Amiloidose cardíaca
Estudo de pesquisadores brasileiros destaca os avanços no tratamento da amiloidose cardíaca, que recentemente ganhou atenção da comunidade médica devido ao surgimento de novas terapias que mudam a evolução da doença. O trabalho foi publicado no periódico Current Treatment Options in Oncology, em acesso aberto. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é a primeira autora do trabalho.
A curva ascendente mostra que o ritmo da pandemia continua a pressionar o sistema de saúde. Mas mesmo diante da COVID-19, a oncologia brasileira decidiu manter o ritmo da assistência. “Temos seguido a orientação do Comitê Estadual de Oncologia de São Paulo. A orientação inicial foi no sentido de criar corredores livres de COVID-19 para tratar esses pacientes de câncer em segurança”, explica a oncologista Daniela Ramone, do Hospital de Amor, em Barretos.
O inibidor de PARP olaparibe mostrou benefício de sobrevida global em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) com mutação nos genes BRCA1/ 2 e ATM. O resultado foi anunciado dia 24 de abril e cumpre o principal endpoint secundário do ensaio clínico de Fase III PROfound. “O estudo foi dividido em duas coortes, a coorte A, com pacientes com alterações de genes de reparo de DNA bem característicos como BRCA1, BRCA2 e ATM, e a coorte B, com outras mutações não tão bem caracterizadas”, explica o oncologista Eduardo Zucca (foto), coordenador do Departamento de Uro-oncologia e investigador principal do estudo no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor).
Um grupo de médicos do Mount Sinai Beth Israel, em Nova York, procurou determinar se pacientes oncológicos com COVID-19 apresentam pior prognóstico. Os pesquisadores analisaram os registros médicos eletrônicos da instituição e encontraram 334 pacientes (6%) com câncer entre 5.688 pacientes diagnosticados com COVID-19. Os resultados foram publicados no Annals of Oncology como ‘article in press’ (revisado por pares e aceito para publicação, mas ainda não publicado em versão definitiva).
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos concedeu aprovação acelerada ao pemigatinib (Pemazyre®, Incyte Corporation), para tratamento de pacientes adultos com colangiocarcinoma localmente avançado ou metastático, previamente tratados, com fusões ou rearranjos de FGFR2. A decisão foi baseada nos resultados do estudo Fase II FIGHT-202, que avaliou a segurança e a atividade antitumoral do pemigatinib em pacientes com colangiocarcinoma localmente avançado ou metastático previamente tratado, com e sem fusões ou rearranjos de FGFR2.
Um modelo de predição de risco que combina fatores genéticos e clínicos com biomarcadores circulantes identificou indivíduos com risco significativamente maior de câncer de pâncreas. Liderado por Peter Kraft, professor de epidemiologia na Harvard T.H. Chan Escola de Saúde Pública, em Boston, o trabalho foi publicado na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, periódico da American Association for Cancer Research (AACR).
A agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o anticorpo droga-conjugado sacituzumabe govitecan-hziy (Trodelvy®, Immunomedics, Inc.) para o tratamento de pacientes com câncer de mama triplo negativo metastático que tenham recebido pelo menos duas terapias anteriores no cenário metastático.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso do tucatinibe (Tukysa®, Seattle Genetics, Inc.) em combinação com trastuzumabe e capecitabina em pacientes com câncer de mama HER2+ avançado irressecável ou metastático, incluindo pacientes com metástases cerebrais que receberam um ou mais regimes anti-HER2 anteriores no cenário metastático. A aprovação foi baseada nos resultados do estudo HER2CLIMB.
Estudo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da FIOCRUZ demonstra que as células CAR-T podem ser geradas com uma manipulação rápida em laboratório sem necessidade de cultivo. Os resultados do trabalho de mestrado da bióloga Luiza Abdo estão em artigo publicado no periódico OncoImmunology, que tem como autor sênior o biomédico Martín Bonamino (foto).
Estudo de Fase III publicado no Lancet demonstrou a atividade do inibidor seletivo e covalente da tirosina-quinase de Bruton acalabrutinibe em pacientes com leucemia linfocítica crônica virgens de tratamento. O hematologista brasileiro Alan Skarbnik (foto), diretor do Programa de Doenças Linfoproliferativas do Novant Health Cancer Institute, em Charlotte, Estados Unidos, é um dos autores do trabalho.
Estudo publicado no JCO Global Oncology apresenta resultados demográficos, clínicos e patológicos do banco de dados do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM). “Mesmo não sendo um trabalho epidemiológico, as informações permitem conhecer melhor como os pacientes com melanoma se apresentam ao diagnóstico no Brasil”, afirma o cirurgião oncológico Alberto Wainstein (foto), vice-presidente da Melanoma World Society e ex-diretor científico do GBM.
A combinação de cabozantinibe (Cabometyx®) e nivolumabe (Opdivo®) melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com carcinoma de células renais avançado ou metastático sem tratamento prévio em comparação com sunitinibe. A informação foi divulgada dia 20 de abril e os resultados detalhados serão apresentados em um próximo congresso. O estudo pivotal CheckMate -9ER conta com a participação de oito centros brasileiros.
José Mauricio Mota (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP, médico da Oncologia D’Or e ex-fellow no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, é primeiro autor de estudo publicado no JCO Precision Oncology que evidencia a eficácia da quimioterapia à base de platina no câncer de próstata metastático com alterações nos genes de reparo do DNA.
Análise retrospectiva publicada no Journal of Radiology and Radiation Therapy relata a experiência do serviço de radioterapia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e avalia fatores preditivos de resultados em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas, estádios iniciais e clinicamente inoperáveis tratados com radioterapia estereotática corpórea (SBRT). Quem comenta é o médico especialista em radioterapia Robson Ferrigno (foto), coordenador dos Serviços de Radioterapia dos Hospitais BP e BP Mirante e primeiro autor do trabalho.
O hematologista Wellington Fernandes da Silva (foto), médico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeiro autor de estudo retrospectivo que compara os resultados de pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) refratários e recidivados tratados com os regimes “MEC” (mitoxantrona, etoposídeo e citarabina) e “FLAG-IDA” (fludarabina, citarabina, idarubicina e filgrastim). Os resultados foram publicados na Clinics, periódico da Faculdade de Medicina da USP.
Diante de um cenário que impõe decisões complexas, o Grupo Francês de Sarcoma propôs um conjunto de recomendações gerais para auxiliar no manejo de pacientes com sarcoma durante a pandemia de COVID-19. "As recomendações do grupo francês de sarcoma vêm ao encontro de vários guidelines internacionais que visam melhor balizar nossas condutas. No entanto, é importante tentar adaptá-las à nossa realidade local”, afirma o oncologista Cícero Martins (foto), médico do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Américas Oncologia.
Os inibidores de checkpoint imune (ICI) visando PD-1, PD-L1 ou a proteína 4 associada a linfócitos T (CTLA-4) marcam forte tendência na pesquisa e no tratamento do câncer, em combinação ou em monoterapia. Mas apesar de respostas duráveis em um subgrupo, estima-se que atualmente 87% dos pacientes não obtêm benefícios de longo prazo com a imunoterapia. Em busca de novas estratégias para melhorar as taxas de resposta dos ICI, várias abordagens baseadas em nanomedicina merecem atenção. A Nature Reviews Clinical Oncology discute o assunto, em artigo de Rakesh K. Jain e colegas. Roger Chammas (foto), Professor Titular de Oncologia da Faculdade de Medicina da USP e Coordenador do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), analisa o trabalho.