A carga global do câncer em jovens adultos
Em 2012, quase um milhão de novos casos de câncer foram diagnosticados em jovens adultos de 20 a 39 anos, com mais de 358 mil mortes em todo o mundo. É o que mostra estudo que considerou dados do GLOBOCAN 2012 e pesquisou mais de 27 tipos de câncer entre jovens de 20 a 39 anos. Os resultados mostram que a carga do câncer nessa população varia substancialmente por idade, sexo, nível de desenvolvimento e região geográfica. Os dados também mostram que embora a carga de câncer seja menor nesse grupo etário, o impacto social e econômico é elevado, refletindo alta morbidade e mortalidade, além de evidenciar a necessidade de modelos de assistência mais dirigidos a esse perfil de pacientes.
A tomografia computadorizada de baixa dose é subutilizada entre a população de alto risco nos Estados Unidos e apenas 15% sabem que o exame é recomendado e coberto pela maioria dos planos de saúde no país. Os dados são da American Lung Association e mostram que menos de 5% dos estimados 9 milhões de americanos considerados de alto risco foram examinados. “Infelizmente, se nos EUA menos de 5% das pessoas de alto risco são efetivamente examinados, estima-se que no Brasil esta porcentagem seja certamente muito inferior”, afirma o cirurgião Riad Younes (foto), Diretor Geral do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A isquemia hepática remanescente é preditiva de menor sobrevida livre de recorrência e menor sobrevida câncer específica em pacientes submetidos à ressecção cirúrgica para metástases hepáticas de tumores colorretais. É o que mostram dados recentes de Yamashita e colegas1 do MD Anderson, em trabalho comentado por Elizabeth Bourd no Lancet Oncology2.
Embora a disfunção sexual seja uma complicação comum a longo prazo em sobreviventes de transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas (TCTH), faltam intervenções para tratar o problema. Um estudo piloto apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium buscou avaliar a viabilidade e a eficácia preliminar de uma intervenção multimodal para melhorar a função sexual nesses pacientes.
Um ensaio clínico randomizado apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium, em San Diego, Califórnia, demonstrou que a intervenção chamada Promoting Resilience in Stress Management (PRISM) pode melhorar a saúde psicossocial em uma população particularmente vulnerável - adolescentes e jovens adultos com câncer.
Cada vez mais pacientes com câncer recebem o tratamento com quimioterapia oral, o que se traduz em maior responsabilidade em relação à adesão e controle dos efeitos colaterais. Um novo estudo buscou avaliar a eficácia de um aplicativo móvel para smartphone para melhorar a adesão e o gerenciamento de sintomas em pacientes que receberam quimioterapia oral. Os dados foram apresentados no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) convocou 18 organizações médicas para estabelecer um panorama completo do impacto da obesidade na saúde e estabelecer estratégias para prevenção e tratamento. Publicadas na revista Obesity, as recomendações do “
Estudo apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium, em San Diego, Califórnia, sugere que pacientes com câncer avançado preferem que os médicos se comuniquem com eles face a face, com apenas um bloco de notas na mão, ao invés de usar repetidamente um computador. O médico André Filipe Junqueira dos Santos (foto), vice-presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), comenta para o Onconews.
Um ensaio de viabilidade com pessoas com câncer de pulmão avançado que receberam radioterapia e seus cuidadores demonstrou que a Ioga traz benefícios para os dois grupos. As descobertas foram apresentadas no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium, em San Diego, Califórnia.
Um estudo com 100 pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) que receberam quimioterapia demonstrou que a percepção de pacientes e médicos em relação aos riscos do tratamento e probabilidade de cura varia amplamente. No geral, os pacientes tendem a superestimar tanto o risco de morrer devido ao tratamento como a probabilidade de cura. As descobertas foram apresentadas no 2017 Palliative and Suportive Care in Oncology Symposium, em San Diego, Califórnia.
Estudo preliminar apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium demonstrou a viabilidade e a eficácia de uma intervenção de 4 semanas de estimulação por eletroterapia craniana (do inglês, Cranial Eletroterapia Stimulation - CES) sobre a depressão, ansiedade, distúrbios do sono e dor em pacientes com câncer avançado.
Estudo brasileiro apresentado na conferência mundial de câncer de pulmão (WCLC 2017) mostrou em números o potencial de anos de vida perdidos, assim como o investimento para a implementação dos inibidores de tirosina-quinase (TKI) para tratamento de câncer de pulmão em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho aponta que a falta de acesso aos TKIs de EGFR custou mais de 18.676 anos de vida no Brasil nos últimos 7 anos. Primeiro autor do estudo, o oncologista Pedro Nazareth Aguiar Júnior (foto), da Unifesp, traz em contexto a importância dos resultados.
Em artigo exclusivo, as oncologistas Ana Gelatti (na foto, à direita) e Samira Mascarenhas, membros do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) comentam os destaques da 18th World Conference on Lung Cancer – IASLC (International Association of Study in Lung Cancer), que aconteceu entre os dias 15 a 18 de outubro em Yokohama, Japão. No evento, foram apresentados 2252 trabalhos envolvendo os diversos temas e englobando todos os aspectos da discussão multidisciplinar.
A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), comenta o programa científico da oncoginecologia durante a I Semana Brasileira de Oncologia. Entre os destaques, o cenário do câncer ginecológico no Brasil, em análise que considerou quase 200 mil pacientes atendidas de 2000 a 2015 e mostrou que a aplicação da Lei dos 60 dias ainda não é uma realidade no País. Estudos de revisão também estiveram na agenda, com trabalhos que impactam a prática da oncoginecologia. Leia mais.
Estudo que investigou a associação entre genômica e câncer de mama em 122.977 casos e 105.974 controles de ascendência europeia e em 14.068 casos e 13.104 controles de ascendência do leste asiático apresentou resultados inéditos em artigo publicado na Nature, identificando 65 novos loci associados ao câncer de mama em P <5 × 10-8. Os resultados do estudo fornecem uma visão mais profunda sobre a suscetibilidade genética ao câncer de mama, com dados que devem melhorar a classificação do risco genético e permitir estratégias individualizadas de triagem e prevenção.
Comunicação médico-paciente, yoga e apoio psicossocial para pessoas com câncer estão entre os destaques do programa científico do 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium. Realizado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o Simpósio acontece nos dias 27 e 28 de outubro em San Diego, Califórnia.