Pólipos serrilhados proximais e risco de câncer colorretal
Pólipos serrilhados proximais, especialmente os maiores de 1cm, estão associados a um risco aumentado de câncer colorretal. Resultados de estudo de pesquisadores do Kaiser Permanente Santa Clara Medical Center1, na California, apoiam a recomendação da Task Force norte-americana para a colonoscopia de acompanhamento aos 3 anos após o diagnóstico de um SSL grande (≥1 cm) e entre 5 e 10 anos após o diagnóstico de um SSL menor2. Artigo de Mike Fillon3 discute os dados no periódico da American Cancer Society (ACS). Quem comenta é a médica endoscopista Denise Guimarães (foto), coordenadora do programa de rastreamento do câncer colorretal do Hospital de Amor (Hospital do Câncer de Barretos).
Qual a real necessidade de se indicar quimioterapia adjuvante para pacientes com tumores triplo negativos estadio I? Estudo chinês publicado no periódico Breast Cancer Research and Treatment buscou avaliar a eficácia da QT na melhoria do prognóstico dessas pacientes. O trabalho é tema de mais um PODCAST ONCONEWS, com apresentação e análise do mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante. Ouça.
A radioterapia adjuvante hipofracionada para câncer de mama inicial prevê 15 ou 16 frações (fr) como padrão de tratamento. O estudo FAST avaliou os efeitos a longo prazo para os tecidos normais da mama e os resultados de controle local após regime encurtado, de apenas 5 frações, uma vez por semana. Agora, resultados de 10 anos comparando os dois regimes de tratamento estão em artigo de Brunt et. al., no Journal of Clinical Oncology (JCO). O médico especialista em radioterapia Robson Ferrigno (foto), Coordenador dos Serviços de Radioterapia dos Hospitais BP Paulista e BP Mirante, analisa os achados.
Em artigo no British Journal of Cancer, Chapman et al. reportam os resultados iniciais de cinco centros de diagnóstico multidisciplinar (CDMs), com foco na detecção do câncer a partir de sintomas inespecíficos. Os primeiros resultados mostram que o modelo proposto foi capaz de diagnosticar 240 casos de câncer (8%) em uma população de 2961 pacientes. Quem comenta é a oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), responsável pela equipe de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, São Paulo.
A Divisão de Detecção Precoce do Instituto Nacional do Câncer (INCA) elaborou uma nota técnica com orientações atualizadas sobre o rastreamento do câncer durante a pandemia de covid-19. Arn Migowski (foto), médico epidemiologista e Chefe da Divisão de Detecção Precoce de Câncer e apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional do Câncer (INCA), comenta as recomendações.
O Termômetro de Distress da National Comprehensive Cancer Network® (NCCN®), ferramenta que auxilia profissionais de saúde a identificar e abordar os aspectos multifatoriais do distress em pacientes com câncer, agora está disponível em 46 idiomas, entre eles o português. “É uma ferramenta relevante para identificação das reais necessidades biopsicossociais do paciente”, avalia Cristiane Bergerot (foto), psico-onologista do Centro de Câncer de Brasília (CETTRO) e responsável pela tradução e validação no Brasil.
Em pacientes com câncer de mama triplo negativo em estágio inicial, a detecção do DNA tumoral circulante (ctDNA) e de células tumorais circulantes (CTCs) após quimioterapia neoadjuvante está independentemente associada à recorrência da doença e representa um novo fator de estratificação para futuros ensaios pós-neoadjuvância. É o que conclui a análise secundária de um grande estudo multicêntrico, reportada 9 de julho em artigo no JAMA Oncology.
O estudo de Fase III IMagyn050 não mostrou ganho de sobrevida livre de progressão com a adição de atezolizumabe ao regime de bevacizumabe, paclitaxel e carboplatina como primeira linha de tratamento em pacientes com câncer de ovário avançado. O anúncio foi feito pela patrocinadora, a farmacêutica Roche, em comunicado de 13 de julho.
Rafael Almeida (foto), pesquisador associado no InCor/HCFMUSP, é primeiro autor de estudo brasileiro publicado na British Journal of Cancer e destacado em editorial na mesma edição, com novos dados para compreender como as interações hospedeiro-microbiota impactam as células T produtoras de IL-9 e modulam a progressão tumoral.
Publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), guideline da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) atualiza as recomendações para o tratamento de doentes com câncer de esôfago localmente avançado. Quem analisa as diretrizes é o cirurgião Laercio Gomes Lourenço (foto), professor associado de cirurgia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Chefe da Divisão de Cirurgia do Hospital do Rim.
Estudo de Fase II publicado no Lancet demonstrou atividade clínica do inibidor multiquinases cabozantinibe como agente único em pacientes com carcinoma urotelial metastático refratário à platina altamente pré-tratados. “Este estudo com cabozantinibe abre novas esperanças para explorar o uso de modernos TKI nesta doença agressiva e com poucas opções de tratamento no cenário metastático", afirma o oncologista Eduardo Zucca (foto), coordenador do Departamento de Uro-oncologia do Hospital do Amor (Hospital de Câncer de Barretos).
Artigo publicado no Jama Oncology descreve os resultados de estudo do Canadian Cancer Trials Group (CO.26 Study) que avaliou o efeito da combinação de dois inibidores de checkpoint imune versus o melhor tratamento de suporte em pacientes com câncer colorretal avançado. “O estudo mostrou a possibilidade de ampliação de utilização de imunoterapia no câncer colorretal metastático”, avalia o oncologista Roberto Gil (foto), médico do Grupo Oncoclínicas.
Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology avaliou o benefício da quimioterapia baseada em docetaxel em pacientes com câncer de mama inicial de acordo com o índice de massa corporal (IMC) basal. “A obesidade não impacta somente no risco de desenvolver câncer de mama ou apresentar uma recidiva, mas também pode influenciar a efetividade de diferentes drogas”, afirma Evandro de Azambuja (foto), oncologista do Institut Jules Bordet, em Bruxelas, e um dos autores do trabalho.
O tratamento do câncer em mulheres jovens não precisa significar o fim da fertilidade. É o que mostram os resultados do primeiro registro de fertilidade em pacientes com câncer, a partir de dados de quase 20 anos de seguimento. A análise foi apresentada na reunião anual da ESHRE (European Society of Human Reproduction and Embryology). Quem comenta os resultados é Paulo Perin, do Centro Especializado em Reprodução Humana (CERH).
João Viola (foto) é autor senior do primeiro estudo de coorte brasileiro a analisar taxas de complicações e mortes de pacientes com câncer e COVID-19. A pesquisa realizada no Instituto Nacional do Cancer (INCA) evidencia a necessidade de políticas públicas urgentes e eficazes para esse grupo de pacientes especialmente vulneráveis. "O câncer é uma comorbidade importante e está relacionada com casos graves, tendo influência dos estágios da doença e de alguns grupos de tumores", destacam os autores.