20 anos de pesquisa sobre a mutação R337H do gene TP53
A bióloga Emilia Modolo Pinto (foto), pesquisadora associada do St. Jude Children's Research Hospital, é primeira autora de artigo de revisão publicado na Cancer1 que destaca as principais contribuições científicas envolvendo a mutação TP53 p.R337H nos últimos 20 anos. “No Brasil, uma história fascinante sobre p53 e predisposição ao câncer teve início no ano 2000 com a identificação da mutação TP53 p.R337H. Aprendemos muito sobre a genética e a biologia dessa mutação, muito provavelmente de origem europeia, mas que ocorre numa frequência elevada em nossa população”, afirma a pesquisadora.
Publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), guideline da ASCO fornece recomendações para o uso de inibidores de PARP no tratamento do câncer epitelial de ovário, tuba uterina ou primário de peritôneo. As recomendações são dirigidas a pacientes sem tratamento prévio com essa classe de medicamentos. “O trabalho organiza as evidências e propõe diretrizes para seu uso e manejo de eventos adversos, com indicações claras para monitoramento e redução de dose a fim de preservar a eficiência e segurança do tratamento e a qualidade de vida das pacientes”, avalia a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP.
As técnicas contemplativas (mindfulness) têm impacto positivo no combate à ansiedade em pacientes com diagnóstico de câncer, com resultados que persistem por até 6 meses. É o que mostram os resultados da meta-análise recentemente publicada por Oberoi S et al. no JAMA Network Open, tema da análise de Schwenk TL et al. na NEJM Journal Watch.”É interessante poder medir os benefícios desse tipo de intervenção de forma mais objetiva para que sua indicação seja adotada de forma mais consistente durante o tratamento oncológico”, avalia a oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), responsável pela equipe de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, São Paulo.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso de daratumumabe (Darzalex®, Janssen) em combinação com carfilzomibe e dexametasona (DKd) para o tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo recidivante/refratário que receberam uma a três linhas anteriores de tratamento. A aprovação é baseada nos resultados dos estudos de Fase III CANDOR e Fase 1b EQUULEUS, e representa a primeira aprovação de um anti-CD38 com carfilzomibe.
Roberto J. Arai (foto), gerente do núcleo de pesquisa clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, é primeiro autor de artigo que apresenta a experiência institucional do ICESP para manter a atividade de pesquisa clínica no contexto da COVID-19, assegurando a continuidade dos ensaios e a segurança dos pacientes participantes. O artigo foi publicado 13 de agosto na Contemporary Clinical Trials Communications (CCTC), da Elsevier.
Estudo de mundo real revelou o padrão de tratamento mais utilizado nos Estados Unidos em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC). Abiraterona / prednisona, enzalutamida e docetaxel foram as terapias prescritas com mais frequência nas configurações de primeira, segunda e terceira linha, respectivamente, como reportam George, DJ et al. em artigo na Clinical Genitourinary Cancer. Quem analisa os resultados é o oncologista Denis Jardim (foto), coordenador de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação de enzalutamida (Xtandi®, Astellas), agora para pacientes com câncer de próstata sensível à castração metastático sem docetaxel concomitante. A nova indicação é baseada nos resultados dos estudos de Fase III ARCHES e ENZAMET. A decisão foi publicada no
Qual a faixa etária ideal para iniciar o rastreamento do câncer de mama? O ensaio clínico randomizado UK Age Trial envolveu 23 unidades de triagem mamária na Grã-Bretanha para estimar o efeito do rastreamento mamográfico em mulheres de 40-48 anos na mortalidade por câncer de mama. Resultados atualizados reportados no Lancet Oncology mostram que diminuir o limite de idade para o rastreamento de 50 para 40 anos pode reduzir a mortalidade por câncer de mama. Quem comenta é Linei Urban (foto), coordenadora da Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e radiologista da Clínica DAPI, em Curitiba.
O mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, discute análise retrospectiva publicada no Annals of Surgical Oncology que avalia pacientes axila clinicamente positiva que continuou positiva após tratamento com quimioterapia neoadjuvante, comparando a sobrevida conforme o tratamento recebido - retirada somente do linfonodo sentinela e radioterapia versus esvaziamento axilar e radioterapia. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.
Indicado para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo, o trastuzumabe biossimilar agora é oferecido ao Sistema Único de Saúde (SUS) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). O fornecimento ocorre a partir da Política de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e acordo de transferência de tecnologia assinado com a Samsung Bioepis, detentora da tecnologia, e a Bionovis.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a designação de Revisão Prioritária e acatou o pedido de Licença Biológica Suplementar (sBLA) para um novo regime de durvalumabe dose fixa a cada quatro semanas nas indicações aprovadas no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e câncer de bexiga.
Mais de trinta anos depois da tragédia provocada pelo césio-137 em Goiânia, no maior acidente radiológico já ocorrido em área urbana, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) publicaram novos dados sobre a associação entre a incidência de câncer de mama e os níveis de radiação ionizante na região afetada. Os resultados estão na edição de agosto do Sao Paulo Medical Journal, em artigo com participação do mastologista Ruffo de Freitas Júnior (foto).
Existe uma associação entre a duração do diabetes e a perda de peso recente com o risco de câncer de pâncreas? Análise1 com mais de 150 mil indivíduos inscritos em 2 estudos de coorte nos Estados Unidos indica que diabetes de início recente acompanhada por perda de peso de 0,5kg a 3,6kg ou mais representa um risco substancialmente aumentado da doença. Os resultados foram pulicados no JAMA Oncology. O oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), coordenador da residência médica do Hospital do Câncer de Londrina, analisa os resultados.
Estudo tipo basket de Fase 1-2 que avalia a atividade e segurança de olaparibe em combinação com o inibidor de PD-L1 durvalumabe em tumores sólidos reportou os resultados da coorte de pacientes com câncer de mama BRCA 1/2 mutados, em artigo no Lancet Oncology.
O proto-oncogene que ativa a transição epitélio-mesenquimal (MET) tem sido cada vez mais explorado no ambiente de pesquisa e assistência da oncologia torácica. Ramon Andrade de Mello (foto), professor de Oncologia Clínica da UNIFESP, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Clinical Medicine, que revisa dados da literatura sobre a eficácia e segurança de novos agentes que atuam seletivamente na via MET no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP).