Inibidores de checkpoint imune no câncer de próstata
Um subgrupo de pacientes com câncer de próstata em estágio inicial caracterizado por certa expressão gênica está em maior risco de desenvolver doença metastática e pode representar uma população-alvo para inibidores de checkpoint imune ou terapias de reparo do DNA. Os resultados do estudo foram apresentados durante o ASCO-SITC Clinical Immuno-Oncology Symposium, que aconteceu entre os dias 25 e 27 de janeiro em San Francisco, Califórnia.
O oncologista Raphael Brandão (foto), Head da Oncologia do grupo Américas/UHG, em São Paulo, é um dos autores do estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, que buscou avaliar se a sobrevida livre de doença (SLD) pode ser um surrogate clínico para sobrevida global (SG) no cenário adjuvante para carcinoma de células renais localizado (CCR).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o uso combinado do anti PD-1 nivolumabe (Opdivo) e do anti CTLA-4 ipilimumabe (Yervoy) para o tratamento de pacientes com melanoma avançado irressecável ou metastático. Na oncohematologia, a Agência aprovou o uso de ibrutinibe como primeira linha de tratamento de pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).
Uma equipe de pesquisadores deu um passo importante no diagnóstico precoce e definição da localização de alguns tipos de câncer. A inovação vem do CancerSEEK, um novo teste de biópsia líquida testado em 8 tipos comuns de câncer. Os resultados foram publicados na revista Science 18 de janeiro e mostram que a ferramenta tem potencial de ser empregada na triagem de rotina para diagnosticar tumores assintomáticos, quando as chances de cura são sabidamente melhores.
Estudo apresentado no 2018 Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI) demonstrou que a esofagectomia toraco-laparoscópica robótica minimamente invasiva (RAMIE) pode reduzir as complicações perioperatórias e melhorar a recuperação funcional em pacientes com câncer de esôfago.
Meta-análise do Early Breast Cancer Trialists' Collaborative Group (EBCTCG) publicada em janeiro no Lancet Oncology (vol.19, nº 1) mostra que a quimioterapia neoadjuvante (QTneo) para câncer de mama inicial torna a cirurgia de conservação da mama mais viável, sem diferença estatística nas taxas de recidiva à distância e mortalidade, mas com recidiva local superior à quimioterapia adjuvante. O oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), Diretor Médico Geral do Centro Oncológico Antonio Ermirio de Moraes da BP, a Beneficiencia Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta o trabalho.
Estudo publicado em janeiro na revista Cancer1 discute o diagnóstico e manejo das reações endócrinas imunomediadas associadas ao uso de inibidores de checkpoint imune. O estudo tem como primeiro autor o oncologista brasileiro Romualdo Barroso-Sousa (foto), do Dana Farber Cancer Institute (DFCI).
A agência Food and Drug Administration dos EUA expandiu o uso de olaparibe (Lynparza®) para incluir o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático com mutação germinal BRCA. O anúncio foi feito sexta-feira, 11 de janeiro. Esta é a primeira aprovação de um inibidor de PARP para o tratamento de câncer de mama, representando o primeiro agente aprovado para o tratamento de pacientes com mutação BRCA. A decisão da FDA considera a seleção de pacientes através do teste genético chamado BRACAnalysis CDx, também aprovado dia 11 de janeiro.
Nas últimas décadas, dezenas de novos medicamentos contra o câncer de mama - das quimioterapias às terapias alvo – se tornaram disponíveis para uso clínico, e a tecnologia de mamografia passou de filme para digital. Mas as mudanças fazem a diferença no número de mortes por câncer de mama? A resposta é sim, de acordo com um estudo publicado dia 9 de janeiro de JAMA.
O rastreamento do câncer de pulmão com base no risco individual de um fumante evitaria mais mortes do que os critérios atuais de rastreamento recomendados pela USPSTF, a US Preventive Services Task Force. É o que apontam os dados de um relatório publicado dia 2 de janeiro no Annals of Internal Medicine1.
Dois grupos de pesquisa do Dana-Farber Cancer Institute anunciaram dia 4 de janeiro a descoberta do mecanismo de resistência aos inibidores de checkpoint imune, com dados que podem refinar a seleção de pacientes e orientar novas estratégias de tratamento. Os resultados foram publicados em dois artigos independentes na revista Science1, 2.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a designação de Breakthrough Therapy para o anti PD-L1 avelumabe, desenvolvido pela Pfizer em parceria com a Merck, desta vez para pacientes com carcinoma de células renais (CCR) avançado sem tratamento prévio. A designação é uma forma de acelerar o desenvolvimento de medicamentos com potencial terapêutico em patologias graves, quando evidências clínicas preliminares indicam benefício significativo em relação aos tratamentos atualmente disponíveis.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu a designação de Breakthrough Therapy para o inibidor de múltiplos receptores de tirosina quinase lenvatinib (Lenvima®, Eisai) em combinação com a terapia anti-PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®, MSD) para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais avançado e/ou metastático.
Artigo publicado no Lancet Oncology1 destaca que menos da metade dos estudos clínicos randomizados que apoiam a aprovação de medicamentos contra o câncer pela agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) atingem o limiar de benefício clínico definido pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica e não cumprem os critérios da escala de Magnitude de Benefícios Clínicos (ESMO-MCBS). O oncologista Carlos Barrios, diretor-executivo do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), analisa as publicações e comenta caminhos para avançar na definição de benefício clínico na pesquisa em câncer.
Entre as drogas aprovadas pela Anvisa em dezembro de 2017 estão a lenalidomida (Revlimid®) em combinação com a dexametasona para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo refratário ou recidivado; durvalumabe (Imfinzi®), para carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático; olaratumabe (Lartruvo®), indicado para pacientes com sarcoma de tecido mole avançado não candidatos à radioterapia ou cirurgia e que não foram previamente tratados com antraciclínicos; e a combinação de netupitanto + palonosetrona (Akynzeo®), para a prevenção de náuseas e vômitos agudos ou tardios em pacientes em quimioterapia.
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