Radioterapia estereotática para tratamento de metástases da coluna
Estudo internacional liderado pelo radio-oncologista brasileiro Fábio Moraes (foto), professor assistente no Departamento de Oncologia na Queen’s University e pesquisador clínico em Radio-Oncologia no Kingston Health Sciences Centre, Canadá, descreve que a radioterapia ablativa estereotática (SBRT ou SABR) é uma opção de tratamento eficaz para pacientes selecionados com metástases da coluna vertebral. Os dados foram publicados no JAMA Oncology.
Apesar dos progressos na imuno-oncologia, identificar os pacientes que respondem ao tratamento com inibidores de checkpoint imune (ICI) permanece um desafio. Uma nova abordagem genômica reportada por pesquisadores da Johns Hopkins promete auxiliar na seleção de pacientes com potencial de responder ao tratamento com ICI. Os dados foram publicados na edição de janeiro da Nature Cancer.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o biossimilar trastuzumab-qyyp (Trazimera®, Pfizer), indicado para tratamento de pacientes com câncer de mama, metástase gástrica ou adenocarcinoma da junção gastroesofágica com alta expressão HER-2.
Novas regras passam a definir os critérios para hospitais de assistência oncológica no SUS, os chamados Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACONs) e as Unidades de Assistência de Alta Complexidade (UNACONs). Agora, as instituições deverão ter fluxos estabelecidos para fornecer atestado de óbito a pacientes oncológicos que falecem em domicílio, sob cuidados de fim de vida acompanhados pelo hospital.
Resultados do ensaio de Fase 3 MEDALIST publicados em janeiro na New England Journal of Medicine (NEJM) indicam que o uso de luspatercept-aamt (Reblozyl®) é eficaz no tratamento da anemia em pacientes com síndromes mielodisplásicas de baixo risco com sideroblastos em anel e que são intolerantes ou inelegíveis ao tratamento com agentes estimuladores da eritropoiese.
Análise de Fedewa et al publicada na Cancer mostra que as novas diretrizes para rastreamento do câncer colorretal nos Estados Unidos já mostram reflexos nos padrões de triagem, com aumento significativo na faixa etária de 45 a 49 anos. “As taxas de rastreamento do câncer colorretal mais que dobraram na faixa de 45 a 49 anos após a atualização das diretrizes em 2018”, apontam os autores.
Meta-análise publicada no Jama Oncology considerou estudos clínicos randomizados que compararam acupuntura e acupressão com analgésicos empregados na redução e controle da dor oncológica. Os autores consideraram dados de 17 ensaios clínicos randomizados (ECR), envolvendo 1111 pacientes.
A agência norte-americana FDA aprovou no dia 9 de janeiro o uso de avapritinibe (Ayvakit®) para o tratamento de adultos com tumor do estroma gastrointestinal (GIST, da sigla em inglês), em pacientes com doença irressecável ou metastática com mutação no exon 18 do PDGFRA.
O Ministério da Saúde colocou em Consulta Pública a decisão de incorporar no Sistema Único de Saúde (SUS) as terapias-alvo vemurafenibe, dabrafenibe, cobimetinibe e trametinibe, bem como as imunoterapias ipilimumabe, nivolumabe e pembrolizumabe para o tratamento em primeira linha do melanoma avançado não cirúrgico e metastático.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira, 03 de dezembro, o novo regulamento para produtos derivados de Cannabis. A Resolução dispõe sobre os procedimentos para a concessão de autorização sanitária para fabricação e importação desses produtos, e estabelece requisitos para comercialização, prescrição, dispensação, monitoramento e fiscalização.
Especialistas de sociedades médicas envolvidas no tratamento de tumores geniturinários estiveram reunidos no III Simpósio Internacional GU Review, em São Paulo, para votação do I Consenso Brasileiro de Câncer de Pênis. Apesar de ser um tumor raro em países desenvolvidos, a incidência do câncer de pênis aumenta significativamente em países subdesenvolvidos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, representa cerca 2% dos tumores malignos do sexo masculino, sendo mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste do País.
A suplementação de ácidos graxos ω-3 marinhos reduz o risco de lesões precursoras de câncer colorretal na população geral dos EUA? Estudo publicado no JAMA Oncology concluiu que a suplementação diária de ácido graxo ω-3 marinho não reduziu o risco de adenomas convencionais ou pólipos serrilhados na população avaliada, que incluiu mais de 25 mil adultos, mas mostrou papel em indivíduos com baixos níveis plasmáticos de ácido graxo ω-3 no baseline e entre afro-americanos. A nutricionista Bruna Moraes (foto), gerente de dados da Unidade Clínica de Terapia Celular do Hospital das Clínicas da FMUSP, comenta o trabalho.
Novas evidências publicadas pela Biblioteca Cochrane fornecem valioso conjunto de informações sobre as diferentes vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e cronogramas de dose, reforçando o papel da vacina na prevenção de lesões precursoras de câncer, em homens e mulheres.
Vinícius de Lima Vazquez (foto), cirurgião do Hospital do Amor, é autor sênior de estudo que descreve o perfil mutacional do melanoma em uma coorte de pacientes brasileiros. “Nosso estudo fornece as frequências relativas de genes drivers no desenvolvimento do melanoma após terapia-alvo. Estes resultados permitem previsões mais precisas do impacto financeiro dessas opções de tratamento no sistema de saúde brasileiro”, argumentam os autores, em artigo no Journal of Global Oncology.
O antiangiogênico ramucirumabe, um anticorpo monoclonal humanizado antagonista de VEGFR2, não alcançou o endpoint secundário de sobrevida global em pacientes com carcinoma urotelial avançado refratário à platina. Os resultados estão em artigo de Petrylak et al, no Lancet Oncology. O oncologista Eduardo Zucca (foto), do Hospital do Amor, comenta os novos dados do estudo RANGE.
Qual a melhor sequência de tratamento no câncer de próstata metastático resistente a castração (CPRCm) quando se consideram acetato de abiraterona mais prednisona e enzalutamida entre as opções terapêuticas? Estudo de fase II publicado no Lancet Oncology sugere que abiraterona seguida de enzalutamida fornece o maior benefício clínico. Andrey Soares (foto), diretor científico do LACOG-GU, comenta os resultados.