Europa apresenta estimativas de incidência e mortalidade em 27 países
A carga de câncer na União Europeia aumentou para 2,7 milhões de novos casos, com 1,3 milhão de mortes em 2020. As estimativas refletem dados de incidência e mortalidade em 27 países (UE-27), exceto para câncer de pele não melanoma, e revelam que 62% dos novos diagnósticos e 76% das mortes estimadas ocorrem em pessoas acima de 65 anos.
Os betabloqueadores têm sido associados a efeitos antitumorais com potencial de reduzir as respostas ao estresse mediadas por adrenérgicos. Estudos pré-clínicos também mostraram que os betabloqueadores podem aumentar a eficácia da imunoterapia no tratamento do câncer. Agora, artigo de Victoria M. Villaflor e colegas apresenta resultados de análise retrospectiva que avaliou pacientes com câncer de pulmão em uso concomitante de betabloqueadores e inibidores de checkpoint imune.
Qual a associação da terapia hormonal com a incidência e mortalidade por câncer de mama em mulheres na pós-menopausa? O mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, discute os resultados de seguimento de longo prazo do estudo Women’s Health Initiative publicados no JAMA Network. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.
Revisão de Burger et al. publicada na New England Journal of Medicine (NEJM) discute o uso de acalabrutinibe e outras inovações terapêuticas no tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC). Acalabrutinibe é um inibidor seletivo de quinase de Bruton (BTK) e recebeu aprovação do FDA como tratamento de primeira linha para pacientes com LLC e na doença recidivada, com base em dois ensaios randomizados (ELEVATE-TN e ASCEND).
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a designação de terapia inovadora (Breakthrough Therapy Designation) para osimertinibe (Tagrisso®) no tratamento adjuvante de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células EGFR mutado estágio IB-IIIA. A decisão foi anunciada 30 de julho e tem como base os resultados de eficácia e segurança do ensaio randomizado de Fase III ADAURA.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou uma atualização do Parecer Clínico Provisório (PCO) sobre a triagem e manejo da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em pacientes em tratamento de câncer. Publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO), a atualização sugere a triagem do HBV através de testes sorológicos em pacientes no início do tratamento anticâncer. O oncologista Duilio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE), comenta as recomendações.
O estresse oxidativo, definido como um excesso das espécies reativas a oxigênio (ROS, da sigla em inglês) tem sido associado à doença neurodegenerativa, doença cardiovascular, diabetes mellitus e muitas outras patologias. Artigo na Cancer Cell discute a correlação entre estresse oxidativo e câncer, mostrando como altos níveis de ROS influenciam a evolução do câncer. Afinal, como compreender a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento do câncer e em sua evolução? O oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto), médico do AC Camargo Cancer Center, analisa os pontos-chave do artigo de Hayes e colegas.
O International Study Group Of Hepatopancreatobiliary Cancer (ISG-HPB-Cancer) desenvolveu o primeiro consenso brasileiro para o manejo de pacientes com carcinoma incidental da vesícula biliar. O trabalho é liderado pelos cirurgiões Orlando Torres (foto), Diretor do Departamento de Cirurgia Gastrointestinal - Unidade Hepatopancreatobiliar – da Universidade Federal do Maranhão, e Felipe Coimbra, diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center.
Ana Carolina de Carvalho (foto), do Hospital do Câncer de Barretos, é autora sênior de estudo publicado na Head and Neck, com dados que sugerem papel potencial da análise da presença de metilação em DNA tumoral circulante (methctDNA) como ferramenta de acompanhamento em pacientes com carcinoma de células escamosas de orofaringe, comumente associados a altas taxas de falha do tratamento.
Os cirurgiões Felipe Coimbra (foto) e Wilson Luiz da Costa são autores de artigo1 publicado no Annals of Surgical Oncology que discute passado, presente e futuro da terapia perioperatória e cirúrgica do câncer gástrico avançado. “São reflexões baseadas em um trabalho publicado ano passado, no mesmo periódico, em que avaliamos os resultados da abordagem de tratamento multimodal em uma coorte de pacientes com câncer gástrico localmente avançado tratados com linfadenectomia D2, com o objetivo de identificar fatores prognósticos associados à melhora da sobrevida”, explica Coimbra.
Mutações patogênicas no gene TP53 estão associadas a uma síndrome rara que predispõe ao câncer, a síndrome de Li Fraumeni (LFS). Muitas variantes nesse gene, no entanto, são menos deletérias e a história de câncer nessas famílias são menos agressivas. Agora, pela primeira vez, pesquisadores detalham as implicações potenciais de uma dessas mutações de menor risco no gene TP53. “A mutação (TP53 c.1000C>G; p.G334R) é mais comumente observada em judeus Ashkenazi”, descreve artigo na Cancer Research. Os primeiros autores são Jacquelyn Powers, conselheira genética do Basser Center para estudos de variantes de BRCA que pertence a Universidade da Pensilvânia, e a brasileira Emilia Modolo Pinto (foto), pesquisadora associada do St. Jude Children’s Research Hospital.
Vale a pena adicionar quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) ao manejo do câncer epitelial de ovário (EOC) avançado na era dos inibidores da PARP (PARPi)? A questão é tema de artigo publicado no periódico Cancer Drug Resistence, que tem como autores os médicos Thales Paulo Batista*, cirurgião oncologista do Real Instituto de Cirurgia Oncológica, em Recife, e Graziela Zibetti Dal Molin, oncologista clínica na BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Giovana Tardin Torrezan (foto), do AC Camargo Cancer Center, é autora sênior de estudo brasileiro publicado na Cancers com novos dados para compreender a relação entre sarcomas e a síndrome de Lynch (LS). A conclusão dos autores indica que sarcomas representam uma manifestação clínica rara em pacientes com LS, especialmente em portadores de alterações em MSH2, e a análise das características biológicas do tumor pode ser útil para definição da etiologia e de novas opções terapêuticas.
A gravidez após o câncer de mama precoce em mulheres com mutações germinativas, patogênicas, nos genes BRCA1/2, é segura, sem piora do prognóstico materno e está associada a resultados fetais favoráveis. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology, em estudo que conta com a participação da oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Diretora de Corpo Clínico do ICESP/FMUSP e médica da Rede D’Or.
Estudo de pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center demonstrou que a proteína neuregulina 1 (NRG1), encontrada em quantidade elevada em células estromais, contribui para a resistência à terapia antiandrogênica do câncer de próstata. Os resultados foram publicados no periódico Cancer Cell, em acesso aberto. “Demonstramos a existência de um mecanismo de resistência aos anti-andrógenos em câncer de próstata antes completamente desconhecido. Esse trabalho tem potencial para desenhar novas estratégias de tratamento para esses pacientes”, destaca o oncologista José Mauricio Mota (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP/FMUSP e coautor do trabalho.
Estudo liderado pelo oncologista brasileiro Marcelo Negrão (foto), do MD Anderson Cancer Center, em Houston (EUA), demonstrou que certas mutações não-V600 no câncer de pulmão de células não pequenas BRAF-mutado são responsivas aos inibidores de MEK e BRAF. Os resultados foram publicados no Journal of Thoracic Oncology (JTO), periódico da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC).