Bio-Manguinhos/Fiocruz passa a fornecer rituximabe a pacientes do SUS
Indicado para o tratamento de linfomas não-Hodgkin (linfoma de grandes células B e linfoma folicular) e artrite reumatoide, o rituximabe biossimilar agora é oferecido ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). O fornecimento ocorre a partir da Política de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e acordo de transferência de tecnologia assinado com a Sandoz, detentora da tecnologia, e a Bionovis.
A agência norte-americana Food and Drug Administration aprovou o Guardant360 CDx, primeiro teste diagnóstico complementar de biopsia líquida por Next Generation Sequencing (NGS) para identificar pacientes com mutações do EGFR no câncer de pulmão de células não pequenas metastático. Esta é a primeira aprovação a combinar duas tecnologias - NGS e biópsia líquida - em um teste diagnóstico para orientar as decisões de tratamento.
A atividade proliferativa do índice Ki-67 é importante na tomada de decisão de tratamento adjuvante no câncer de mama receptor hormonal, em pacientes com doença inicial. Análise1 realizada a partir de dados de 5 anos da experiência institucional do St. Gallen Breast Center mostrou que os valores de corte para os subtipos luminal A e B foram comparáveis com os critérios de St. Gallen 2013 e as recomendações do Grupo de Milão. O mastologista César Cabello dos Santos (foto), Coordenador de Mastologia da Divisão de Oncologia Ginecológica e Mamária do Hospital da Mulher - CAISM/ UNICAMP, analisa os resultados.
Nova análise do estudo STAMPEDE buscou caracterizar o perfil genômico do câncer de próstata metastático de novo. Os resultados estão em artigo de Gilson, C et al. no JCO Precision Oncology e devem apoiar futuros ensaios sobre biomarcadores no câncer de próstata. Os autores destacam que a doença de novo hormônio sensível tem perfil distinto daquele observado na doença metastática resistente à castração e nas coortes de prostatectomia. Quem analisa os resultados é Bernardo Garicochea (foto), oncologista e hematologista do Centro Paulista de Oncologia/Grupo Oncoclínicas e diretor médico do Laboratório OC Precision.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou uma atualização do guideline sobre câncer de pâncreas metastático, com recomendações para a terapia de segunda linha. As diretrizes consideram novas evidências de testes de linhagem germinativa e somática para alta instabilidade de microssatélites/deficiência de mismatch repair, mutações no BRCA e alterações de TRK. A recomendação também incluiu estudos de tratamento de manutenção após terapia de primeira linha. Quem comenta as diretrizes é a oncologista Rachel Riechelmann (foto), diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Estudo liderado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center demonstrou, pela primeira vez, a necessidade de carregar mutações bialélicas no gene TP53 para apresentar instabilidade do genoma e um fenótipo clínico de alto risco na síndrome mielodisplásica. Os resultados do trabalho foram publicados na Nature Medicine, em artigo que conta com a participação dos onco-hematologistas brasileiros Fabio Pires (na foto, à esquerda), do Hospital Israelita Albert Einstein, e Ronald Pinheiro, da Universidade Federal do Ceará.
Estudo publicado na Cancer Prevention Research, periódico da American Association for Cancer Research (AACR), sugere associação entre doença periodontal e pólipos serrilhados e adenomas convencionais, dois precursores do câncer colorretal. Quem discute os resultados é o estomatologista Daniel Cohen (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A American Society of Hematology (ASH) publicou novas diretrizes de manejo de pacientes idosos com leucemia mieloide aguda (LMA). “A mediana de idade do diagnóstico de LMA é de 68 anos, e à medida em que aumenta a população de idosos, as recomendações baseadas em evidências para o tratamento ideal desses pacientes assumem maior urgência e importância”, destaca o guideline. Desenvolvidas em parceria com o McMaster GRADE Centre, as diretrizes foram publicadas na Blood Advances. “As novas recomendações para tratamento de LMA em idosos vem ao encontro da nossa prática atual”, afirma o hematologista Nelson Hamerschlak (foto), coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein.
Estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), publicado no periódico Gynecologic Oncology, é o primeiro trabalho a relatar a frequência da síndrome de Lynch (SL) em uma coorte de pacientes com câncer de endométrio no país, utilizando uma abordagem universal de triagem. O trabalho faz parte do projeto de doutorado de Reginaldo Cruz Alves Rosa (na foto, à esquerda) e foi coordenado por Victor Evangelista de Faria Ferraz, ambos do Departamento de Genética da FMRP/USP.
A American Cancer Society (ACS) atualizou suas diretrizes para rastreamento do câncer de colo de útero para indivíduos de risco médio. Publicada no CA: A Cancer Journal for Clinicians, a atualização recomenda o início do rastreamento do câncer de colo de útero aos 25 anos, ao invés de 21 anos, conforme indicado no guideline anterior, de 2012. Arn Migowski (foto), médico epidemiologista e Chefe da Divisão de Detecção Precoce de Câncer e apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional do Câncer (INCA), comenta as recomendações.
Estudo de Tamirisa et al. no JAMA Oncology discute a associação entre quimioterapia e sobrevida em pacientes idosas com câncer de mama e múltiplas comorbidades. A análise envolveu mais de 1,5 mil participantes e mostra que o tratamento com quimioterapia foi significativamente associado a benefício de sobrevida global (HR=0,67; P = 0,02). O oncologista Ricardo Caponero comenta os resultados.
Publicado no Journal of Clinical Oncology, estudo internacional de Fase II, randomizado, multicêntrico, buscou identificar a quimioterapia ideal para tratamento do câncer anal localmente avançado ou metastático sem tratamento prévio. “A partir da publicação deste estudo, é indiscutível que carboplatina e paclitaxel se tornou o novo padrão no tratamento do câncer de canal anal metastático”, avalia Renata D’Alpino (foto), oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO/ Grupo Oncoclínicas).
O oncologista José Mauricio Mota (foto), chefe do grupo de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP/FMUSP, é primeiro autor de estudo que buscou determinar a associação entre o status do gene FGFR3 e resposta à quimioterapia à base de platina em pacientes com tumores de bexiga músculo-invasivos ou carcinomas uroteliais metastáticos. Os resultados foram publicados no periódico European Urology.
Na edição de julho do Journal of Clinical Oncology, Rahbar et al. discutem métodos de triagem em mulheres assintomáticas sobreviventes de câncer de mama, com mamas densas. Afinal, qual o rastreamento ótimo nessa população? A mastologista Simone Elias (foto), pós-doutora em Radiologia Clínica e orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP), analisa a contribuição de Rahbar e colegas.
A adição de terapia quimio-hormonal à prostatectomia radical melhora os resultados de pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco? A questão é tema de estudo de pesquisadores da Alliance publicado online no Journal of Clinical Oncology. "O trabalho demonstra que a terapia com bloqueio androgênico associado ao docetaxel não deve ser considerada como opção de rotina para pacientes com câncer de próstata localizado de alto risco. No entanto, a melhora dos desfechos patológicos e secundários sugere que essa estratégia pode ser melhor estudada para alguns grupos de pacientes", avalia o oncologista Denis Jardim (foto), Coordenador de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Desde que um bloqueio nacional foi introduzido em todo o Reino Unido em março de 2020, em resposta à pandemia da COVID-19, o rastreamento do câncer foi suspenso, o trabalho de diagnóstico de rotina foi adiado e apenas os casos sintomáticos urgentes foram priorizados para a intervenção diagnóstica. A afirmação é de estudo de Camile Maringe e colegas, que estimaram o impacto de atrasos no diagnóstico na sobrevida de pacientes de câncer, considerando 4 tipos de tumores. Os resultados foram publicados no Lancet Oncology.
Que políticas podem garantir a sustentabilidade da P&D em oncológicos e ampliar o acesso? Estudo de revisão sistemática que avaliou quase 5 mil propostas de políticas para reduzir o preço dos medicamentos mostrou o valor da concorrência. “As propostas foram diversificadas, mas aplicavam principalmente o fortalecimento da concorrência como mecanismo subjacente para reduzir o preço dos medicamentos”, analisam os autores.