Incidência de melanoma aumenta em homens jovens nos EUA e Canadá
Nos Estados Unidos, o melanoma é o quinto câncer mais diagnosticado em homens e mulheres; no Canadá, ocupa a sétima posição entre os tipos de câncer mais diagnosticados. Agora, estudo publicado em outubro no JAMA Otolaryngology Head and Neck Surgery mostra aumento de 51.1% nos casos de melanoma de cabeça e pescoço diagnosticados nos dois países entre 1995 e 2014, principalmente em homens jovens, de 15 a 39 anos.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a Breakthrough Therapy Designation para niraparibe (Zejula®), um inibidor de PARP via oral para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) com mutação genética BRCA1/2 previamente tratados com quimioterapia baseada em taxano e hormonioterapia dirigida ao receptor de androgênio.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou terapia-alvo anti-FGFR erdafitinibe (Janssen) para o tratamento de pacientes com câncer urotelial localmente avançado ou metastático.1 O medicamento é indicado para pacientes que não responderam ou tiveram recaída após tratamento prévio com quimioterapia e apresentam alteração no gene do FGFR (Fibroblast Growth Factor Receptor). O Brasil é o segundo país a receber a aprovação.
Os cortes anunciados em agências como CAPES e CNPq são motivo de incerteza no cenário científico e expoentes da pesquisa brasileira compartilham uma mesma preocupação: o impacto profundo na formação de recursos humanos e na produtividade científica. Afinal, qual a extensão dos cortes e como isso afeta a pesquisa em câncer?
Os grupos colaborativos Latin American Oncology Cooperative Group - GU (LACOG-GU) e Latin American Renal Cancer Group (LARCG) convidaram urologistas e oncologistas para formular recomendações de tratamento cirúrgico do carcinoma de células renais (CCR). Os especialistas discutiram o gerenciamento de pequenas massas renais (SRMs), doença localizada e localmente avançada, e terapia adjuvante. As recomendações foram publicadas no periódico Therapeutic Advances in Urology, em acesso aberto. "Esse resultado demonstra a importância da soma de esforços multidisciplinares para estabelecermos recomendações baseadas nas melhores evidências da literatura, adequadas às regras das nossas autoridades sanitárias e à realidade do tratamento desta neoplasia em nosso país, que é bastante heterogênea e apresenta particularidades que a distinguem dos países desenvolvidos", afirma o urologista Stênio Zequi (foto), chair do LARCG e primeiro autor do trabalho.
Pacientes com câncer colorretal metastático sem mutações V600 no gene BRAF, conhecidas como mutações BRAF classe 3, são mais propensos a responder ao tratamento anti-EGFR, de acordo com resultados publicados na Clinical Cancer Research. "Os resultados do nosso estudo indicam que pacientes com câncer colorretal metastático com certas mutações BRAF devem ser considerados para o tratamento anti-EGFR”, disse o autor sênior, Hiromichi Ebi, do Instituto de Pesquisa do Centro de Câncer Aichi, em Nagoya, Japão. A oncologista Renata D'Alpino (foto), coordenadora de Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), analisa os resultados.
Um estudo de iniciativa do cirurgião plástico Gabriel D'Alessandro (foto), médico do IBCC Oncologia, busca avaliar a eficácia do uso de tamoxifeno em forma de creme para minimizar a contratura capsular de pacientes submetidas a mastectomia e reconstrução da mama com retalho do músculo grande dorsal e implante de silicone, associado a radioterapia adjuvante. O estudo está com recrutamento aberto.
Estudo do Hospital do Amor (Hospital de Câncer de Barretos) identificou subtipos-específicos de perfis moleculares de microRNAs livres de células adequados para detecção precoce de câncer de mama. A pesquisadora Marcia Marques (foto), coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) do Hospital é a primeira autora do trabalho publicado no Journal of Oncology.
Estudo publicado no Lancet reuniu evidências sobre o risco de câncer de mama associado a diferentes tipos de terapia de reposição hormonal na menopausa (TRH), em análise que considerou mais de 100 mil mulheres na pós-menopausa. Os resultados indicam que todos os tipos de TRH, exceto os estrogênios vaginais, aumentaram o risco de câncer de mama, que foi maior conforme a duração do uso, assim como foi maior para estrogênio-progestágeno do que para as terapias com estrogênio isolado. Os mastologistas César Cabello (na foto, à esquerda) e Alfredo Barros comentam os achados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) expandiu a indicação de pembrolizumabe para o tratamento do câncer de pulmão não pequenas células, agora indicado em monoterapia em tumores estádio III não tratados previamente, com expressão PD-L1 ≥ 1% sem mutação EGFR ou translocação ALK. A aprovação foi baseada nos resultados do estudo de fase III KEYNOTE-042.
Uma nova diretriz da American Society for Radiation Oncology (ASTRO) traz recomendações sobre o uso de radioterapia no tratamento de pacientes com câncer de pâncreas, com orientações sobre a dosagem, época e fracionamento ideais. A diretriz também descreve estratégias para prevenir e mitigar os efeitos da radioterapia pancreática, em publicação na Practical Radiation Oncology, periódico da ASTRO. O rádio-oncologista Rodrigo Hanriot (foto), coordenador do serviço de Radioterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta o trabalho.
A agência norte-americana FDA concedeu a designação de Breakthrough Therapy para capmatinib como primeira linha de tratamento em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células metastático com mutação no exon 14 do gene MET. A decisão de reconhecer capmatinib como terapia inovadora foi anunciada com base nos resultados do estudo GEOMETRY, apresentado na ASCO deste ano.
Estudo do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor) procurou explorar o perfil da microbiota de uma série de amostras de tumores colorretais de pacientes tratados na instituição. Os resultados foram publicados em acesso aberto na Frontiers in Oncology, com dados sobre a a presença e o impacto do DNA de Fusobacterium nucleatum (Fn) no prognóstico do CRC. "O estudo mostrou que a presença da bactéria está significativamente associada a uma menor sobrevida dos pacientes, sugerindo que poderá constituir um importante biomarcador de prognóstico tumoral a ser incorporado na prática clínica", avalia Rui Manuel Reis (foto), Diretor Científico e Executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa da instituição.
Um novo método, que recebeu a designação de cerumenograma, mostrou que amostras de cera (cerúmen) coletadas de pacientes de câncer podem ser uma nova matriz biológica para o diagnóstico de malignidades, de modo não invasivo, rápido e altamente preciso. Os resultados são de estudo liderado pelo professor Nelson Roberto Antoniosi Filho (foto), da Universidade Federal de Goiás, e estão em artigo na Scientific Reports Nature.
Funcionários da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) se reuniram essa semana em reunião plenária na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para discutir o futuro da Fundação, que enfrenta rumores de desmobilização pelo governo do Estado de São Paulo. Na ocasião, foram apresentados números que atestam sua produtividade e justificam a permanência dos serviços.