário aumentar o apoio à cessação do consumo do tabaco para pacientes em tratamento ativo, especialmente entre populações mais desfavorecidas”, destacam os autores.
Estudo que avaliou sistematicamente o desempenho de endpoints clínicos substitutos nos ensaios clínicos de inibidores de checkpoint imune levanta questões importantes no debate sobre os chamados surrogates na pesquisa em câncer.
Estudo com participação de 70 centros de tratamento de câncer avaliou os determinantes clínicos e patológicos da sobrevida global e sobrevida livre de recorrência em pacientes submetidos à eliminação cirúrgica de metástases hepáticas
O anti-PD-1 tislelizumabe pode representar uma opção de tratamento de primeira linha para pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável, como mostram os resultados do estudo randomizado de Fase 3 RATIONALE-301 publicados no JAMA Oncology. “Tislelizumabe demonstrou não inferioridade na sobrevida global em comparação com sorafenibe, com respostas objetivas numericamente mais altas e mais duráveis”, destacaram os autores.
A introdução da imunoterapia com anticorpos monoclonais (mAbs) marcou avanços terapêuticos para adultos e crianças com leucemia linfoblástica aguda de linhagem B (LLA-B), com mudanças significativas no paradigma do tratamento. Diretrizes de Prática Clínica da ESMO, recém-publicadas no Annals of Oncology, fornecem recomendações importantes para o diagnóstico e tratamento da LLA, em atualização que abrange novos desenvolvimentos no uso de terapias-alvo e incorpora algoritmos para o manejo da doença, em diferentes cenários.
O Ki-67 elevado após terapia endócrina neoadjuvante (TNE) está associado a piores resultados de sobrevida, mesmo após um curto período de TNE, enfatizando o valor prognóstico deste biomarcador em mulheres com câncer de mama inicial ER+/HER2−. Os resultados são de meta-análise de Martins-Branco et al., publicada online no European Journal of Cancer, que tem como autor sênior o brasileiro Evandro de Azambuja (foto), do Institut Jules Bordet.
O câncer gástrico foi a quarta causa de mortes relacionada ao câncer em 2020 no mundo. Estudo de pesquisadores do AC Camargo Cancer Center, que tem como primeira autora a biomédica Paola Engelmann Arantes (foto), analisou prospectivamente as características dos pacientes com adenocarcinoma gástrico estágio I, descrevendo o estadiamento clínico, patológico e neoadjuvante de uma coorte atendida na instituição.