ASCO: orientações para cuidados oncológicos durante a pandemia da COVID-19
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guia com orientações para ajudar a proteger a segurança dos pacientes e das equipes de saúde antes de retomar os atendimentos de rotina durante a pandemia da COVID-19.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o ripretinib (QINLOCK™, Deciphera Pharmaceuticals, Inc.) para a quarta linha de tratamento de pacientes adultos com tumor estromal gastrointestinal avançado (GIST) que receberam tratamento prévio com 3 ou mais inibidores de quinase, incluindo o imatinibe. A aprovação é baseada no estudo de Fase III INVICTUS.
A U.S. Food and Drug Administration concedeu aprovação acelerada ao rucaparib (RUBRACA®, Clovis Oncology, Inc.) para pacientes com mutação BRCA (linha germinativa e/ou somática) associada ao câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) tratados previamente com terapia de deprivação androgênica e quimioterapia à base de taxano. A aprovação é baseada no estudo TRITON2.
A U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou a combinação dos inibidores de checkpoint nivolumabe (Opdivo®) e ipilimumabe (Yervoy®) para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) metastático com expressão de PD-L1 ≥1% e sem alterações EGFR ou ALK conhecidas. A aprovação é baseada na parte 1a do estudo de Fase III CheckMate -227. A agência norte-americana também aprovou o PD-L1 IHC 28-8 pharmDx (Agilent Technologies, Inc.) como um dispositivo de diagnóstico complementar para selecionar pacientes com CPNPC para o tratamento com a combinação.
A maioria dos pacientes com carcinoma urotelial de baixo grau do trato urinário superior é tratada por nefroureterectomia radical. Artigo de Kleinmann, N et al discute a segurança e a atividade de um tratamento não cirúrgico usando a instilação de UGN-101, um gel térmico contendo mitomicina. Quem comenta é Marcelo Wroclawski (foto), urologista do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Estudo que avaliou a relação custo/benefício dos medicamentos para câncer aprovados nos EUA e em quatro países europeus (Inglaterra, Suíça, Alemanha e França) concluiu que o custo mensal do tratamento de câncer foi mais que o dobro nos EUA. No entanto, os elevados custos mensais dos medicamentos não foram correlacionados com benefício clínico. Os resultados estão em artigo de Vokinger, KN et al. no Lancet Oncology.
Em mais um PODCAST ONCONEWS, o mastologista Sílvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, revisita o estudo CALGB 40903, agora analisando as perspectivas de Mônica Morrow e Eric Winer, referências mundiais na oncologia mamária, sobre este estudo que avaliou letrozol pré-operatório para pacientes na pós-menopausa com receptor hormonal positivo e diagnóstico de CDIS. Ouça.
O inibidor de PARP olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) em combinação com bevacizumabe foi aprovado nos Estados Unidos para o tratamento de manutenção no câncer de ovário epitelial avançado, trompa de Falópio ou peritoneal primário, em pacientes que alcançaram resposta completa ou parcial à quimioterapia de primeira linha com platina, com tumores que apresentam deficiência de recombinação homóloga (DRH).
Artigo de de Mehta et al. no Jama Oncology traz reflexões importantes sobre o papel dos profissionais de cuidados paliativos em meio à pandemia do novo coronavírus, lembrando que estudos iniciais sugerem que pacientes com câncer ativo são particularmente suscetíveis a COVID-19. “O gerenciamento de sintomas salva vidas e a gestão desses sintomas com técnicas de cuidados paliativos diminui a carga de atendimento ao paciente nas equipes primárias. Oferecer um excelente gerenciamento de sintomas também proporciona alívio emocional para a equipe que nesse momento precisa cuidar de pacientes críticos acometidos pela COVID-19”, destaca a publicação.
Quando os limites e possibilidades para o enfrentamento da COVID-19 estão na agenda global, qual o modelo ótimo para a gestão de cuidados do paciente de câncer? O tema ganha cada vez mais importância na agenda da oncologia e impõe respostas urgentes, em um contexto onde o cuidado centrado no paciente recebe um olhar ainda mais atento.
A Society of European Robotic Gynaecological Surgery (SERGS) emitiu uma declaração com orientações para garantir a máxima segurança em procedimentos de cirurgia robótica ginecológica durante a pandemia de COVID-19. “A nota reforça algumas questões importantes sobre cirurgia durante a pandemia, que valem para qualquer via de acesso cirúrgico. A decisão sobre uso de via minimamente invasiva ou aberta segue sendo baseada no equilíbrio entre aumento da morbidade versus aumento do risco da equipe”, ressalta o cirurgião oncológico Reitan Ribeiro (foto), médico do Hospital Erasto Gaertner e do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) e diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline com recomendações para o diagnóstico e tratamento do carcinoma espinocelular de primário desconhecido na cabeça e pescoço (do inglês, SCCUP). O Painel de Especialistas realizou uma pesquisa dos trabalhos publicados entre 2008 e 2019. Os resultados de interesse incluíram sobrevida, controle local e regional da doença e qualidade de vida. As diretrizes foram publicadas no Journal of Clinical Oncology (JCO). Quem comenta é a oncologista Aline Lauda Chaves (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).
Estudo liderado por pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos, com participação do MD Anderson Cancer Center, descreve os resultados de uma ferramenta de triagem desenvolvida para melhorar o encaminhamento de pacientes com câncer de mama e ginecológico avançado para cuidados paliativos ambulatoriais. O oncologista Carlos Eduardo Paiva (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, é primeiro autor do artigo publicado no periódico Gynecologic Oncology.
Com a inovação das últimas décadas, o custo do tratamento do câncer aumentou exponencialmente, limitando o acesso do paciente às terapias biológicas. A introdução de biossimilares criou novas oportunidades, expandiu o acesso e impactou também as práticas das instituições de assistência no tratamento do câncer. Artigo publicado em abril no Journal of Oncology Pharmacy Practice reflete a posição de farmacêuticos oncológicos de 27 países sobre o uso de biossimilares no tratamento do câncer e em cuidados de suporte.
Fernando Abrão (foto) é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Thoracic Disease, desenhado com o objetivo de melhorar o prognóstico de pacientes com derrame pleural maligno e identificar aqueles com maior risco de recorrência.
Estudo liderado por Andrea Alimonti, da Università della Svizzera Italiana, sugere que a terapia de deprivação androgênica (ADT) pode ter um efeito protetor contra a infecção por SARS-CoV-2. Os resultados foram publicados no Annals of Oncology.