Primeira linha no carcinoma renal não-células claras e sarcomatoide: evidências de mundo real
Estudo brasileiro publicado no periódico e-cancer avaliou uma coorte retrospectiva de pacientes com carcinoma renal não-células claras e carcinoma renal sarcomatoide metastáticos tratados em primeira linha com sunitinibe ou pazopanibe em um centro acadêmico de câncer. Renata Colombo Bonadio (foto), oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e primeira autora do trabalho, comenta os resultados.
Recente publicação dos estudos TEXT e SOFT avalia os desfechos de recidiva à distância em 8 anos, em artigo de Pagani et al. publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO). A oncologista Debora Gagliato (foto), da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta os resultados.
Existe uma associação entre o risco de câncer de pulmão e a ingestão habitual de fibras alimentares (principal fonte de prebióticos) ou iogurte (alimento probiótico)? Análise agrupada com mais de 1,44 milhão de indivíduos dos Estados Unidos, Europa e Ásia demonstra que o alto consumo de fibra alimentar ou iogurte foi associado a um risco reduzido de câncer de pulmão, independentemente de fatores de risco conhecidos. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology. A nutróloga Vânia Assaly (foto), diretora do Instituto Assaly Medicina Personalizada e diretora científica da Latin American Lifestyle Medicine Association (LALMA) comenta o trabalho.
O Governo Federal sancionou a Lei 13.986, de 2019, que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar exames diagnósticos em pacientes com suspeita de câncer em até 30 dias. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União dia 31 de outubro. A regra entra em vigor em 180 dias.
Estudo realizado no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor) apresentou o perfil de mutações do câncer colorretal de uma série de 91 pacientes brasileiros. A análise foi publicada na Scientific Report, da Nature, e considerou dados de sequenciamento de próxima geração (NGS) de um grande painel de 150 genes, status de instabilidade de microssatélites (MSI) e ancestralidade genética. O estudo tem como primeira autora a médica endoscopista Denise Guimarães (foto), coordenadora do programa de rastreamento do câncer colorretal do Hospital de Amor (Hospital do Câncer de Barretos).
O tratamento com dexrazoxano reduziu o risco de insuficiência cardíaca e eventos cardíacos em pacientes com câncer de mama submetidos à quimioterapia com antraciclina com ou sem trastuzumabe e não afetou significativamente os resultados oncológicos. É o que conclui estudo de revisão sistemática e metanálise publicado por Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto) e colegas na edição inaugural do Journal of American College of Cardiology CardioOncology, periódico de acesso aberto do American College of Cardiology. No entanto, os autores alertam para a baixa qualidade das evidências disponíveis. “Mais estudos randomizados são necessários antes da implementação dessa terapia na prática clínica”, apontam.
A massagem oncológica pode proporcionar alívio sintomático da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia (NPIQ), um efeito colateral do tratamento do câncer comum e difícil de tratar. Os resultados do estudo apresentado no 2019 Supportive Care in Oncology Symposium indicam que os pacientes sofrem uma redução sustentada da dor nos membros inferiores até seis semanas após a conclusão do tratamento com esquema intensivo de três massagens por semana.
Estudo apresentado no 2019 Supportive Care in Oncology Symposium, realizado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) nos dias 25 e 26 de outubro em São Francisco, Califórnia, demonstra que pacientes com câncer que sofrem com níveis mais altos de ansiedade e depressão experimentam dores mais intensas associadas às suas doenças. Além disso, pacientes com maior suporte social relatam níveis mais baixos de dor.
O estudo Fase III CheckMate -9LA mostrou resultados de sobrevida global com a combinação do anti PD-1 nivolumabe (Opdivo®) mais o anti CTLA-4 ipilimumabe (Yervoy®) em baixa dose administrado com dois ciclos de quimioterapia versus quimioterapia isoladamente no tratamento de primeira linha do câncer de pulmão não pequenas células avançado (CPNPC).
O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) realizou uma mesa redonda com especialistas de 17 organizações parceiras, entre elas a American Cancer Society e o National Cancer Institute, para revisar as recentes evidências científicas sobre o benefício da atividade física para pacientes e sobreviventes de câncer. Publicado nos periódicos Medicine & Science in Sports & Exercise e CA: A Cancer Journal for Clinicians, o trabalho recomenda a prescrição de exercícios por profissionais de saúde e de educação física para diminuir o risco de desenvolver certos tipos de câncer e melhor atender às necessidades, preferências e habilidades de pacientes e sobreviventes de câncer. O oncologista Gilberto Amorim (foto), Coordenador Nacional de Oncologia Mamária da Oncologia D'Or, comenta as diretrizes.
O diagnóstico precoce do câncer é provavelmente o meio mais econômico de reduzir a mortalidade pela doença. Agora, estudo de Mao et al apresentado no ASCO Breakthrough mostra que um novo modelo de classificação de risco pode ser viável para identificar o câncer em indivíduos assintomáticos, a partir de uma única coleta de sangue.
As informações genéticas podem ajudar a identificar pacientes com probabilidade de responder à radioterapia e predizer quando pode ocorrer a recorrência da doença após a radiação. As descobertas são de dois estudos apresentados no ASCO Breakthrough: A Summit Global for Oncology Innovators, que aconteceu entre os dias 11 e 13 de outubro em Bangkok. Os resultados podem ajudar os médicos a adaptar estratégias individuais de tratamento, aumentar a eficácia e minimizar os eventos adversos.
Estudo liderado pelo oncologista Diocésio Alves Pinto de Andrade (foto), Diretor Técnico do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto – Grupo Oncoclínicas (InORP) e Diretor Financeiro do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG) investigou quais fatores clínico-patológicos podem influenciar nas taxas de recorrência de pacientes com carcinoma de endométrio do tipo endometrioide de risco baixo e intermediário. Os resultados foram publicados no periódico PLOS ONE.
O teste genético não selecionado de todas as mulheres com câncer de mama é custo-efetivo em comparação com o teste baseado em critérios clínicos ou histórico familiar? Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que os testes multigênicos de avaliação de risco em todos os pacientes com câncer de mama são custo-efetivos nos sistemas de saúde do Reino Unido e dos Estados Unidos. “Essas descobertas apoiam a mudança da política atual para expandir o teste genético para todas as mulheres com câncer de mama”, defendem os autores. Quem comenta é o oncologista André Murad (foto), Diretor Clínico da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada de Belo Horizonte, MG, e Diretor Científico do Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP).
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline com recomendações para o manejo da osteoporose em adultos sobreviventes de câncer com doença não-metastática. O Painel de Especialistas considerou a revisão sistemática de 2018 da US Preventive Services Task Force na população sem câncer, além de 61 estudos adicionais sobre tópicos e populações não abordados na revisão. O documento foi publicado online no Journal of Clinical Oncology (JCO).
Os pesquisadores William Kaelin, do Dana-Farber Cancer Institute, em Boston, Massachusetts; Peter Ratcliffe da Universidade de Oxford, Reino Unido, e Francis Crick Institute em Londres; e Gregg Semenza, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland, foram reconhecidos com o Prêmio Nobel de Medicina 2019 por seus estudos sobre a percepção e resposta das células à mudança dos níveis de oxigênio. Os resultados têm implicações no tratamento de uma variedade de doenças, incluindo câncer, anemia, ataques cardíacos e derrames.
Tiago F. Andreis (foto) é o primeiro autor de estudo que investigou a epidemiologia molecular de pacientes com adenocarcinoma de pulmão no sul do Brasil e revelou um perfil de mutação distinto do observado em outras regiões do País. Publicado no Journal of Global Oncology (JGO), o trabalho teve orientação dos pesquisadores Patrícia Prolla e Gabriel Macedo, do Programa de Medicina Personalizada do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.