Desafios no rastreamento do câncer de pulmão
Estudo que avaliou a prevalência do rastreamento do câncer de pulmão em 10 estados americanos mostra que 12,7% dos adultos com idades entre 55 e 80 anos cumprem os critérios para o rastreamento definidos pelo USPSTF, mas mostra que desse universo apenas 12,5% foram rastreados por tomografia computadorizada nos últimos 12 meses para avaliar lesões pulmonares. Os resultados são do relatório Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR) do Centers for Desease Control and Prevention (CDC).
Estudo retrospectivo avaliou a experiência no tratamento da dor em pacientes com câncer de mama atendidos no Instituto Nacional do Câncer (INCA) após o diagnóstico de metástase óssea. O trabalho teve como primeira autora a farmacêutica especialista em oncologia Thamyrys Bessa Silva (foto). Os resultados foram publicados no The Breast Journal.
Estudo australiano publicado no Lung Cancer Journal descreveu o risco de tromboembolismo em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) com rearranjo ROS1. O estudo envolveu seis hospitais australianos e os pacientes inscritos foram avaliados quanto à incidência de tromboembolismo (TE) venoso ou arterial, tempo e preditores, assim como foram avaliados os resultados, incluindo taxa de resposta objetiva (ORR) e sobrevida global (SG). O oncologista Fernando Santini (foto), do Hospital Sírio-Libanês, discute os achados.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o inibidor da tirosina quinase neratinibe (Nerlynx, Puma Biotechnology Inc.) em combinação com a capecitabina para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático HER2-positivo que receberam duas ou mais terapias anti-HER2 no cenário metastático. A aprovação foi baseada no estudo de fase III NALA, apresentado na ASCO 2019.
Nova diretriz define recomendações para a vigilância pós polipectomia, atualizando as recomendações de 2012 para indivíduos de risco intermediário. A publicação é de Gupta S et al. , na Gastroenterology 2020, e baseia-se em evidências recentes sobre o efeito da vigilância e do rastreamento na prevenção do câncer colorretal (CCR), reforçando a importância da colonoscopia de alta qualidade. Quem comenta as novas recomendações é a coloproctologista Bruna Vailati (foto), da BP - a Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Estudo canadense randomizado de fase III avaliou a não-inferioridade da transfusão de glóbulos vermelhos, considerando limiares transfusionais controlados versus liberais em pacientes com neoplasias hematológicas. Os resultados estão em artigo de Jason Tay e colegas, publicado no Journal of Clinical Oncology. “É um estudo muito bem elaborado que tenta estabelecer um limiar mínimo, restritivo, de níveis de hemoglobina para indicar a transfusão”, avalia Ângelo Maiolino (foto), professor de hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) é o patrocinador de estudo de Fase II que pretende inscrever 64 pacientes para avaliar o uso neoadjuvante da terapia de privação androgênica associada a abiraterona com ou sem apalutamida em pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco, antes da prostatectomia radical.
O câncer gástrico é a quarta principal causa de morte relacionada ao câncer em todo o mundo. O papel da ressecção para as metástases hepáticas do câncer colorretal está bem estabelecido. No entanto, a indicação cirúrgica para metástases hepáticas do câncer gástrico permanece controversa. Artigo publicado na World Journal of Surgical Oncology traz resultados de estudo retrospectivo que analisou 20 pacientes submetidos à hepatectomia para metástases hepáticas do câncer gástrico, entre abril de 2006 e janeiro de 2016.
O Ministério da Saúde colocou em Consulta Pública a decisão de incorporar no Sistema Único de Saúde (SUS) a terapia-alvo ruxolitinibe para o tratamento de adultos com mielofibrose, nos subtipos primária, pós-policitemia vera ou pós-trombocitemia essencial. As contribuições para a consulta pública MS-SCTIE n° 04/20 podem ser enviadas até o dia 11 de março.
Nova análise do estudo MINDACT comparou docetaxel-capecitabina com um regime baseado em antraciclina como tratamento adjuvante em pacientes com câncer de mama inicial de alto risco clínico e genômico. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology. O oncologista Evandro de Azambuja (foto), chefe da Equipe de Suporte Médico no Instituto Jules Bordet, em Bruxelas, Bélgica, analisa os resultados.
Pacientes com sarcoma de Ewing ou osteossarcoma avançado/recidivado têm sobrevida global mediana inferior a 12 meses após o diagnóstico e uma estratégia de tratamento padrão ainda não foi estabelecida. Agora, resultados promissores do inibidor de MET e de VEGFR2 cabozantinibe foram reportados nessa população de pacientes, em artigo no Lancet Oncology. Quem comenta é Rodrigo Munhoz (foto), oncologista do Icesp e do Hospital Sírio-Libanês.
O risco de câncer de cólon pode ser maior em indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica, como sugere estudo publicado no International Journal of Cancer. A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para câncer colorretal. No entanto, estudos anteriores indicam risco aumentado de CRC também em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. "Apesar de não ser um estudo conclusivo sobre o tema, ele é bastante intrigante, e traz à luz novos questionamentos sobre a oncogênese desse tipo de câncer", afirma o cirurgião oncológico Jorge Lyra (foto), Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que comenta o trabalho.
Artigo de Campbell, P.J. et al publicado na Nature descreve os resultados das análises integrativas de 2.658 genomas inteiros de câncer e seus tecidos normais correspondentes em 38 tipos diferentes de tumores do Consórcio Pan-Cancer Analysis of Whole Genomes (PCAWG), do International Cancer Genome Consortium (ICGC) e do The Cancer Genome Atlas (TCGA).
A ressecção cirúrgica permanece como principal abordagem curativa no tratamento do câncer gástrico, mas pode afetar a qualidade de vida (QV). Estudo brasileiro publicado na Journal of Gastrointestinal Oncology (JGO) avaliou dados de 104 pacientes de três regiões do País e concluiu que o tipo de tratamento instituído, o tempo pós-operatório e os fatores sociodemográficos e anatomopatológicos influenciam a qualidade de vida. O cirurgião oncológico Rodrigo Pinheiro (foto), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), é o primeiro autor do trabalho.
A geneticista Patrícia Ashton-Prolla (foto), coordenadora do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação e professora do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, é uma das autoras do World Cancer Report 2020, publicação multidisciplinar lançada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Erradicar o H. pylori pode reduzir o risco de câncer gástrico em indivíduos infectados e com histórico de câncer gástrico em familiares de primeiro grau? Artigo de Choi et al. publicado na New England Journal of Medicine mostra que sim.